CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

D. ZILDA ARNS VIAJA PELO NORTE BRASILEIRO

TRABALHO DE AMOR E FÉ DA INCANSÁVEL MÉDICA SANITARISTA COM COMUNIDADES CARENTES

Redação Publicado em 24/10/2007, às 16h30

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Ela escreve na areia da praia do Rio Negro em São Gabriel da Cachoeira. - JADER DA ROCHA/RAVI STUDIO FOTOGRÁFICO
Ela escreve na areia da praia do Rio Negro em São Gabriel da Cachoeira. - JADER DA ROCHA/RAVI STUDIO FOTOGRÁFICO
por Flávio Costa Avião, helicóptero, ônibus, automóvel, bicicleta. A pediatra e sanitarista Zilda Arns (73), coordenadora nacional da Pastoral da Criança, está acostumada a todos esses meios de transporte e mais alguns. "Lombo de burro, voadeira (pequena lancha rápida), a pé. Sempre há um jeito de chegar", diz ela. Zilda já andou muito pelo Brasil. Foram centenas de viagens desde que assumiu a coordenação da Pastoral, há 24 anos: "Perdi a conta, mas conheço capital, cidades grandes, cidades pequenas e cantinhos do interior de todos os Estados." O roteiro mais recente durou dez dias, incluiu três Estados - Pará, Amapá e Amazonas -, e teve inevitável tom de despedida. Zilda deixará a coordenação da Pastoral no início de 2008. A agenda foi apertada. Começou por Belém, passou por Castanhal e Bragança, no Pará, seguiu para Macapá, no Amapá, e, no Amazonas, Manaus e São Gabriel da Cachoeira. Foram mais de 4 000 quilômetros em automóvel, avião e barco para acompanhar o trabalho da Pastoral - que distribui soro caseiro e cuida da saúde de crianças carentes em todo o Brasil -, visitar velhos amigos e, no intervalo, receber uma homenagem: na Câmara de Vereadores de Macapá, ganhou o título de Cidadã Honorária. Em Bragança, no Pará, ajudou a pesar crianças. No Amapá, visitou a favela de Mucajá, reuniuse com o governador Antônio Waldez Góes (44) e, ao lado do bispo de Macapá, dom Pedro José Conti (57), tirou fotos no marco zero da linha do Equador, que cruza a cidade. No Amazonas, viajou de voadeira pelo Rio Negro para encontrar uma tribo de tapajós, com quem jogou vôlei - a médica praticou o esporte na juventude. A rotina da viagem foi exaustiva. Zilda acorda cedo, às 5h30. "O café da manhã é minha principal refeição e gosto de me alimentar com calma", explica. São pelo menos quatro bananas - que ela adora -, suco de laranja, pães. Às 6h30, missa. Antes das 8h começa a agenda de visitas, encontros, palestras. Em Bragança, no Pará, falou para 10 000 pessoas em um ginásio de esportes lotado por participantes da Pastoral, estudantes das escolas locais e comunidade. Gosta de dormir cedo, mas não consegue ir para a cama antes das 23h. "Nas viagens, sempre há mais um compromisso, e eu vou a todos", diz ela. O próximo destino da médica é um pouquinho mais longe. Zilda foi convidada para apresentar a experiência da Pastoral na China. "Adoro viajar, só dá um friozinho na barriga quando o avião enfrenta alguma turbulência. Ainda não me acostumei", confessa.