por Bia Paes de Barros Publicado em 22/03/2010, às 13h50 - Atualizado às 13h51
Resgate de peças clássicas para comprimentos abaixo dos joelhos e alfaiataria perfeita. - MARCIO MADEIRA
Quem esperava algo ultramoderno pode ter se decepcionado ou respirado aliviado. Ufa! Parece que modernidade virou sinônimo de um feliz resgate do ato de se vestir bem. Pelo simples motivo de se sentir bem e confortável. Nos tempos em que a blusa "podrinha" e a calça rasgada são objetos de desejo, Marc Jacobs aposta na alfaiataria impecavelmente certa em um desfile nostálgico e romântico. Não se trata daquele romantismo de laços e rendinhas, e sim de algo que recupera tempos verdadeiramente femininos. O melhor de tudo isso? Se depender do estilista, a moda deixará para trás o estilo rocker, meio anos 1980, que vem pontuando as últimas temporadas. Ao som de Somewhere Over the Rainbow, as modelos iniciam o desfile saindo de uma enorme caixa desembrulhada pelo próprio estilista. Dentro dela começam a surgir inúmeros looks em tons de cinza e com novas proporções. Casacos longos em linha "a" são usados com saias longuetes (sim, elas estão de volta), assim como os tricôs com modelagens larguinhas. E, se revisitar os clássicos gera segurança e acolhimento, nada melhor que um bom terno para nos saudar. Eles aparecem com padronagem príncipe de Gales, nos blazers de quatro botões ou no tradicional look três peças: blazer, colete e calça. Passando para os vestidos, silhuetas retas, cores pastel e certa transparência estão nos modelos com atmosfera vintage. Para os acessórios, bolsinhas de mão com alças de corrente, com peles ou de couro de avestruz. E, para pezinhos confortavelmente calçados, scarpins e botinhas de salto baixo. Sem esquecer do detalhe das meinhas soquetes. A coleção homenageia a antimodernidade. A busca pelo novo é tão voraz, principalmente no mundo da moda, que quando o novo aparece ele se torna imediatamente antigo. Para Marc Jacobs, novo, hoje, é revisitar o clássico. Quem sabe como será amanhã?
