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Especial amamentação: mãe fala da experiência com o segundo filho

Giuliana Bergamo, autora do blog Chá de Bergamota, fala das diferenças entre amamentar a primeira filha e o caçula, que acabou de nascer. Leia o depoimento e saiba como ela venceu as dúvidas e inseguranças e hoje encara tudo de um jeito mais leve

Giuliana Bergamo Publicado em 05/08/2013, às 18h47 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Quinto capítulo do Especial Amamentação e a experiência com dois filhos - Shutterstock
Quinto capítulo do Especial Amamentação e a experiência com dois filhos - Shutterstock

Amamentar um primeiro filho não é tarefa fácil. Primeiro porque dói. Pelo menos no começo. Segundo porque, ao contrário do que eu pensava antes de ter minha primogênita, hoje com 2,5 anos, não nascemos sabendo e o aleitamento requer certa prática. Pior: as dúvidas, misturadas aos hormônios tresloucados do pós-parto, são de deixar qualquer mamífero louco. Eu quase enlouqueci. Com tempo, calma e ajuda – a família tem que colaborar!—, tudo fica mais fácil e, aí, é uma curtição só.

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Nas primeiras semanas eu sofria por quase tudo. Por não saber qual seio eu deveria oferecer a cada mamada; porque minha filha não arrotava; porque depois de amamentar eu ficava muito cansada e não tinha pique para fazê-la dormir; porque era muito chato mas necessário lavar o tempo inteiro as conchas que eu usava para proteger os seios; porque eu raramente sabia se o choro era por fome ou excesso de leite...

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Aos poucos, porém, a nuvenzinha cinza que recai sobre a cabeça das mães de primeira viagem foi passando. Como minha filha gastava uns 40 minutos para ficar satisfeita até quando já estava grandinha, eu aproveitava esse tempo ora para namorar o rostinho perfeito dela, ora para pensar na vida e também para me divertir. Passei a assistir filmes durante as mamadas e ler livros, muito livros. Ah, como eu li!

Logo chegou a fase dura, de voltar ao trabalho e deixar a cria com outra pessoa. Para meu desespero, minha filhota rejeitou a mamadeira. Foram semanas de treino e nada... Ainda assim, fiz questão de que ela continuasse recebendo só o meu leite numa receita maluca. Para isso, eu tinha que passar diariamente por uma pequena sessão de tortura na enfermaria do meu trabalho para estocar o leite ordenhado. Pois é! Ordenhado.

Quando ela tinha uns 9 meses, a coloquei no colo para mamar, ofereci o seio, ela fez “tchau” com a mão e se negou a mamar. “Puxa, nunca mais teremos esses momentos, nunca mais ela vai mamar em mim”, pensei entrando num poço de tristeza. Em seguida, fui tomada por um orgulho louco. Afinal, minha filha estava mostrando um dos seus primeiros gestos de independência e o que mais quer uma mãe além de saber que seu filho é saudável e independente? Valentina ainda mamou no seio por algumas semanas, só pela manhã, momento em que costumávamos curtir uma preguiça na cama. Depois parou.

Recentemente fui agraciada por uma segunda chance de amamentar, de ter os meus momentos de deleite – ou dar leite, com o perdão do trocadilho. Hoje sou mãe também do Antônio, um garotinho de três semanas de vida. Ah, como tudo é mais fácil na segunda vez! Antônio mama como um bezerrinho desde minutos depois de nascer. Se eu tenho dúvidas? Tenho: darei conta de produzir tanto leite para um bebê que mama tanto? Mas isso não é capaz de tirar meu sono nem meu tempero emocional. Dessa vez, cheguei à fase da curtição mais rapidamente. Não preciso mais das conchas de amamentação porque meus seios estão preparados e eu aprendi a oferecê-los da forma correta para meu bebê; às vezes até me confundo e dou o mesmo peito duas vezes, mas e daí?

Além disso, Antônio parece ter nascido sabendo. Rejeita o leite quando não tem fome e mama rapidinho quando tem, sem deixar dúvidas. O problema disso tudo é que acaba sobrando pouco tempo para ler ou assistir a filmes.

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