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MARTHA MEDEIROS EM SEU ACOLHEDOR LAR GAÚCHO

A CRONISTA FESTEJA O SUCESSO: "SE AS COISAS CONTINUAREM DO JEITO QUE ESTÃO, EU VOU ACHAR UM LUXO"

Redação Publicado em 05/03/2008, às 16h49

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A sacada com vista para o Clube União é um dos cantos preferidos de Martha - Fernanda Davoglio
A sacada com vista para o Clube União é um dos cantos preferidos de Martha - Fernanda Davoglio
por Larissa Kuhn Se as crônicas tratam de assuntos cotidianos, com uma linguagem direta, os textos de Martha Medeiros (46) vão além. Sua forma de escrever foge do lugar comum, abordando os mais variados temas com tom de conversa entre amigos. Essa simplicidade na escrita já provou ser uma fórmula de sucesso. Martha comemora a publicação de 18 livros e os 14 anos de coluna no jornal gaúcho Zero Hora. Além disso, ela também exibe seus textos no jornal O Globo, do Rio de Janeiro. "Não foco em um público quando escrevo. Escrevo para tentar entender o que eu penso sobre as coisas", disse ela, em sua casa, no bairro Petrópolis, em Porto Alegre. É provável que os pensamentos de Martha sejam a tradução do que seus leitores também acreditem, pois a palavra identificação é uma constante nos e-mails que ela costuma trocar com seus admiradores. "Muita gente me escreve e comenta que parece que li seus pensamentos", ri. Apesar de não ser uma especialista em relacionamentos, a mente humana fascina Martha, que é formada em publicidade e nunca planejou a carreira de escritora. "Sou muito realizada! As coisas foram acontecendo aos poucos. Nada foi do dia para a noite", comenta. É nesse clima sem cobranças que Martha leva a sua vida pessoal também. As manhãs costumam ser dedicadas para si. Caminha diariamente pelas redondezas do bairro onde mora e faz drenagem linfática duas vezes por semana. "É fundamental ter um tempo para mim, considero um investimento". No período da tarde, ela escreve e lê. "Gostaria de ler muito mais do que eu leio, mas hoje, se um livro não me conquista logo, abandono e pego outro sem culpa". O mesmo acontece quando falta inspiração. "Se ela não vem, desligo o computador e saio para ver um filme. Hoje me permito muito mais ao ócio, ao lazer. Sou do bom senso. Não me cobro insanamente", salientou. Mãe de Júlia (16) e Laura Medeiros Ramos (11), a escritora tenta transmitir para as filhas a sua filosofia de vida, sem radicalismos. "Quero que elas mantenham os pés no chão e que elas só levem a sério apenas as coisas que gostam e precisam". O jeito atual de ser, segundo ela, é conseqüência da maturidade. "Hoje estou mais calma, sou mais aberta ao erro", filosofa. Sem fazer planos para o futuro, Martha segue a vida apostando no seu talento e em tudo de bom que sempre aconteceu com ela e a trouxe até aqui. No ano passado, foi surpreendida com as suas obras sendo publicadas e fazendo sucesso em outros países. Talvez mais adiante queira se firmar na ficção, mas tudo sem cobranças, pois o momento atual é de celebração. "Se as coisas continuarem do jeito que estão, vou achar um luxo!"