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Dia Mundial da Hepatite alerta sobre os tipos B e C, mais perigosos

João Silva de Mendonça Publicado em 19/05/2008, às 11h23

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João Silva de Mendonça
João Silva de Mendonça
Na próxima segunda, 19, comemora-se o Dia Mundial da Hepatite. O evento é uma promoção da World Hepatitis Alliance, ONG que atua a partir de Londres e congrega associações e entidades mundiais que encampam a luta dos portadores da doença. O objetivo é conscientizar a população em especial sobre os dois tipos de hepatite que podem se tornar crônicos: B e C. Estimam-se em 500 milhões os portadores dessas doenças no planeta. A hepatite se caracteriza por inflamação no fígado. É causada sobretudo por vírus, remédios e doenças congênitas. O vírus da hepatite B é contraído nas relações sexuais e ao se ter contato com o sangue de portadores em pedicures, manicures e dentistas, ao se tomar injeção na farmácia com seringa não esterilizada, no uso compatilhado de seringas por usuários de drogas, em colocadores de piercings e da mãe para o filho no parto. Já o vírus da hepatite C é adquirido como na B, mas a contaminação pela via sexual é bem pequena, pelo fato de as secreções genitais não serem um bom veículo para ele. Os vírus entram no sangue e vão para o fígado, inflamando-o. Na fase aguda das hepatites, os sintomas são: mal-estar, indisposição, enjôo, vômitos, urina escurecida, olhos e pele amarelados. Mas a maioria dos inicialmente acometidos de hepatite B e C não tem o quadro agudo. Os vírus agem "silenciosamente" por décadas. Causam um processo inflamatório que aos poucos vai transformando o tecido do fígado em tecido cicatricial, o que é chamado de fibrose. As fibroses se acumulam e formam cirrose. O órgão se torna deficitário e não cumpre mais suas funções. Os sintomas são: fraqueza, debilidade e indisposição geral. As conseqüências do não-funcionamento do fígado são trágicas: a) baixa nos níveis orgânicos de albumina, proteína sintetizada no fígado que é responsável, por exemplo, pela manutenção do equilíbrio entre os líquidos que ficam no sangue e nos tecidos; assim, os líquidos do sangue começam a ir para os tecidos, causando inchaço nas pernas e no abdome; b) baixa na produção pelo fígado de pró-trombina, fator de coagulação do sangue; isso altera a coagulação, o que facilita as hemorragias; e c) como a fibrose dificulta a passagem de sangue pelo fígado, ele se acumula e acaba passando pelas veias do esôfago, onde forma varizes; elas podem se romper e colocar a vida da pessoa em risco. Pode-se evitar a contaminação pelo vírus da hepatite B ou pelo da C protegendo-se com "camisinha" nas relações sexuais e exigindo que manicures, pedicures, colocadores de piercings e aplicadores de injeções usem sempre instrumentos esterilizados. Também é importante, no caso de usuários de drogas, não compartilhar seringas. Outra forma de prevenção, no caso da hepatite B, é a vacina. Deve ser tomada nos primeiros meses de vida. Nos postos de saúde, pode ser tomada até os 19 anos. Mas qualquer um pode imunizar-se nas clínicas privadas. Pessoas que suspeitem que possam estar infectadas devem consultar logo um médico infectologista, hepatologista ou gastroenterologista. Quanto mais cedo as hepatites são diagnosticadas, maior a chance de interferir na progressão da ação viral e até mesmo de cura. Com isso se evita a destruição do fígado e, pois, a necessidade de transplante.