Sem instalações complicadas, desta vez. A fase happening-fashion parece que acabou e, menos teatral, mais vida real, Riccardo Tisci (de repente, espantosamente normalzinho...) abre o desfile da Maison Givenchy com suas bem-amadas modelos negras. Uiuiui, a Naomi chega meio travada, "sorrindo amarelo", muito provavelmente porque não gostou de entrar usando esta trança-gorducha coroando a cabeça, e muito menos estes óculos de secretária míope (estranhíssimos!) que - paciência darling - Tisci adora. Usam tailleurs negros, desses que se apóiam na linha do corpo, e as mãozinhas, lindamente enluvadas, balançam bolsonas poderosas. Depois, chegam as loiras, com suas camisas brancas divinas (um forte da Maison Givenchy), uma delas - incrível! - com incrustações de renda vermelha, combinando com as luvas longas, vermelhíssimas! Depois, um vento frio sopra de repente e um espírito esporte embala a passarela. É a hora dos leggings de cintura alta, dos anoraks (peça-chave next winter) de nylon encerado, dos tricôs-esculturas, com esses ombros surpreendentes, trabalhados em dobraduras. Uau! O que mais?? Meu olho gosta muito dos pretinhos day-by-night, que parecem simplérrimos, sim, mas... (afina o olho, queridinha...) são a própria essência do luxo, cheios dos cortes e recortes misteriosíssimos. Já sei, já sei, você quer provocar emoções mais fortes e... então tá, Tisci desenhou um cocktail dress- absolutely fabulous! - feito de veludo plissado, fininho, fininho, parece até mousseline. Mas - se segura! - porque o decote dele é definitivamente apoteótico: uma rede de fios de seda vai desenhando sobre seu colo nu uma verdadeira teiade- aranha. Adoro! Outra idéia bacana, quasequase efeito bijou: apenas duas "lágrimas" de pluminhas de avestruz, leves/ etéreas e... deliciosamente instigantes. Docemente (mas firmemente) Riccardo Tisci cresce a aparece. Gosto dele, sabia?
