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As vitórias da guerreira Cissa Guimarães

Superações em um ano de encenação de Doidas e Santas : 'Estou reestreando tudo na vida'

Redação Publicado em 05/04/2011, às 20h53 - Atualizado em 07/04/2011, às 12h09

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Com o filho João, ela chega ao teatro vestindo camisa- -homenagem a Rafael, morto em 2010. - SELMY YASSUDA/ARTEMISIA FOT. E COM.
Com o filho João, ela chega ao teatro vestindo camisa- -homenagem a Rafael, morto em 2010. - SELMY YASSUDA/ARTEMISIA FOT. E COM.
A lembrança do filho Rafael Mascarenhas é símbolo de força para Cissa Guimarães (53). Na quinta-feira, 31, noite em que celebrou a reestreia da peça Doidas e Santas, no Teatro Vannucci, Rio, a atriz chegou ao local com o herdeiro João Velho (27), da união com Paulo César Peréio (70), usando uma camiseta com a imagem do caçula, morto por atropelamento em um túnel carioca, em julho de 2010, com apenas 18 anos. Comovida, além de comemorar 200 apresentações e um ano de espetáculo, ela assumiu a volta com o artista plástico Jorge Barata (52), que namorou por cinco anos e de quem há um estava separada. "Estou reestreando tudo na vida: peça, namorado... Voltei com Jorge ontem, ele é meu parceiro",/i>, confessou a atriz, que também regressou às novelas e está no ar em Morde & Assopra, na Globo. A peça é protagonizada por Cissa, que sempre teve o mesmo elenco ao seu lado: os atores ,b>Josie Antello (40) e Giuseppe Oristanio (52). "Cheguei aqui e chorei de tanta emoção. Foi muita batalha, muita luta... Quis fazer algo digno e sincero. Só posso agradecer aos deuses do teatro e ao meu filho Rafael, que sempre me deu muita força para fazer esse projeto", disse a estrela, homenageando o filho da relação com o músico Raul Mascarenhas (57). Além de atuar, Cissa também assina a produção da peça, baseada no livro da gaúcha Martha Medeiros (48). "Quis estrear na produção fazendo algo do universo feminino da minha geração. O resultado foi surpreendente", contou a atriz, acompanhada do diretor Ernesto Piccolo (48) e Regiana Antonini (48), que adaptou o texto para o palco e estavam presentes na data especial. A noite não terminou com os aplausos finais. O elenco e convidados, como as atrizes Márcia Cabrita (47) e Flávia Garrafa (36), a cantora Elba Ramalho (59) e a produtora Maria Siman (53), estenderam a celebração e foram festejar em uma boate. - Como é para você essa celebração de um ano de espetáculo? Cissa- Me lembro de todo o incentivo do Rafael para que trabalhasse na montagem. Era ele que me fazia driblar as minhas inseguranças. Estava sempre presente nos ensaios. Não imaginava que conseguiria chegar a essa marca. Fiz o projeto totalmente sem pretensão. Queria aprender a produzir, fazer alguma coisa que acreditasse. - Tudo mudou muito. A Cissa de hoje é totalmente diferente... Cissa - Depois de oito meses da morte do meu filho, sou realmente outra pessoa. Acho que o sofrimento não está aí só para ensinar, até porque é chato sofrer. Como essa é a maior dor do mundo, a única saída é evoluir. Faço a terapia do luto, tento estabelecer uma conexão espiritual com meu filho. O fato de ter produzido a peça, da maneira que foi, com o sucesso que teve e com a bênção do Rafa, eu só posso agradecer muito. Acho que sou um bilhete premiado. - O que você tem em comum com a personagem da peça? Cissa- Nós duas não temos medo de sermos felizes, chutamos o pau da barraca e vamos à luta. Eu jamais ficaria 20 anos casada em um relacionamento morno, em que faltasse paixão ou tesão. Já tive sucessos e fracassos amorosos, mas não consigo entender quem insiste nessa coisa mais ou menos. - Mas você acredita em relacionamentos para a vida toda? Cissa- Claro que acredito! Giuseppe Oristânio, por exemplo, é muito bem casado há 28 anos e eu tenho até uma inveja branca de quem consegue isso. É um barato, embora seja uma das coisas mais difíceis do mundo. Muita gente se acomoda porque tem medo de ficar sozinha, e eu entendo. Às vezes, também sinto isso. Somos mulheres independentes, mas queremos ter um homem para chamar de nosso. Adoro ser paparicada, que abram a porta do carro, que me mandem flores... O meu pacto é com a felicidade.