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Os desafios de Maria Eugênia: "Não quero me transformar em personagem"

Ela conta que mudou sua visão sobre o amor após 'Adotada' e pensa em fazer inseminação artificial. "Acredito no amor lindo, mas está caindo a ficha que não é bem assim"

Kellen Rodrigues Publicado em 15/08/2016, às 15h28

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Maria Eugênia Suconic - Divulgação
Maria Eugênia Suconic - Divulgação

Maria Eugênia Suconic já foi recebida em 40 casas diferentes em três temporadas de Adotada e se tornou um dos principais nomes da MTV brasileira. Com seus looks extravagantes e seu jeito divertido e 'sincerão', ela levou várias famílias (e o público) às lágrimas no programa, e virou fenômeno de audiência. Mas as principais transformações, garante, foram nela mesmo.

A começar pela fama - de 2014 para cá é reconhecida nas ruas. "É louco que a relação que eu tenho é como se as pessoas vivessem comigo", conta a apresentadora à CARAS Digital. A convivência com famílias de vários estilos, no entanto, deixou a romântica Mareu mais 'realista'. "Acredito no amor lindo, mas está caindo a ficha que não é bem assim. Meu Deus, as pessoas não são mais tão parceiras", desabafa. "Agora eu tenho vontade de fazer inseminação artificial", diz ela, aos 29 anos. 

Única artista contratada da MTV, ela já pensa em novos passos. Se terá ou não a quarta temporada de Adotada ou se ganhará um novo programa ela ainda não revela, a única certeza é: seja lá o que for terá a sua cara. "Não quero me transformar num personagem para estar na televisão", garante.

Confira o bate-papo!

- Após três temporadas, o que mudou em você como adotada?
Na terceira temporada virei vegetariana, me emocionei muito, acho que entrei com o pé na porta. Me joguei mais. Me senti em alguns momentos mais próxima das pessoas, foi me tocando mais. De repente eu estava mais sensível, não sei o que aconteceu. Acho que teve uma transformação maior em mim.

- Depois de tantas ‘adoções’ ainda bate friozinho na barriga quando toca a campainha de alguma casa?
É sempre desesperador, por mais que eu já tenha passado por 40 famílias. Você não sabe o que te espera, não tem como estar supersegura, não tem como.

- Já quis sair correndo de alguma casa?
Milhares de vezes! Tem dias que acordo e quero minha casa, minha cama, quero abraçar minha mãe, encontrar meus amigos. São diárias longas, quero sair matando todo mundo (risos). Mas acabou virando uma grande família. Minha mãe tem contato com as famílias do programa, todo mundo se fala, se conhece. No começo ela tinha ciúmes. Agora tem dias da agenda dela que é só com as famílias.

- Adotada mudou sua relação com sua própria família?
Tudo mudou. Eu morava com a minha mãe, mudei de casa e fui morar sozinha no final do ano passado. Mas de uma certa forma fiquei mais próxima dela.

- Hoje você é reconhecida nas ruas, né? Já acostumou com o assédio?
Eu me assusto ainda. É louco que a relação que eu tenho é como se as pessoas vivessem comigo. Cada um fala uma coisa diferente. Minha ficha nunca vai cair. Uma vez em um outlet no interior fui fazer xixi, quando saí tinha umas doze meninas me esperando no banheiro, levei um susto.

- Você tem uma forma bem direta de falar, acha que isso assusta as pessoas?
Não falo as coisas pra atacar as pessoas, falo porque é natural. Até para os meus amigos. Tem gente que se assusta, me acha agressiva, mas do fundo do meu coração, não é. Ali no programa não é um personagem, sou eu e eu falo mesmo. E eu sou muito curiosa, acho que curiosidade é a base de tudo.

- Você está solteira, certo? A fama ajuda ou atrapalha para paquerar?
Sim, estou solteira. Aparece um monte de boys, mandam nudes... (risos). Mas estou tranquila.

- Você já declarou que alguns namorados tentaram ‘censurar’ você, principalmente na forma de se vestir. Como lida com isso?
Eu não estou lidando, acho que é por isso que eu não namoro. É meio difícil, daí fala 'você vai sair assim?' é muito ‘nhem nhem nhem’. Entrei numa onda de focar no meu trabalho e em mim. Estou feliz comigo. Se aparecer alguém... vamos embora! Mas só se for muito legal, muito parceiro.

- Já teve alguém no Adotada que quis algo a mais com você?
Sim, o povo não entende muito essa coisa de adoção, acha que é pegação. Mas eu consigo me livrar bem. Eu não dou abertura. Pra mim é uma coisa família. Mas vai saber, né? Vai que um dia chego em uma casa e me apaixono?

- Sonha em casar e ter filhos?
Eu queria casar, ter filhos, ter uma casa linda e maravilhosa... mas passei por tantas família que mudei um pouco isso. As pessoas estão muito individualistas, isso me incomoda. É 'brigou não quero mais'. Sou super romântica. Acredito no amor lindo, mas está caindo a ficha que não é bem assim. Meu Deus, as pessoas não são mais tão parceiras. Então agora eu tenho vontade de fazer inseminação artificial. Quero ter minha família, não quero encheção de saco. Hoje minha vontade é inseminação, amanhã eu não sei.

- Isso é para longo prazo ou tem pressa?
Morro de vontade de ter filho, mas agora estou em uma fase que não cabe. Minha vida mudou muito nos últimos anos. Sou filha única, por isso que não quero ter um só. Quero ter Natal gigante com um monte de criança berrando.

- Falando sobre seu visual, seus looks são ‘extravagantes’. Sempre foi assim?
É uma coisa que eu sempre gostei muito, já conseguia porque trabalhava como hostess, trabalhei no São Paulo Fashion Week. Quando entrei no programa eu pensei ‘meu Deus, posso ser assim 24 hs por dia’. Agora parece que eu tenho licença poética (risos). As pessoas olham e dizem ‘ah é aquela da MTV’. Está maravilhoso, o programa me ajudou muito.

- Quando acaba uma temporada, bate uma 'deprê'? O que você faz?
Essa última temporada foram cinco meses sem final de semana, sem encontrar os amigos. Não estou tendo férias, todo dia estou fazendo alguma coisa. Eu arrumava as malas sempre às terças, quando acabou eu pensei: 'e agora?'. A gente acostuma. Mas nessa temporada aprendi um pouco a desapegar. Quando acabou a primeira eu chorei durante dias, agora foi mais tranquilo.

- Quais são seus sonhos profissionais?
Sonho fazer sempre alguma coisa que eu goste muito, que seja a minha cara. Gosto de estar envolvida em tudo: na produção, ter minha equipe muito perto. Quero ser feliz, poder ser eu mesma, não quero ficar quadrada e não quero me transformar num personagem para estar na televisão. Quero poder ser eu e falar as coisas que eu realmente acredito.

- E como fica seu futuro com a MTV agora?
Tenho contrato com a MTV, novos projetos em mente, várias possibilidades aí, mas está tudo muito no ar. Ainda não sei o que vai acontecer. Tudo é possível.

- Sua estreia na TV foi no programa Supla, seu ex-namorado... Ainda fala com ele?
Gosto muito dele, mas falo bem pouco. Ele é vizinho da minha mãe, depois que eu me mudei encontro menos. Mas tenho muito carinho por ele.