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'Minha mãe morreu de câncer', conta Gisela

Gisela Reimann revive na trama de Manoel Carlos o drama da doença que conheceu na vida real

<i>por Thiago Almeida</i><br><br> Publicado em 19/01/2010, às 11h48 - Atualizado às 15h34

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Gisela Reimann - Reprodução
Gisela Reimann - Reprodução
Intérprete de Marta em Viver a Vida, da Globo, a atriz gisela-reimann conta um pouco do drama do seu personagem em entrevista ao Portal CARAS. A artista, que perdeu sua mãe vítima de câncer na vida real, vive na novela escrita por Manoel Carlos uma paciente que sofre da mesma doença. "No começo foi muito difícil interpretar a Marta, não é um papel leve e não tem como deixar de vivenciar tudo de novo. Minha mãe faleceu de câncer há muitos anos e isso acaba ficando muito misturado na hora de compor minha personagem", explicou. Feliz com a oportunidade, a atriz deixou a vaidade de lado e raspou a cabeça para deixar ainda mais marcante o seu papel na trama. "Como atriz para mim foi incrível, me sinto mais forte em cena", declarou. Confira, abaixo, toda a entrevista: - Como surgiu o convite para interpretar a personagem Marta em Viver a Vida? - Na verdade o convite surgiu do Luiz Antonio Rocha, que trabalha na produção de elenco da trama. Quando ele veio trabalhar com o Jayme Monjardim, que trabalha da direção geral da novela, eles decidiram me convidar. O convite partiu dos dois. - Como é fazer um papel de uma paciente com câncer? - No começo foi muito difícil, o meu personagem já entrou com essa doença na trama, não é um papel leve, não tem como não vivenciar isso, as pessoas todas que passam por isso se identificam e conversam comigo sobre a doença da Marta na novela. Minha mãe faleceu de câncer há muitos anos e isso acaba ficando tudo muito misturado na construção do meu personagem. Com a evolução do quadro de saúde da paciente e por sua luta contra a doença, me envolvi mais com a personagem e assim ficou menos complicado para interpretar. - Você visitou hospitais ou conversou com pessoas com câncer para compor o personagem? - Não cheguei a visitar porque eu já passei por isso, como eu disse minha mãe morreu de câncer e vivi na pele isso tudo. Depois que meu papel foi para o ar, eu conversei bastante com pessoas pela internet que mandavam e-mails. Daí você pega um pouco de tudo e vai montando seu personagem, as pessoas estão preocupadas se a Marta vai morrer, eu ainda não sei, mas torço muito pela recuperação dela. - Qual a sua mensagem para as pessoas que sofrem com esse tipo de doença? - Eu quero passar uma imagem de luta e esperança ao interpretar a Marta para as pessoas. Muitos pacientes estão se identificando cada vez mais com ela, e mesmo sem saber se vai conseguir se recuperar, ela tem muita disposição e esperança dentro de si. - Como foi ter raspado a cabeça por conta da sua personagem? - Foi uma mudança radical, tive um tempo para pensar, mas quando aceitei foi tranquilo. Como atriz, para mim foi incrível, me sinto mais forte em cena após isso. Agora ficar careca na vida real é difícil, as pessoas olham. Como eu sou muito vaidosa e chorava quando era criança quando alguém cortava as pontas dos meus cabelos, precisei me acostumar com esse 'corte'. Hoje já estou me assumindo mais careca, acho que as pessoas que passam pelo mesmo problema da minha personagem têm de se assumirem assim, não deveriam usar perucas e chapéus. - O que mais gosta de fazer no seu tempo livre? - Ver cinema, teatro, ler e curtir ao lado dos meus dois filhos, Hugo, de 14 anos, e Tomé, de 11 anos. - Qual o papel mais marcante da sua carreira? - A Marta por ser uma personagem que vive um drama, ela com certeza está sendo muito marcante. Ela luta pela vida e me ensinou a ter mais coragem na minha vida.