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ALTA-COSTURA INVERNO 2008 GUSTAVO LINS

Um brasileiro em Paris

<img src="/imagens/2484/20080918120000_2484_thumbnail.jpg" border="0" alt="Regina Guerreiro" align="left"> Regina Guerreiro Publicado em 19/07/2007, às 13h40

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ALTA-COSTURA INVERNO 2008 GUSTAVO LINS
ALTA-COSTURA INVERNO 2008 GUSTAVO LINS
Quem? O quê?? Isso mesmo, queridinha. Temos, até que enfim, um brasileiro de verdade fazendo alta-costura em Paris. Ele se chama Gustavo Lins, nasceu em Belô e tem agora 45 anos, 20 vividos na Europa. Um batalhador! Tanto que - vejam só! - foi oúnico «membre invité» pela Chambre Syndicale de la Haute Couture (em janeiro e agora - BisBis! - em julho) para apresentar sua coleção paralelamente aos desfiles oficiais. Fazia um solzinho manso em Paris e... seus modelos apareceram de repente, sobre mesas giratórias, sabiamente colocadas dentro das vitrines da Joyce Galerie, que, diga-se de passagem, é absolutamente chiquérrima. Ulalá!! Parecia um Pepeep Show de Luxo acontecendo em pleno Palais Royale, onde, tenho certeza, já morei em outras encarnações... A elite de Paris se espremia sob aquelas arcadas (divinas!) para não perder nenhum pedacinho do espetáculo. Mas...valeu! Gustavo é um mix incrível de arquiteto, escultor/criador/estilista. Do seu doutorado chezGaudi (Barcelona), reteve as curvas, as formas torcidas, que pontuam agora seu trabalho. Seus efeitos espirais - lindamente pespontados - provocam movimento e sensualidade. Como ele diz, «as roupas são formas articuladas e devem redesenhar o gesto natural de uma carícia». Ui! Couro finíssimo (parece papel de seda!), tanto que dá show de inesperados drapeados, às vezes clássicos, às vezes barrocos. O jérsei é rei (seja de seda pura, seja de algodão). Aliás, as camisas de couro (quem não quer uma) são forradas de jérsei macio e saem bem acompanhadas por calças amplas ("como as de homem mesmo"). Valem todos os comprimentos e a cartela de cores é beautifull: cinza prata, cinza chumbo, cimento, thé vert, marrom-glacê, caviar escuro e... vermelho coral. Trabalhos inesquecíveis: a exposição de quimonos antigos (boutiqueÉclaireur, de Tóquio/julho 2006), retrabalhados com pregas indecifráveis e pespontos (petits points) e transformados em vestidos e casacos. Custavam 4 500 euros e - não chore, darling, it's late - todos foram comprados no ato.FOTOS: MARCIO MADEIRA