Ainda na semana passada, eu disse: o tempo da Lady acabou, porque a verdade nua & crua é que vivemos tempos violentos, e a mulher 2006 tem que ser firme e forte. As bonequices-fashion estão completamente out e eu (e a Miuccia Prada) acreditamos nisso. Mas... pensa bem, mais de 790 estilistas lançam suas coleções duas vezes por ano, o que quer dizer mais de 790 cabecinhas pensantes, "achando isso ou aquilo". Então, óbvio, "zilhões" de contradições acontecem. E, se há um jeito de definir a nova temporada, é que ela é extremamente "rica em diferenças"... Vai daí que lá vem a dupla Dolce & Gabbana, com uma montanha de modelitos bordadíssimos, trabalhadíssimos, decorados até o pescoço, como se ainda estivéssemos em pleno regime napoleônico. Uiuiui! E lá vem Josephineagain and again, porque afinal ela já tinha "ressuscitado" nas mãos de Galliano, quando ele deu uma de santo milagroso... Anyway, estamos aqui - em plena corte - e a única dúvida que existe é a seguinte: você que ser Napoleão (eu até prefiro), ou prefere - ainda e ainda - teimar no estilo (estressadíssimo) da Josephine?? Napoleão (irresistível!) chega todo imponente, botas longas (reparou nas fivelas imperiais?), calças justas e casacos longos, cheio dos botões dourados e dos galões de seda. As jaquetas se impõem com seus símbolos militares (será que alguém ainda se lembra do Robert Taylor como galã de Waterloo), debruns bem feitíssimos, bordados barrocos (um vrai show hand made), camisas de golas altíssimas, etc, etc. O veludo é rei e o ouro velho funciona como "testemunha dos tempos idos", sempre que pode. No fim do desfile, aiaiai, Josephine ataca com tudo (aliás, um verdadeira harém de tantas imperatrizes falsinhas...), usando vestidos lindíssimos sim, bordados com toneladas de pérolas e "pepitas" de ouro. Uma obra de arte muito especial: um vestido todo de plumas pintadas, imitando manchas de um leopardo. UAU!!
