O RECOMECO DE FRANCIELY FREDUZESKI

O comportamento reservado de Franciely Freduzeski (29) no programa A Fazenda, totalmente diferente do apresentado pelos outros participantes, refletiu o momento de vida da atriz. Primeira eliminada do reality da Record, ela voltou para casa, uma cobertura dúplex de 700 m² na Barra da Tijuca, Rio, sem nenhum arrependimento. Recémseparada do economista Luiz Claudio Barbosa (49), com quem viveu por seis anos e meio e teve Lucas (6), ela optou por se resguardar para não expor a família. E reconhece que a existência do filho tornou se um fator determinante para tomar suas decisões. Assume até que, ainda durante a gravidez, isso foi primordial para superar uma primeira crise na relação. "Dizer que filho não segura casamento não existe. Você pensa na criança, na estabilidade financeira e quer o pai por perto", admite. Mas o passar dos anos tornaram o rompimento inevitável. E Franciely garante não estar com medo. "Pela primeira vez na vida estou concentrada em mim", avisa. Determinada a voltar às novelas, ela aproveita o tempo livre para gerenciar a rotina de Lucas. As horas de descontração ganham o reforço do cachorro de estimação, Jubileu, da raça schnauzer, presente de Jayder Soares (53), primeiro marido da atriz e presidente de honra da escola de samba Grande Rio. - Por que se mostrou tão distante em A Fazenda? - Sou muito observadora. Além disso, meu filho estava me vendo, tinha acabado de me separar e o caso está na Justiça. A vida não se resume em A Fazenda. O programa ia acabar, mas a vida continua. Pensei: vou me expor, mas me expor de uma maneira branda. E acho que a edição me prejudicou. - A experiência ajudou a refletir sobre o atual momento? - É a primeira vez em que fico sozinha em 10 anos. Estou achando ótimo. Vivo um momento meu e do meu filho. Pela primeira vez, estou concentrada em mim, no que gosto. Posso dormir sozinha, acordar despenteada. Agora, quero ouvir a minha música, assistir ao meu canal e ter o controle da TV. - Por que decidiu se separar? - Precisava resgatar algumas coisas que não fazia mais. Estava sentindo falta de momentos meus. Nem que seja no meu quarto, sozinha, sem ter ninguém para chamar, sem compromisso, a não ser com o Lucas. - O fato de ter um filho pequeno pesou em sua decisão? - Uma relação com filho é completamente diferente de uma sem. Uma separação também. Isso é, sim, colocado na balança. - Mas nem assim foi possível salvar a relação? - É doloroso para todas as partes. Tentei diversas vezes. A gente foi e voltou por causa do nosso filho. É difícil ter anos de convivência e acabar de uma hora para outra. E Lucas não expõe as ideias dele. Teve um rendimento um pouco mais baixo na escola, ficou com medo de não ter mais pai e mãe porque nos separamos, mas desta vez optamos por acabar mesmo. - Como faz para preservar a relação de amizade com o ex? -Não há nada como o tempo! No início, é uma tempestade, a casa cai, você acha que o mundo vai acabar, entra em desespero. Tudo fica confuso, não consegue focar em nada. É como nascer de novo, um problema atrás do outro. Com o tempo, a gente começa a viver normalmente. Você volta a ser quem era. Mas procuro deixar Lucas ver sempre o pai, mesmo querendo matá-lo (risos). - Tem algum arrependimento? Lucas foi feito com amor. Amei o pai dele e fiz o meu filho porque quis. Ele não foi um acidente. Houve uma parte boa e uma ruim no casamento. Não posso jogar tudo no lixo. - Como está lidando com as novas responsabilidades? - Ainda estamos com a causa na Justiça, estipulando a pensão, mas já foi dado um valor base. Ele cumpre tudo direitinho, mas no início não cumpria nada. Nos falamos muito pouco, mas tentamos nos entender. - A nova realidade pesou na decisão de entrar em A Fazenda? - A grana e a emissora pesaram. Tudo que a Record faz tem um nível bom. E por ser uma emissora evangélica, pensei que encontraria pessoas bacanas. Mas me decepcionei com os participantes. - A que atribui o fato de ter sido a primeira eliminada? - Não tinha intimidade com ninguém e me surpreendi muito com as pessoas. Acho que os anônimos sabem se comportar muito melhor que as celebridades nos realities. Tudo era somatizado. Era uma briga de egos surpreendente. Fiquei espantada. Imaginei que não fossem existir as panelinhas, o que de cara aconteceu. Quando vi que o alvo do programa não eram as atividades, mas quem ia falar mal de quem, quem ia beijar quem, pensei: eu estou fora.