CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

O BRILHO DE ÍRIS BRUZZI: SEM PERDER O REBOLADO

A EX-VEDETE SE ESPELHA EM DIVAS COMO MARYLIN E PREENCHE A VIDA E A CASA COM HUMOR E GLAMOUR

Redação Publicado em 25/09/2007, às 17h42

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Na sala de sua casa, Rio, Íris entre pôsteres de Marilyn Monroe. O primeiro, presente de Guilherme Karam. O segundo, ganhou há 25 anos de Vicente Sesso
Na sala de sua casa, Rio, Íris entre pôsteres de Marilyn Monroe. O primeiro, presente de Guilherme Karam. O segundo, ganhou há 25 anos de Vicente Sesso
por Natalia Castro O apartamento de Íris Bruzzi (72), em Ipanema, não deixa dúvidas: quem vive ali é uma artista. Um dos ícones do Teatro de Revista, uma das Certinhas do Lalau, lista criada pelo escritor Sérgio Porto em 1954 para eleger as belas da época, e conhecida como a rainha do rebolado, Íris fez de sua casa um túnel do tempo. Fã de musas como Marilyn Monroe (1926-1962) e a sensual Betty Boop, não faltam pelo local referências ao cinema antigo e às grandes estrelas de Hollywood. "Era a época de ouro. Acho que Marylin morreu na hora certa. Imagina ela agora, velha, de cabelo sem tinta?", diverte-se a atriz. Entre os inúmeros detalhes que compõem o apartamento, as coleções se destacam nas paredes em tons de rosa, roxo e verde, decoração muito parecida com a da casa em que viveu em Nova York, cidade onde morou por 10 anos e deixou há dois. "Minha casa transmite minha alegria de viver. Ela nunca poderia ser de uma pessoa deprê ou séria demais. Ela sou eu", compara. E é com o mesmo bom astral que Íris encara a vida. De férias na TV, após viver a viciada em jogos Elisa em Vidas Opostas, Íris vem ensaiando a peça Subindo pelas Paredes, que estréia em 1o de novembro em Teresina e depois segue em turnê pelo país. "Sou feliz porque aceito o que a vida me dá e não estresso. Só tenho a agradecer", diz. Casada três vezes - com Walter Pinto (1913- 1944), Nelson Caruso (1939- 1982) e Jorge Dória (86) -, mãe de quatro filhos, Kátia (52), os gêmeos Álvaro e Walter (51), e Marcelo (36), e avó de Juliana (27), Samantha (16) e Gabriela (8), Íris não lamenta a falta de um companheiro. "Pendurei as chuteiras porque quis. Se quiser despendurá-las, sei que arranjo alguém rapidinho", aposta ela, que já foi considerada a mulher mais bonita do Brasil: "Fui muito bonita. E aproveitei." - Qual o segredo da felicidade? - O primeiro é ser feliz. O segundo são os amigos. Perco uns quatro, cinco por ano. Mas adoro estar com jovens. Todo mundo envelhece, mas o negócio é se reciclar sempre. Aceito as coisas como elas são, mas aprendo com os mais novos. - A tristeza tem vez para você? - Não. Sempre que tenho um aborrecimento, procuro saber o motivo e o contorno. Não sou adepta de analista, nada disso. Tomo um suco de melancia, vou ao cinema, como uma pipoca e resolvo tudo. - E um companheiro, não faz falta nestas horas? - Um homem só me faz falta como amigo. Sei que ainda agrado, mas não deixo ninguém chegar perto. Tem muita mocinha aí à procura de marido, e acho ótimo poder dizer que estou só porque quero. - E a falta de sexo, incomoda? - Quando era mais nova, amei quem eu quis e até quem eu não quis. Eram outros tempos, não existia Aids. Se as pessoas se gostavam, por que não transar? Agora não. Acho que o homem sente bem mais falta do que a mulher. A mulher consegue lidar melhor com isso. E não sinto falta mesmo. - Você já foi eleita a mulher mais bonita do Brasil. Envelhecer é difícil? - Não, porque a velhice veio aos poucos. Além disso, me considero belíssima para a minha idade: cara, cabelo, corpo, espírito. Algumas coisas eu ajeitei. Fiz uma lipo e coloquei silicone pouco antes de Belíssima. Quero fazer os braços para dar o tchau com dignidade (risos). - Por falar em Belíssima, como foi o retorno triunfal às novelas? - Maravilhoso. Estava em Nova York, perto do meu caçula, Marcelo, que morava lá, e acabei ficando. Voltei porque fui convidada para a novela. Adoro comédia, eu sou uma comédia! Ainda mais trabalhar com a Carmem Verônica, amiga há anos. - Falando na Carmem, sente saudade dos tempos de vedete? - Quem não é feliz aos 18? Mas não sou saudosista. Gosto do agora. Cada momento tem a sua ternura. - Você foi reprimida por seus pais nessa época... - Pois é. Eles tiraram minhas fotos da parede. Achavam que artista era prostituta. Aí fiz sucesso, casei com Walter e eles fizeram as pazes comigo. - Você foi mãe aos 20 anos. Se acha melhor como avó? - Eu era muito nova. Aos 20 tinha um, aos 21, três. Era uma responsabilidade! Gosto mesmo de ser avó. Acho que a gente podia ter os netos direto (risos). Minha casa é para as minhas netas, que gostam de rosa. Brinco que sou a avó da Barbie. Com a Juliana, adoro sair, vamos às festas. É maravilhoso. FOTOS: CADU PILLOTO