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Música / FUNKEIRO

Davi Kneip rebate críticas por ser evangélico e cantar funk: 'Deus é amor'

Em entrevista à CARAS Brasil, Davi Kneip revelou ter sido criado em família religiosa e iniciou carreira artística na igreja

por Surenã Dias

sdias_colab@caras.com.br

Publicado em 10/08/2023, às 06h00

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Davi Kneip contou que recebe críticas de evangélicos por ser funkeiro - Foto: Reprodução / Instagram
Davi Kneip contou que recebe críticas de evangélicos por ser funkeiro - Foto: Reprodução / Instagram

Sucesso no mundo do funk, o cantor Davi Kneip (24) revelou que constantemente sofre com críticas por ser evangélico. Em entrevista à CARAS Brasil, o artista contou que foi criado na Igreja e garante que não se desviou dos valores da religião. "Deus é amor", disse ele.

"Sofri críticas por ser evangélico e estar no meio do funk. E por ser uma pessoa toda tatuada, estar no meio de festas, mas é o meu trabalho. Acaba que as pessoas, às vezes, julgam o seu estereótipo, julgam o que você é por fora sem te conhecer por dentro, sem conhecer as coisas boas que você faz para o próximo, as coisas boas que você prega na Terra", disse.

Davi, que foi participou da primeira temporada do reality Brincando com Fogo, da Netflix, conta que muitos comentários partem dos próprios evangélicos, que não conseguem entender como ele segue frequentando a igreja enquanto lança projetos que exaltam a sensualidade, como SentaDona, música o qual lançou com parceria de Luísa Sonza e Gabriel do Borel

"Isso já acontece em igreja de me olhar meio estranho, de falar 'é do funk, mas tá aqui', entre outras coisas. Até pessoas conhecidas e influentes na mídia nessa área religiosa, falaram: 'Você não é de Deus, porque você fez e cantou SentaDona. Mas pelo contrário, eu falo que tudo tem propósito", declarou. 

Ele conta que tem aproveitado a oportunidade de circular no meio artístico, para passar o evangelho aos amigos funkeiros. "Muitas pessoas até mudaram a maneira de pensar. Começaram a acreditar no meu Deus por conta de testemunhos, coisas que eu preguei para eles. Então eu sei, eu acho que tudo tem um propósito", contou. 

Com grande número de fãs que fazem parte da comunidade LGBTQIAP+, o artista faz questão de afirmar que não apoia os ataques que líderes religiosos constantemente fazem à diversidade. 

"Meus pais são cristãos e eu sei que um dos princípios que Deus ensina na bíblia mesmo é que eu tenho que amar todo mundo, independente de gênero, de raça, independente de qualquer coisa, porque Deus é amor", afirmou.  

Davi conta que aprendeu com os pais a ser uma pessoa sem preconceito. “Meus amigos moravam em comunidade, frequentavam a minha casa. Eu nunca tive essa questão de preconceito por qualquer coisa", disse o DJ, que completou dizendo que teve uma educação rigorosa: "Se eu faltava respeito com alguma pessoa, eu ficava de castigo".

O artista ainda relembra que foi na igreja que ele começou sua carreira musical. "Eu falo que grandes talentos saem da igreja. Foi um dom, porque ninguém me ensinou a tocar bateria, aprendi sozinho. Eu amava. Aliás, ainda amo o louvor da igreja. Eu acho que é uma música tão pura, tão bonita, é algo tão lindo que é feito pra Deus, que é sem palavras", disse.

Davi acredita que estar no funk não muda sua relação com Deus e que vários outros artistas que também estão no gênero musical são evangélicos. "Tem muitas pessoas cristãs que estão no funk. Foi uma maneira de mudar a vida delas e eu acho que a maneira de eu crer em Deus e saber que ele me ama, saber que ele é o senhor da minha vida não muda em nada o que eu toco", finalizou.