Família que festeja unida, tenta unir o país. Em variação do dito popular, o clã real belga festejou o Dia Nacional da Bélgica em meio à grave crise política desencadeada pela rivalidade dos grupos separatistas flamengos e francófonos. Com semblante abatido, os reis Albert II (74) e Paola (70) prestigiaram missa de Ação de Graças na catedral Saint Michael e Gudule, em Bruxelas. Com eles, o príncipe-herdeiro, Philippe (48), a mulher, princesa Mathilde (35), e a rainha Fabiola (80), viúva do rei Baudouin I (1930-1993), irmão de Albert.
"Devemos criar formas para viver juntos. Crises também servem para se recuperar", discursou o monarca, que dias antes rejeitara pedido de renúncia do primeiro-ministro, Yves Leterme (47). Após a cerimônia, eles retornaram ao palácio de Laeken, do qual assistiram à parada com os príncipes Laurent (44) e Claire (34). De xale, a rainha Paola cruzou as pernas em ângulo um tanto plebeu e não disfarçou o tédio.