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NELSON FREITAS

"VIREI UM VOVÔ METROSSEXUAL"

Redação Publicado em 29/06/2007, às 13h33

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Em sua casa, no Rio, ator de <i>Zorra Total</i> ri de si mesmo e fala da relação com o neto e as filhas da mulher
Em sua casa, no Rio, ator de <i>Zorra Total</i> ri de si mesmo e fala da relação com o neto e as filhas da mulher
Estrela do humorístico Zorra Total, da Globo, há cinco anos, Nelson Freitas (45) está rindo à toa também fora da televisão. Além do sucesso profissional e da vida financeiramente estável, o ator deve sua alegria à procuradora da República Maria Cristina Cordeiro (41), com quem vive uma relação de seis anos. "É o momento mais bacana de toda a minha vida. Além de estar muito satisfeito com meu trabalho, pois nunca tive tanta projeção, encontrei a Cristina, com quem quero ficar até o fim da minha vida", declara ele, revelando-se extremamente romântico. Mas, como não perde a piada nunca, acrescenta logo que a mulher tem mudado sua rotina sensivelmente. "Ela me ensina várias coisas. Agora, cuido da unha, uso spray fixador no cabelo, às vezes, autobronzeador, e até adstringente para limpar a pele. Cristina está me transformando em um verdadeiro vovô metrossexual", define-se, com bom humor. O lado avô é exercido com o neto dela, Felipe (3). Filho de Ana Gabriela (24), primogênita de Cristina, com Carlos Henrique Brenny (28), o menino, que atualmente vive com os pais na Austrália, é o xodó da família. Nas férias, alegra a cobertura na Barra da Tijuca, no Rio. "Nunca quis ter filho, nunca gostei de criança, nunca tive paciência nem com cachorro. Mas a chegada deste netinho, que aliás, coincidentemente, é a minha cara, foi uma descoberta", emociona-se Nelson, que "adotou" também a caçula de Cristina, Maria Paula (15). "O que mais gosto na minha casa é o povo que mora dentro dela", declara-se, realizado com o novo clã. O casal comprou o apartamento ainda na planta e contou com as arquitetas Gilda Zukin e Verônica Levin para construí-lo como queria. "O projeto padrão já estava pronto, mas alteramos muita coisa, quebramos algumas paredes, criamos outras. O objetivo era ter uma casa bem prática e clean, e estamos muito satisfeitos. E ainda por cima temos uma vista maravilhosa para a Pedra da Gávea", gaba-se o ator, que só não fica mais tempo em casa por conta das viagens pelo Brasil com o seu show de humor. Mas, a partir do próximo mês, ele terá mais tempo para curtir o lar doce lar, já que fará a estréia de sua Stand Art Comedy em 4 de julho, com direção de Chico Anysio (75), no Bar do Tom, Rio. Além disso, aguarda o lançamento do filme Demoninho de Olhos Pretos, de Haroldo Marinho (62), que protagonizou, previsto para este ano; e ainda capta recursos para o monólogo Cama de Gato - As Aventuras do Gatão de Meia Idade, que produzirá com Miguel Paiva (56), em 2008. "É tudo comédia, uma coisa que adoro fazer. É muito bom levar alegria para as pessoas, sem falar que também me divirto trabalhando. Quem diria, comecei como oficial da Marinha e fui analista de sistemas", revela. - Como é casar pela primeira vez depois dos 40?Nelson - Morei junto algumas vezes, mas montar apartamento com alguém, ter um projeto a dois, foi a primeira vez. A gente se encontrou. O melhor é que, tanto eu como ela, já vivemos um monte de aventuras, então não temos mais a ânsia de sair namorando todo mundo. Imagino nós dois velhinhos, Cristina é uma parceira com quem quero envelhecer. Cristina - Acho que a gente tem muito mais chance de ficar junto até o fim da vida do que quem se casa na juventude. Começar uma relação mais tarde é bom, já estamos maduros. Nelson - E o pacote veio completo, com duas filhas, um neto... - Isso não assustou?Nelson - Não, pelo contrário, foi perfeito, as meninas já estavam criadas. Era alguém assim que eu procurava: uma pessoa que já tivesse filho e não quisesse mais. - Mas veio o Felipe, um bebê...Cristina - Confesso que tinha medo porque filho, em geral, é um fator desagregador para o casal. A maternidade é tão forte que o marido fica em segundo plano. Mas, no nosso caso, não aconteceu. Ele virou pai, avô, o que for, de coração aberto, sempre companheiro e compreensivo. Nelson - Na verdade, até eu me surpreendi comigo mesmo. Quando o Felipe chegou, foi inesperado, mas eu assumi geral. - Considera-se um bom pai e um bom avô?Nelson - Sim. Educo, corro atrás, fico no pé, me preocupo, choro, vibro, me rasgo... Felipe viveu em nossa casa direto durante oito meses antes de ir para a Austrália. Nos apegamos muito. Agora ele mora com a mãe, mas de vez em quando volta ao Rio para nos visitar. Lembro que, quando chegamos de viagem depois de deixá-lo na Austrália, pedimos à nossa empregada que escondesse os objetos dele. Mas volta e meia a gente achava uma chupeta, um brinquedinho, era aquela choradeira. - Mas uma criança não atrapalha a vida a dois?Nelson - Olha, minha disputa com o Felipe é muito grande, terrível. Eu não posso abraçar a Cristina que ele se mete no meio! Cristina - Mas é um anjinho, ele dorme cedo e deixa sim a gente namorar bastante. - Ainda existe paixão após seis anos de relacionamento?Nelson - Depois de um tempo de relacionamento, as pessoas tendem a cair na mesmice. Nós dois não deixamos a peteca cair. Estamos sempre namorando, nos cuidando e tentando conviver com as nossas diferenças, conservando a paixão. - Como vocês convivem com o fato de terem profissões tão diferentes? Isso é bom?Nelson - Adorei isso. Já namorei gente do meio e foi muito confuso. Para ela, que tem uma rotina burocrática, é muito bom conviver com o mundo lúdico que a minha profissão impõe. Cristina - E eu o trago um pouco para o chão. Essa diferença é o que faz o nosso relacionamento dar certo. É fato: pólos opostos realmente se atraem. Produção: Neca Ponichi.FOTOS:CADU PILOTTO