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Marcella Rica, longe da zona de conforto

Movida a desafios, atriz narra pluralidade artística em tour por Foz do Iguaçu

Tamara Gaspar Publicado em 19/09/2017, às 06h47

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Marcella Rica - PAULO SANTOS
Marcella Rica - PAULO SANTOS

Na infância, ela queria ser jogadora de futebol. Na adolescência, cursou técnico em Química. O amor pelas artes, no entanto, falou mais alto para Marcella Ricca (25). “É gratificante trabalhar com aquilo que a gente ama”, assegura a atriz. A paixão e os sonhos da carreira, no entanto, não são encarados como um conto de fadas. “É uma carreira difícil e sofrida, a gente precisa aprender a lidar com muitas negativas, mas é justamente isso que nos faz amadurecer. É instável, por isso, sempre digo que é preciso estudar muito e ter um plano B. Faço parte de uma geração que precisa sempre se reinventar”, frisa ela, que divide o tempo entre a atuação e sua produtora. “No meu caso é só alegria, afinal, meu plano B está dentro do universo artístico”, celebra ela, durante tour por Foz do Iguaçu, Paraná, a convite da Mostra Viajar, que aconteceu de 1 a 3 de setembro em SP. “Este lugar é mágico”, resumiu a atriz, que visitou as Cataratas do Iguaçu, o Parque das Aves, além de Argentina e Paraguai.

A viagem foi uma espécie de coroação dos últimos trabalhos da atriz: a trama global das 9 A Lei do Amor e sua participação no talent show PopStar. “O programa me deu a oportunidade de me revelar como artista, não como personagem. Amadureci muito com ele, pois precisei sair da zona de conforto", garante ela, que, apesar de ter mostrado afinação, não pretende seguir carreira de cantora.

Eloquente e expansiva, Marcela se reserva quando o assunto é o coração. “Só posso dizer que estou muito feliz. Acho importante preservar isso para não ter influências e palpites de fora, independentemente do status que estou”, diz a carioca.

– Ter iniciado carreira aos 13 anos te ajudou a amadurecer?

– A condição para eu estar na TV era estudar e tirar notas altas, então, já havia essa responsabilidade, além do compromisso com horários. O trabalho amadurece.

– Você diz ser uma carreira difícil. Já sofreu?

– Claro! É ilusão achar que não vai sofrer, principalmente no início, quando você acha que não é bom o suficiente. É um mercado competitivo e tem muita gente com o mesmo sonho.

– Por isso a produtora...

– Sou libriana e gosto de ter o controle sobre a minha vida, mas por ser uma carreira instável, por você trabalhar por obra, fica difícil, e eu gosto de planejar minhas coisas, de realizar meus sonhos.

– Como é transitar na frente e atrás das câmeras?

– Sou formada em Cinema e desde que comecei a fazer assistência de direção, ver o dia a dia da técnica, passei a entender muito mais toda a engrenagem, pois você se coloca no lugar do outro. Hoje, eu me considero uma profissional mais completa, mas sei que ainda tenho muita estrada pela frente.

– Se considera independente?

– Bastante. Meu último grande passo para a independência foi sair de casa e começar a ter a responsabilidade de pagar aluguel e ter que organizar a parte doméstica. Estou me organizando aos poucos.

– Como lida com o assédio?

– O reconhecimento é sempre gostoso, afinal, faz parte do nosso trabalho alcançar as pessoas. É preciso ter consciência da importância disso e saber retribuir o carinho. Lógico, sem pirar muito na fama.

– Se preocupa com a imagem?

– Gosto de me arrumar, mas sou tranquila e não acordo maquiada. Tem dias que quero ficar de moletom e não vejo problema nenhum, mesmo porque meus moletons são lindos e estilizados. (risos)

– Pensa em casar, ser mãe?

– Em algum momento vou querer ser mãe e também penso em adotar. Já fazer uma festa de casamento é bem difícil, acho desperdício de dinheiro. Minha profissão já me permite usar vestido de noiva, buquê e subir ao altar!