CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

Rafael Barreto: 'A batalha começa agora'

<i>Por Thais Arbex</i><br><br> Publicado em 14/07/2009, às 12h40 - Atualizado às 16h16

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Rafael Barreto - Reprodução
Rafael Barreto - Reprodução
Rafael Barreto enfrentou mais de 30 mil concorrentes e, no final de 2008, venceu o Ídolos, reality show da Record. Aos 23 anos, o garoto que tocava nos bares da noite de Salvador lança seu primeiro álbum, pela Sony, intitulado Pensando em Você. Em entrevista ao Portal CARAS, ele fala da expectativa em relação ao trabalho e conta os detalhes de como o apoio de sua noiva, Deya, e o programa o ajudaram a enfrentar a morte da mãe e um aneurisma cerebral, que o levou ao coma durante dias: "Sempre acreditei que depois de algo muito ruim, coisas boas estão por vir", analisou. Abaixo, os principais trechos da conversa: - Você está lançando o álbum Pensando em Você. Conte um pouco desse trabalho. Quais influências ele tem? - Logo que o Ídolos terminou, cheguei na Sony com o meu violão e mostrei algumas das minhas composições para eles. Foi muito legal porque todos gostaram muito. Demoramos um pouco mais para lançar o CD porque estávamos procurando parceiros para a produção do álbum. - O que foi mais difícil: participar do Ídolos ou gravar o CD? - Com absoluta certeza, participar do programa. Foi muito intenso e aprendi muito a cada dia, a cada etapa vencida. Apesar de não ter sido profissionalmente, eu já tinha gravado um CD com o Alpha 3, a banda que formei com o meu irmão, o Edu Barreto, e com o amigo Klaus Seydel. No programa, aprendi a cantar sem estar acompanhado do meu violão porque o Ídolos quer formar cantores. Esse foi o meu maior desafio. - Quem é o Rafael Barreto depois de Ídolos? - Eu não mudei. Sou o mesmo Rafael de sempre. É claro que estaria mentindo se dissesse que minha vida continua mesmo. Hoje sou mais reconhecido na rua. Isso até me assustou no começo porque não sabia que tinha fãs no Brasil inteiro. - Quais são os cantores que influenciam você? - Sou fã de carteirinha do Marcos Menna, o ex-vocalista do LS Jack. Também sou fã da Ana Carolina, do Jorge Vercilo e do Roupa Nova. - Como é o seu processo de criação para as letras? - Pego o meu violão, sento na cama e começo a tocar. As músicas e as letras aparecem do nada. Mas não tem muita regra. Não preciso estar triste ou feliz para compor. Como meu irmão já era compositor, tive muita influência dele. Tanto que a primeira música que compus foi aos 17 anos. - Quando você descobriu a vocação para cantor? - Sempre ouvi muita música com a minha mãe. Quando o meu irmão começou a cantar, me encantei por aquilo. Ele passou a ser minha inspiração. Quando eu tinha 13 anos, eu e ele formamos uma dupla. E depois, com a entrada do Klaus, formamos o Alpha 3 e começamos a cantar nos bares de Salvador. - No ano passado, além de vencer o programa, você perdeu a sua mãe e teve diagnosticado um aneurisma cerebral. Como foi lidar com dois sentimentos tão diferentes? - Costumo dizer que minha mãe viveu, e não que morreu. Ela estava muito debilitada. E nos sentíamos de mãos atadas. Não podíamos fazer nada para ajudá-la. Logo depois que ela faleceu, me dei conta de que não poderia sobreviver da música. Consegui um emprego em um shopping e me matriculei no curso de Fisioterapia. Já estava certo, na minha cabeça, que o meu caminho não passaria mais pela música. Nessa mesma época, descobri o aneurisma. Um dia, durante um jogo de futebol com uns amigos, comecei a sentir uma dor de cabeça muito forte. Desmaiei e só acordei no hospital. Na verdade, eu nasci com uma má formação arterial, mas ninguém sabia. - E o que mudou na sua vida desde então? - Além de todos os cuidados que tenho que tomar, aprendi a ser uma pessoa melhor. Foi uma lição de vida. E sempre acreditei que depois de algo muito ruim, coisas boas estão por vir. Eu só não sabia que ia ser tão rápido. Um mês depois de descobrir o aneurisma, começaram as inscrições para o Ídolos. Sempre que voltava da faculdade, passava em frente ao lugar em que a equipe da Record cadastrava os participantes. O tamanho da fila, porém, me desencorajou. Quase não participei. Mas a batalha começa agora, com o lançamento do CD.