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Bebês no verão: o que você precisa saber antes de levar seu filho à praia ou à piscina

Juliana Cazarine Publicado em 25/09/2012, às 13h51 - Atualizado em 22/02/2013, às 00h47

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Heidi Klum, Jessica Alba e Samara Felippo se divertem na praia com os filhos bem protegidos contra os raios do sol - Foto-montagem
Heidi Klum, Jessica Alba e Samara Felippo se divertem na praia com os filhos bem protegidos contra os raios do sol - Foto-montagem

Férias, viagem e verão são sinônimos de momentos felizes em família. E para que a diversão seja completa, os pais de crianças pequenas, de até três anos de idade, devem adotar medidas preventivas para manter a saúde e o bem-estar do bebê durante as idas à praia ou à piscina. Confira as nossas dicas e aproveite cada minuto da estação mais quente do ano.


Quando levar o bebê

O bebê só pode começar a ir à praia ou à piscina com seis meses de idade. “Antes disso, a criança corre muito risco de apresentar desidratação, queimaduras - já que a pele ainda é bastante sensível - e insolação, porque até o meio ano de vida não se pode usar protetor solar”, diz Solange Saboia, pediatra da Coordenadoria Regional de Saúde Sul da Secretaria Municipal de Saúde.


Proteção

Toda mãe sabe que o uso do protetor solar no bebê é indispensável, porém o mais importante é saber que o produto deve ser escolhido sob orientação médica. “O protetor de fator 30 é o mais recomendado para bebês, mas apenas o médico da criança pode indicar o produto ideal baseado em fatores como a pele e a composição do protetor”, afirma Solange. A aplicação do produto deve ser feita a cada duas horas, ou no máximo, a cada quatro horas. Se a criança entrar na água, deve aplicá-lo novamente assim que sair. A mesma regra é válida para aquelas que acabaram de praticar um esporte.

Mas apenas o protetor não é suficiente para proteger o bebê dos raios solares. Chapéus, roupas leves, como bermuda e camiseta, e até mesmo óculos de sol também fazem parte do “kit verão”. Mesmo devidamente protegido, o bebê não deve ficar exposto diretamente ao sol.

Hidratação

O risco de desidratação é mais alto durante o verão do que em outras épocas do ano. Portanto, é imprescindível oferecer à criança líquidos variados. “O bebê que está em fase de aleitamento materno recebe quantidade de água suficiente para o organismo a cada mamada, que devem ser feitas com intervalos curtos de tempo”, aconselha a doutora Solange. Já as crianças maiores devem beber bastante água e sucos naturais. “Manter o bebê hidratado deve ser a principal preocupação da mãe durante o calor”, completa.


Brincadeiras

Até um ano de idade, o ideal é que o bebê não brinque na areia. “Para ter contato direto com a areia, a pele da criança deve estar ‘madura’, de forma que não seja afetada facilmente por doenças de pele, como micose, ou queimaduras de sol”, recomenda a pediatra. Mesmo quando a idade já é adequada, a criança continua exposta a esses riscos se não forem adotadas medidas de prevenção e ela não estiver com a vacinação em dia. “A areia reflete a luz do sol, por isso esquenta a ponto de causar queimaduras. Além disso, pode conter inúmeras bactérias agressivas. Portanto, ficar na areia apenas sobre uma esteira ou algo parecido”, alerta Solange.

As brincadeiras dentro da água, tanto da piscina como do mar, podem começar mais cedo: a partir dos seis meses. “A água também reflete a luz do sol e o bebê deve entrar nela com protetor solar e sempre usando chapéu e camiseta”, diz a pediatra. “Para eliminar as impurezas da água, a criança deve tomar banho assim que sair do mar e da piscina”, aconselha. O tempo de exposição e o horário também são determinantes para um passeio saudável. “Até um ano de idade, a criança não pode passar mais de 30 minutos na água – porque está exposta ao sol ao mesmo tempo. Depois, até os três anos, não deve ficar mais do que uma hora. O melhor horário para a brincadeira é antes das 11h ou a partir das 16h”, diz a doutora Solange.  


Olhos e ouvidos

Mesmo que a criança não mergulhe, a água do mar ou da piscina pode causar irritação nos olhos, já que ela pode levar a mão “suja” à região. “No caso de irritação causada por cloro, sal da água ou até mesmo areia, a mãe deve limpar a parte externa dos olhos da criança com soro fisiológico aplicado em um algodão. Se o problema persistir por mais de 24 horas, é necessário procurar um médico”, diz a pediatra. 

O ouvido também é um região muito sensível em bebês e crianças. Nessas ocasiões de viagens de verão, podem ocorrer infecções e alergias. “Durante a descida da serra (no caso de quem vai à praia) ou um mergulho, a pressão de ar no ouvido aumenta a ponto de provocar infecções”, afirma Solange. Para evitar essa oscilação, crianças que ainda estão em fase de aleitamento materno, podem passar esse período da viagem mamando. As mais grandinhas podem descer a serra comendo. “O contato com a água do mar também pode provocar alergia externa na orelha, mas a partir dos seis meses, com a pele do bebê mais ‘madura’, o risco é menor”, completa. 


Por Juliana Cazarine