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A EMOCÃO DE BETTY FARIA EM MIAMI

ATRIZ RECEBE PRÊMIO NO FESTIVAL DE CINEMA PELO CONJUNTO DE SUA OBRA

Redação Publicado em 21/06/2006, às 17h01

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Betty mostra o painel em homenagem à sua carreira no Colony Theater. A atriz no palco recebe aplausos.
Betty mostra o painel em homenagem à sua carreira no Colony Theater. A atriz no palco recebe aplausos.
por Daniela CardarelloBetty Faria (66) foi a grande estrela da última noite de exibições do Festival de Cinema Brasileiro de Miami. A atriz, homenageada na 10 edição do evento pelo conjunto de sua obra, foi prestigiada com um vídeo-surpresa com depoimentos dos diretores Roberto Talma (56), Luiz Carlos Barreto (78) e Bibi Ferreira (85). Betty foi chamada ao palco pela organizadora do festival Adriana Dutra (40), da Inffinito, e, antes de receber a Lente de Cristal, cantou Esses Moços, de Lupicínio Rodrigues (1914-74), e Eu Queria que Você Soubesse, de Gonzaguinha (1945-91), acompanhada do violonista Ramatiz. "Eu apenas queria que você soubesse, que aquela menina ainda está comigo e que a minha ternura não ficou na estrada, não ficou no tempo, presa na poeira... Eu queria dizer a todo mundo que me gosta, hoje eu me gosto muito mais, porque me entendo muito mais também... E que a atitude de recomeçar é todo dia, toda hora, é se respeitar na sua força e fé, se olhar bem fundo até o dedão do pé...", cantou Betty, comovendo a platéia do Colony Theater com os versos de Gonzaguinha. O agradecimento em forma de canções não foi à toa. Atualmente ela se prepara para estrear o musical Betty Faria Pocket Show, previsto para 9 de agosto, no Teatro Rival, Rio. Com roteiro de Maria Carmem Barbosa (60) e direção de Luiz Salém (40), o show terá repertório eclético, de Lupicínio ao grupo O Rappa, passando por Chico Buarque (62), Cazuza (1958- 90), Lulu Santos (53) e Gloria Gaynor (56). O espetáculo traz músicas que Betty cantou no cinema, nos palcos e na TV, formando uma colcha de retalhos que homenageia seus parceiros. - Como recebeu a homenagem em Miami? - Já vim três vezes, esta é a quarta. Eu estive apresentando o filme do Luiz Carlos Lacerda, For All; homenageando o José Wilker, o ator com quem mais contracenei na minha vida, e, ano passado, em competição com o filme Bens Confiscados. Este ano estou aqui para receber esta linda homenagem. Estou muito contente. - O festival programou exibições de Bye Bye Brasil (1980), de Cacá Diegues, O Romance da Empregada (1988), de Bruno Barreto, e Bens Confiscados (2005), de Carlos Reichenbach. São os seus filmes preferidos? - Não posso dizer que sejam os únicos filmes preferidos, tenho outros que não foram selecionados, como Anjos do Arrabalde, do Reichenbach; Perfume de Gardênia, de Guilherme de Almeida Prado; O Bom Burguês, de Oswaldo Caldeira, que é um momento político importante em relação à ditadura militar, a todo o movimento de pessoas que buscavam salvar o mundo e o Brasil; O Cortiço, de Francisco Ramalho Jr., um filme pelo qual eu tenho muito carinho. - Atualmente você está com outro projeto, de trabalhar em um longa-metragem? - Sim, mas eu não posso falar porque o autor não me deu o roteiro ainda. Eu faria a coprodução deste projeto. Mas eu estou tocando a minha vida. E durante esta espera, Hector Babenco me ligou para que eu fizesse uma participação especial no seu próximo filme, que será rodado em Buenos Aires. - Como se chama o filme do Babenco? Já sabe com quem irá contracenar? - El Pasado. Contracenarei com o Gael Garcia Bernal, o ator que fez Diários de Motocicleta. Será a minha primeira produção na Argentina, falando espanhol. Eu tenho a vantagem de falar espanhol relativamente bem. - Com sotaque argentino? - Que sotaque? Quero ouvir isso porque eu estudava diariamente 3 horas por dia com uma professora espanhola. Ela me dizia, "mira, es v de vaca", e eu dizia, "mas como é b de baca? Vaca é vaca, não é com b" (risos). E às vezes eu tenho a sensação de que fiz a mesma coisa de alguém que vai aprender português em Portugal. E como você perguntou do sotaque, eu quero ouvir para saber que sotaque. - Será um espanhol com sotaque carioca? - Tudo o que faço tem jeito carioca (risos). Acontece a mesma coisa com meu francês. Na França, me perguntam de onde eu sou, às vezes acham que eu sou da Itália. Não conseguem detectar de onde é o meu francês. Eles não sabem que é de Copacabana. - Além do cinema, tem outros projetos? - Tem uma coisa sim, há muito tempo eu estava me devendo. Na minha história, na minha carreira, fiz muitos musicais. Comecei minha vida artística como bailarina, depois cantando e dançando. Então, tenho uma história de musicais. Me devia fazer um show cantando. - De quem é o repertório? - Meu. É um repertório escolhido entre coisas que mexem com a minha emoção. Terá algumas músicas de cinema, de TV, não tem como não ter. Mas basicamente, coisas que batam no meu coração. - Também pensa voltar à TV neste ano? - Acontece que eu parei por quatro anos. Então eu me sinto a new girl in town. Estou voltando à carreira. Quero tudo, e quero mais. Se tiver um bom papel na televisão, farei FOTOS: LUCIANA PREZIA