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Revista / Entrevista

Adriane Galisteu celebra 50 anos e sua história de superação

Às vésperas do aniversário, Adriane Galisteu reflete: 'Os dedos continuam em riste na minha direção. Recebo críticas pela bunda, peito, nariz. Fiz análise para entender até onde o outro tem poder sobre mim'

Por Tamara Gaspar Publicado em 07/04/2023, às 10h20

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Adriane Galisteu em entrevista na Revista CARAS - FOTOS: MANUELA SCARPA/BRAZIL NEWS
Adriane Galisteu em entrevista na Revista CARAS - FOTOS: MANUELA SCARPA/BRAZIL NEWS

Mais forte, segura e madura. Ainda assim, inquieta, cheia de sonhos e com borboletas no estômago. É diante dessa dicotomia e de braços abertos para a vida que Adriane Galisteu celebra a chegada dos 50 anos. Crises de idade? Ela não tem tempo para isso! “Meio século! Nem eu botava fé, mas chegou! É bom viver as fases da vida e procuro fazer isso com prazer e envelhecendo bem. Não dou vazão para crises, tenho muitas coisas para fazer, o trabalho me exige. Claro que gostaria de ter mais colágeno, estar com a pele esticada, mas sou feliz”, diz a apresentadora, em tour pela Suíça com seu Alexandre Iodice (52), e o filho, Vittorio (12).

Além da nova idade, a estrela ainda está em festa pelos seus 40 anos de carreira e, ao fazer um balanço da vida pessoal e profissional, fala com orgulho dos acertos e não se envergonha dos erros, afinal, foram eles que a ajudaram a escrever sua historia até aqui. “Eu nunca vou apagar meu passado, carrego minha história como meu escudo. Não acerto em tudo, tenho 1 milhão de defeitos, mas procuro entender e me tratar bem. Se eu me tratar bem, não vou deixar ninguém me tratar mal. Tem a ver com se gostar, com autoestima”, explica.

– A Adriane mudou muito ao longo dessa jornada?
– Toda vez que começo o programa, me lembro daquela menina que usava uma escova de cabelo azul para entrevistar as bonecas, as amigas... era meu microfone! Essa menina vive dentro de mim. Sinto o mesmo nervosismo do início. Eu mudei em muitos aspectos, mas meu amor pela comunicação e a dedicação continuam iguais.

Adriane Galisteu em entrevista na Revista CARAS

– Enfrentou obstáculos e julgamentos nessa caminhada?
– A vida me ensinou que as coisas dependem só de você. Eu sempre comento das puxadas de tapete da vida, eu respeito e tenho medo delas, mas isso não tem a ver com os erros que a gente comete. Os dedos sempre foram apontados para mim e eles continuam em riste na minha direção, principalmente nas redes sociais. Qual a necessidade? É um prazer velado em colocar a pessoa para baixo? Recebo críticas pela bunda, peito, nariz. Como lido com isso? Trabalhando! Eu quem pago minhas contas, gosto de mim e fui fazer análise para aprender a lidar comigo mesma e entender até onde o outro tem poder sobre mim.

– Se sente mais madura?
– Sem dúvida! E nada me trouxe mais maturidade do que a maternidade. Nem os 50, 60 ou 70 anos são tão importantes como o que aprendo todo dia com o Vittorio.

– Sua forma de lidar com a sexualidade mudou com a idade?

– A gente aprende a dizer não e ter consciência do que está fazendo. Tem a ver com segurança.

Adriane Galisteu em entrevista na Revista CARAS

– Você sempre foi sincera. Essa característica te prejudicou?

– Não sei contar minha história de outro jeito. A sinceridade me trouxe até aqui e paguei um preço alto por causa da minha boca. Quem fala muito se atrapalha e, acho, já falei demais. Nem sempre as pessoas estão prontas para ouvir e interpretam errado. É uma faca de dois gumes.

– Sobre a relação com Ayrton Senna, por exemplo, você fala abertamente. Alexandre sempre teve compreensão da história?

– Conheci o Ale aos 18 anos, ele acompanhou tudo isso de perto, nem precisava explicar. Ale gosta de mim como sou, do pacote completo, dos erros e dos acertos - e olha que foram muitos! Nosso relacionamento é baseado na admiração e respeito às nossas histórias. Estou querendo que Vittorio leia o meu livro. Sempre contei minha história para ele, da TV à Playboy, mas não sei como ele administra isso dentro dele.

– Falando no seu livro, Caminho das Borboletas, lançado por CARAS, em 1994, se arrepende de ter dito algo nas páginas?
– Ele é um perfeito diário de uma menina de 19 anos. Me reconheço ali e não mudaria nada.

Adriane Galisteu em entrevista na Revista CARAS

– O que diria àquela menina?
– Para ter calma, não ser impulsiva e ter cuidado com as palavras. Tenho um jeito prático de ser e acabo chateando as pessoas sem intenção. Aos 50, tenho consciência disso, mas sigo igual! Talvez um tiquinho mais calma só! (risos)

– Qual o capítulo mais difícil e desafiador da sua vida?
– Foi a morte do Senna e o diagnóstico de aids do meu irmão, no mesmo ano. Na epóca, era praticamente um diagnóstico de morte, tanto que me engajei na causa. O ano de 1994 foi de uma brutalidade que eu realmente não consigo explicar, mas saí mais forte, pronta para encarar o mundo. Se eu não fosse atrás, ninguém iria por mim. A vida me deu grandes oportunidades, mas tive que fazer minha parte.

– Acredita que o melhor capítulo ainda está por vir?
– Sempre, senão a vida não faz sentido. Encaro a vida como um presente e sempre encarei que, nas puxadas de tapete, tenho que levantar e seguir em frente. Ayrton morreu sem realizar três sonhos: ir à Disney, correr em uma Ferrari e ter um filho. A morte dele me deu senso de urgência e isso está
mais latente aos 50 anos. Sou uma mulher que trabalha para realizar sonhos.

– E quais são seus sonhos?
– A lista é gigante! Desde materiais até ter outro filho. A gravidez da Claudia Raia, aos 55, me animou, acompanhei tudo e falo com ela. Também quero me mudar para uma casa, continuar viajando e ser líder de audiência, de cabo a rabo do programa!

– Alexandre gosta da ideia de ter um segundo filho?
– Ele desconversa! Quem sabe vocês me ajudam com isso!

Adriane Galisteu em entrevista na Revista CARAS

Adriane Galisteu em entrevista na Revista CARAS

Adriane Galisteu em entrevista na Revista CARAS

Adriane Galisteu em entrevista na Revista CARAS

Adriane Galisteu em entrevista na Revista CARAS

FOTOS: MANUELA SCARPA/BRAZIL NEWS