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O último carnaval de Emílio Santiago no Camarote CARAS

O cantor, que era mangueirense, foi ao Camarote CARAS assistir ao desfile das campeãs do Rio de Janeiro

Redação Publicado em 20/03/2013, às 14h38 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Emílio Santiago: carnaval no Camarote CARAS - Renato Wrobel
Emílio Santiago: carnaval no Camarote CARAS - Renato Wrobel

Há pouco mais de um mês, quem poderia imaginar que o cantor Emílio Santiago (1946-2013) sofreria um Acidente Vascular Cerebral isquêmico e deixaria um vazio na história da música popular brasileira? Ele morreu por volta das 6h30 desta quarta-feira, 20, em consequência de piora no quadro após o AVC, sofrido em 7 de março. No último desfile das campeãs do Carnaval do Rio, em 17 de fevereiro, o cantor prestigiou o Camarote de CARAS na Sapucaí, no Rio.

À CARAS Online, o cantor confidenciou qual era a sua escola de samba do coração, a Estação Primeira de Mangueira. "Sou Mangueira desde sempre, mas não gostei do resultado deste ano. Mesmo achando o corpo de jurados coerente e competente", lamentou o artista a respeito de sua agremiação não estar entre as campeãs do carnaval carioca neste ano.

Na ocasião, Emílio também contou que vinha trocando o carnaval do Rio de Janeiro pelo de Recife. "É um carnaval completamente diferente e multicultural. Toda turma vai para lá: Alcione, Caetano... Eu me identifico com o carnaval de Recife. É uma festa de rua, de maracatu, com muita história, valorizando a cultura pernambucana", explicou.

Último adeus

O velório do cantor está acontecendo nesta quarta-feira na Câmara dos Vereadores do Rio - o local foi aberto ao público por volta das 14 horas. O enterro deverá ocorrer na manhã desta quinta-feira, 21, no Memorial do Carmo.

Histórico

O cantor e compositor foi internado em 7 de março, no Hospital  Samaritano, no Rio, após sofrer um AVC isquêmico (Acidente Vascular Cerebral isquêmico). Emílio chegou ao hospital por volta das oito da manhã, estava lúcido e recebeu os primeiros procedimentos na emergência. Em seguida, o cantor  foi transferido para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI). De acordo com boletim assinado pelo médico Márcio Ananias e divulgado pelo hospital na ocasião, o quadro clínico do cantor inspirava cuidados.

Emílio Santiago passou mal em casa e, segundo informações de amigos,  não apresentava problemas de saúde até então. Ainda de acordo com pessoas próximas, ele estava bem, feliz e alegre com a vitória do Botafogo no domingo, 3 de março. No dia seguinte, o  cantor participou do programa Encontro com Fátima  Bernardes e estava animado e bem disposto.

Biografia

Emílio Vitalino Santiago, conhecido apenas como Emílio Santiago, nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 6 de dezembro de 1946. Foi ao cursar a faculdade de Direito, ainda na década de 1970, que o jovem aproveitou os festivais universitários para começar a se apresentar como cantor, além de fazer participações em programas de calouros da época.

Em 1973, ele lançou o primeiro compacto, com as canções Transa de Amor e Saravá Nega, responsáveis por dar maior visibilidade ao artista em rádios e programas televisivos. Em 1975, Emílio lançou um disco com canções 'esquecidas' de compositores consagrados, como Ivan Lins, João Donato, Jorge Benjor, Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, entre outros.

O sucesso 'de verdade' veio em 1988, quando Emílio lançou o álbum Aquarela Brasileira, um projeto especial de sete volumes, dedicado exclusivamente ao repertório de músicas nacionais. Nesta época, ele também trabalhou em outros projetos, incluindo um tributo ao cantor Dick Farney.

Depois disso, o cantor ainda lançou os discos Bossa Nova, Um Sorriso nos Lábios (2001), O Melhor das Aquarelas (ao vivo), e Só Danço Samba, seu mais recente trabalho.