CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

ETERNA BUSCA PELA BELEZA INSPIRA PAULO MÜLLER

NA CASA COM VISTA DO MAR DE COPACABANA, CIRURGIÃO PLÁSTICO DIZ QUE A ARTE MOVE A SUA VIDA

Redação Publicado em 01/08/2008, às 17h15

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Paulo e a cadela Branca diante da paisagem e da escultura Mulher Pescadora,de John Nicholson. - Cadu Pilotto
Paulo e a cadela Branca diante da paisagem e da escultura Mulher Pescadora,de John Nicholson. - Cadu Pilotto
por Natália Castro A estética permeia a vida do cirurgião plástico Paulo Müller (51). E não só no trabalho. Em sua casa, de frente para a praia de Copacabana, Rio, ele se orgulha de colecionar obras de arte. "Passo o dia inteiro operando, onde as pessoas não estão exatamente bonitas. Quando saio, gosto de estar cercado pelo belo. Quero que a minha casa esteja sempre linda", justifica ele, que tem entre as clientes as atrizes Danielle Winits (34) e Vera Fischer (56). Admirador de esculturas, em especial de artistas brasileiros, o médico fez de seu apartamento um lugar para ser admirado. Decorado pela irmã, a arquiteta Márcia Müller (48), o espaço alterna características originais do edifício art déco com obras modernas assinadas por Tunga (55), Antônio Dias (63), Waltércio Caldas (61) e Adriana Varejão (43). A paixão é tão grande que ele confessa já ter realizado cirurgias em troca de obras. "Se for conveniente, por que não?", defende ele, que está solteiro e vive com a governanta Ercy (72), o copeiro e motorista Djaílton (40) e a cadela Branca, da raça buldogue francês. - A decoração é de sua irmã, mas você fez questão de escolher as obras de arte. Por quê? - Considero as esculturas e os tapetes algo muito pessoal. Embora eu e minha irmã tenhamos gostos bem semelhantes, prefiro cuidar dessa parte. Para escolher, sou bem criterioso e curioso. E gosto de conversar pessoalmente com o artista, o que, para mim, funciona como um jogo de sedução. Tudo o que tenho comprei assim. - O que chama sua atenção? - Adoro pesquisar e tenho visto muitos artistas bons. Gosto da pop art e da arte cinética, em movimento. Trabalhos com fotografia estão ganhando espaço também. - E de onde veio essa imensa paixão? Você se considera um artista pelo seu trabalho? - Sempre gostei de arte, mas acho que arte não tem muito a ver com meu trabalho, não. Um artista tem total liberdade para criar. Eu não. Tenho limites. Não posso fazer o que bem entendo no rosto ou no corpo de um paciente. - Existe a ansiedade para saber como ficou o resultado? - Existe, sim. Mas o melhor é encontrar a pessoa em um evento social e os outros notarem que ela está diferente, mas sem perceber que fez plástica. Fica sendo um segredo meu com o paciente. Já fiz seis capas da Playboy, mas não conto! - Ainda fica tenso antes de operar? O que faz depois? - Não, fico tranqüilo. Para mim, operar é como comer uma fruta. Lógico que existe uma responsabilidade, mas já faço isso Na sala, pintura de Pink Wainer e rosa de Von Poser. No quarto, busto em quadro de Waltércio Caldas. A escultura vermelha de Krajcberg. Na cozinha, Djaílton, Ercy e tela de Valdir Rodrigues. há 20 anos. Depois, gosto de mergulhar no mar e espairecer. - Já contra-indicou? - Sim, às vezes aparece gente achando que uma plástica vai resolver todos os problemas da vida. E não é assim. O médico precisa agir como psicólogo. - Você já fez plástica? - Já. Fiz uma lipo há 10 anos. - E como mantém a forma? - Faço ginástica com um personal e me controlo na alimentação. E uso protetor solar no rosto. Não preciso ser uma fonte inspiradora para meus pacientes, mas também não preciso ser 'desinspirador'.