Sérgio Marone focado no cinema: 'Estou tomando mais as rédeas da minha carreira'

Com oito novelas no currículo e apenas dois filmes, Sérgio Marone está decidido a expandir sua experiência no cinema. O ator vai começar esta nova etapa na sua carreira produzindo o filme Jesus Kid, baseado no livro homônimo de Lourenço Mutarelli. "Eu me apaixonei pelo texto, sou fã da literatura do Mutarelli e esse texto chegou em mim de uma forma quase mágica. Estava lendo um livro dele na Bahia, quando cheguei no Rio me deram outro livro do Mutarelli e depois me indicaram uma peça. Quando li, sabia que ia produzir. Era o roteiro quase pronto", conta Sérgio. O ator, que está no ar em Morde & Assopra, da Globo, deu uma entrevista exclusiva para a CARAS Online e disse que está determinado a buscar novas oportunidades na sua carreira. - Por que decidiu produzir um filme? - Eu estava sentido essa necessidade já fazia um tempo. Se não fosse Jesus Kid, eu ia produzir outro. Eu já produzi muito teatro, mas cinema é onde menos tive oportunidades. Só fiz dois filmes e faz muito tempo. E também porque faz parte do meu processo de amadurecimento como artista, estou tomando mais as rédeas da minha carreira. - Você acha que o cinema traz mais credibilidade que a televisão? - Acho que sim. E sem dúvida nenhuma, quero focar mais em cinema e teatro agora. No teatro, eu sempre tive bons convites, e já co-produzi muita coisas. Mas agora quero ser convidado para fazer bons filmes. Os convites que recebo para cinema nem sempre são interessantes, às vezes são roteiros comerciais demais, que só querem usar o ator que faz novela para atrair público. Esse texto do Lorenzo é mais alternativo. É o tipo de personagem que estou buscando, e que busco no teatro. - Na televisão não tem tanto espaço para papéis alternativos? - A televisão precisa rotular os atores em determinados perfis, faz parte do mercado, do sistema, não tem muito o que fazer contra isso. Mas eu até sou bem feliz com minha carreira na TV, pois já fiz vilão, drogado, hippie... É que geralmente não são tratados com a mesma profundidade de um personagem de teatro ou cinema. - Você fará o protagonista do longa? - Eu serei o co-protagonista, que é um cowboy viril, um herói de uma história em quadrinho que o protagonista escreve. Ainda não decidi quem vai ser o protagonista, tenho várias ideias, mas não posso decidir nada sem escolher o diretor. Tenho o projeto escalado só na minha cabeça. Quero começar o processo do começo, vou escrever, entrar na AnCine... - E para o teatro, tem algum plano em vista? - Estou lendo algumas coisas, tem um texto da Daniela Pereira de Carvalho, que é uma jovem dramaturga super talentosa. Mas eu não sei. Desde Play prometi que só ia atuar em peça que eu fosse o produtor. - Por quê? - Principalmente por você poder dar mais as cartas. Sempre fui um cara que gosta de palpitar, cheguei em Play mudando o material fotográfico deles. Eu tenho esse timbre, só não tenho muita paciência para parte burocrática. - Pensa em dirigir algum projeto? - Agora não, talvez futuramente. Ainda não me sinto capaz para isso e nem tenho essa vontade, por enquanto. - Quanto à novela, Morde & Assopra enfrentou alguns problemas no Ibope. Como está o clima nos bastidores? - Isso foi mais no começo. Mas a novela já está estabilizada e o clima nos bastidores é o melhor possível.