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BEN KINGSLEY E SEU AMOR MADE IN BRAZIL

CASAMENTO NO CAMPO UNE O ATOR INGLÊS À BAIANA DANIELA, QUE VIRA NOBRE

Redação Publicado em 09/10/2007, às 17h47

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BEN KINGSLEY E SEU AMOR MADE IN BRAZIL
BEN KINGSLEY E SEU AMOR MADE IN BRAZIL
por Analu Ribeiro Ele já ganhou um Oscar, ela é uma atriz em início de carreira. Ele é inglês, de ascendência indiana; ela, baiana de Feira de Santana. Ele é nobre, com título de sir concedido pela rainha Elizabeth II (81), em 2001. Ela é linda. Ele é Ben Kingsley (63), que eternizou o líder hindu Mahatma Gandhi (1869-1948), no filme Gandhi, de 1983. Ela é Daniela Barbosa de Carneiro (34), conhecida no meio cinematográfico como Daniela Lavender e, mais recentemente, como lady Daniela, mulher de Ben Kingsley. Aqui, com exclusividade, as cenas do casamento de Ben e Daniela, que se uniram no dia 3 de setembro, em cerimônia sem ostentação, para apenas 12 convidados, na nada modesta casa do campo do ator em North Leigh, no condado de Oxfordshire, na Inglaterra - a propriedade é avaliada em 2,5 milhão de libras (9,2 milhões de reais). É o 4o casamento dele, que tem quatro filhos, e o 2º de Daniela, que não é mãe. Tudo começou há um ano e meio, em um restaurante em Hollywood. "O que me chamou atenção na primeira vez que vi a Dani foi sua altura", conta ele, em entrevista concedida à CARAS por telefone, de Istambul, Turquia, onde participava de festival de cinema que exibe clássicos de todos os tempos. "Ela tem uma maneira cheia de graça de se movimentar. Anda como uma dançarina, se move como uma deusa. Na primeira conversa vi que tínhamos muito em comum. Soube que tinha interesse em atuar, que desistiu da faculdade de jornalismo para investir na carreira. Temos o mesmo amor pela língua inglesa e pelos mistérios da interpretação. Ela fala inglês maravilhosamente bem, melhor que muitos ingleses." - Em primeiro lugar, parabéns pelo casamento. Esta viagem é mais de trabalho ou de lazer? - Muito obrigado, e agradeço também a chance de falar com a imprensa brasileira. A viagem é meio de trabalho e meio de passeio, nós ainda estamos em lua-de-mel. A cidade é linda, a cultura, incrível, evento bacana e povo ótimo. Temos passeado bastante. Eu diria que é 99% lazer e 1% trabalho. - Vocês têm viajado muito, mas sempre a trabalho. Como é isso? - Desde o casamento estivemos em Toronto, Canadá, onde filmei com o Mike Myers; em Amsterdã, Holanda, para um festival de cinema; e, agora, Istambul. Tem sido agitado, mas muito divertido. - Onde vocês moram, ou ao menos, passam a maior parte do ano? - Adoraria poder dizer que vivo em algum lugar. Temos a casa na Inglaterra, no campo, um lugar lindo. Mas, em um ano de sorte, eu passo dois meses lá, no máximo. Todo o meu trabalho é feito fora do Reino Unido. - Daniela, que é baiana, não reclama do frio da Inglaterra? - Não a vejo sofrer. Acho que não gosta muito de calor. Planejamos passar o Natal em casa e torcemos para que neve. Ia ser lindo. - Há um clichê a respeito da mulher brasileira, de que ela é bonita, sexy, divertida. Concorda? - Já ouvi falar neste clichê de que as brasileiras são lindas, sensuais, de bem com a vida. Não posso falar do clichê porque eu conheço e amo uma única brasileira, mas sei que ela é a pessoa mais positiva que já conheci, sempre vê o melhor em todas as situações, está sempre apaixonada pela vida e é uma alegria constante conviver com ela. Nesse aspecto, o clichê é verdadeiro. - O senhor já esteve no Brasil? - Apenas uma vez, vi Paraty e um pouco do Rio. Em São Paulo, só fiz uma conexão aérea. Adoraria conhecer melhor o país. - A Daniela já preparou algum prato típico brasileiro ou baiano? - Ainda não provei pratos brasileiros. Na nossa casa o cozinheiro sou eu. Tenho uma cozinha muito agradável e gosto de preparar vegetais, ervas e temperos frescos que planto no jardim. Não sou muito de carne vermelha, embora às vezes cozinhe pato, frango e carneiro. Nem conheço muito a cozinha indiana, acho difícil preparar seus temperos. Prefiro ir às lojas de alimentos em Londres e comprar coisas industrializadas, que são ótimas. - O senhor planeja mais filhos? - Não, já tenho quatro. - É adepto da teoria de que o casamento é uma ciência, e evolui? - Fico relutante em falar de relacionamentos anteriores, mas concordo que o casamento é como uma ciência, que vai se aprimorando. De preferência, na vida nós passamos por enormes modificações, vamos aprendendo com experiências e nos aprimoramos como seres humanos. Então as experiências passadas, mesmo as ruins, colaboram para sermos o que somos hoje. Com a Dani, encontrei uma boa fórmula de equilíbrio. É uma felicidade conviver com ela. - O que cada um acha que o outro tem de melhor?Ben - Tanta coisa! A maneira de Dani ser sempre ela mesma, sua individualidade, intensidade, estrutura. Não é como uma folha ao vento, levada para onde ele sopra. Ela nunca se perde no caminho. Dani - Ben é atraente, poeta, protetor, generoso, cozinheiro, um verdadeiro cavalheiro. É um homem de verdade em todos os sentidos da palavra. - Ben, e o próximo trabalho? - Vou interpretar o imperador indiano Shah Jahan, que construiu o Taj Mahal em memória de sua mulher falecida. O munumento é das mais finas expressões do amor. - O senhor planeja tirar férias? - Não planejo parar. Só tiro férias se sou obrigado. Na indústria do cinema, é preciso fazer as coisas quando elas aparecem, porque numa próxima ocasião não se tem a chance de trabalhar com as mesmas pessoas, na mesma condição. Então, faço o que aparece e não tenho planos de parar tão cedo.