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Revista / Entrevista

Micael Borges vive o melhor dos mundos: 'Colhendo frutos'

Em entrevista na Revista CARAS, o ator Micael Borges fala sobre machismo, carreira, família e seu trabalho na novela Fuzuê

Micael Borges em ensaio fotográfico na Revista CARAS - FOTOS: MARCIO FARIAS
Micael Borges em ensaio fotográfico na Revista CARAS - FOTOS: MARCIO FARIAS

Na vida de Micael Borges (35), a música e as artes cênicas sempre caminharam juntas, mas, agora, isso tem acontecido de forma literal. O motivo? Ele é o intérprete do cantor Jefinho Sem-Vergonha na novela global das 7, Fuzuê! Diante da possibilidade de unir suas grandes paixões, o ator e cantor reflete sobre seu amor pelo ofício e a instabilidade da carreira durante bate-papo exclusivo com CARAS, no LSH Lifestyle Hotel, no Rio de Janeiro. Marido de Heloisy Oliveira (36) e pai de Zion (9), ele ainda narra como a paternidade teve papel importante em seu crescimento, tanto na vida pessoal quanto na profissão.

– Mais uma vez, você tem a chance de unir seu lado ator ao de cantor em um personagem!
– Para mim é o melhor dos mundos poder unir a música com a parte de atuar! É maravilhoso porque, apesar de eu ter feito primeiro trabalhos na TV e de ficar conhecido como ator, desde pequeno as duas coisas caminharam juntas.

– Com as gravações da novela, tem tempo para o lado cantor?
– Está a maior correria, mas deixei músicas gravadas. Faço música por amor, amo estar no estúdio, criando, compondo. Não tenho mais aquela preocupação de atingir números. Já passei por isso, principalmente, quando era de gravadora, porque rola investimentos de terceiros. Hoje, eu tenho a minha gravadora, meu selo, então, consigo lançar a hora que eu quiser, não me preocupo com outras coisas. Só penso em evoluir, trabalhar esse lado que amo e entregar música de qualidade, mas fazendo tudo por amor mesmo. E o que vier é consequência.

– Enquanto você vive uma fase mais calma, o Jefinho está na busca pelo sucesso. Essa luta dele te faz lembrar do seu passado?
– Sem dúvida! Acho que todo mundo que sonha em ter uma carreira artística é muito determinado. O artista nasce com isso, é uma sementinha que é plantada em algum momento da vida, que está ali no seu coração, então, você faz de tudo para conseguir os seus objetivos. E o artista é isso, a gente está todos os dias lutando para poder viver da nossa arte.

– Não é uma carreira fácil, é instável, tem altos e baixos... Como faz para não desanimar?

– Nunca pensei em desistir, a única coisa que faço é dar dois passos pra trás, analisar, respirar, ver no que posso evoluir, estudar, como adquirir conhecimento para mostrar nos próximos trabalhos e ter um diferencial. Mas desistir nunca veio ao caso, apesar de ser uma carreira difícil. A gente tem que estar
sempre se reinventando e tem que investir em outras coisas fora da nossa área. Acho que isso é muito importante, falo para todos os meus amigos, quando estiver trabalhando, investe uma grana em outras coisas, para que isso te mantenha, para que você consiga viver dos seus sonhos.

– Você tem algum negócio?
– Tenho, investi em algumas coisas já! Tenho um negócio fora e é com isso que consigo me manter. Quando o mercado não está tão aquecido, consigo me manter, mas desistir da profissão nunca passou pela minha cabeça.

– Até porque está em uma fase boa, tem emendado projetos...
– Eu estou muito feliz, estou vivendo uma fase boa, colhendo muitos frutos, emendei um trabalho no outro no streaming, agora a novela, e já tenho projetos futuros para o início deste ano, assim que as gravações de Fuzuê acabarem.

– No streaming você fez o filme O Lado Bom de Ser Traída, que tem uma proposta sensual. Como encara as cenas mais quentes? Fica tranquilo?
– Tranquilo nunca é, mas a gente tem todo um cuidado. Hoje em dia, tem uma coordenadora de intimidade que prepara a gente, faz como se fosse uma coreografia para as cenas de sexo, com uma proteção tanto para a mulher, como para o homem. Dá mais vergonha de assistir do que de fazer. Ainda mais agora, que a galera fica mandando vídeo. Minha mãe recebeu um e falou: ‘Recebi um vídeo da sua bunda, você transando com a mulher no filme’. Eu falei: ‘É um filme, não assiste, não’ (risos).

– E sua mulher assiste?
– Tem coisa que ela assiste, tem coisas que não, mas ela leva de boa. São 11 anos juntos, ela consegue administrar bem.

– O machismo vem sendo muito discutido. Como pai de menino, você tem essa preocupação na criação dele?
– Tenho, até porque fui criado numa família nordestina, então tem essa estrutura do homem macho. Até quando comecei a fazer teatro, meu pai falou: ‘Isso não é coisa de não sei o quê...’ Eu pedi calma e, ao longo do tempo, ele foi vendo como funciona. Hoje, ele entende o lance do machismo, se policia bastante. E com meu filho não muda, procuro conversar bastante com o Zion e ele super entende. Essa geração parece que já vem preparada para todos os assuntos, então já facilita. Eu aprendo muito com ele também.

– Ser pai te amadureceu?
– Muito! Me trouxe maturidade, calma para pensar, para tomar decisões. Hoje, enxergo as oportunidades que chegam para mim de uma forma muito diferente de antigamente. Quando você é jovem, quando não tem uma preocupação, como, por exemplo, ter um filho, você muitas vezes não aproveita a oportunidade da melhor forma. Tive várias oportunidades e não aproveitei como devia por
imaturidade. O filho me trouxe maturidade para decidir e sou grato. Ele não me deixa dispersar. Se tomo uma decisão sem pensar, pode implicar em outras questões. A paternidade foi importante para meu crescimento pessoal, profissional, para tudo. Minha família é uma grande prioridade.

Micael Borges em ensaio fotográfico na Revista CARAS

Micael Borges em ensaio fotográfico na Revista CARAS

Micael Borges em ensaio fotográfico na Revista CARAS

Micael Borges em ensaio fotográfico na Revista CARAS

Micael Borges em ensaio fotográfico na Revista CARAS

Micael Borges em ensaio fotográfico na Revista CARAS

FOTOS: MARCIO FARIAS; STYLING: SAMANTHA SZCZERB; BELEZA: ZUH RIBEIRO; AGRADECIMENTOS: LSH - LIFESTYLE HOTEL, BREDA UOMO E RAFFER

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