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A delicadeza de Maria Eduarda de Carvalho

Na Ilha de CARAS, a atriz de 'Sete Vidas' realça fugir de padrões e afirma: ‘minha alma continua ruiva’

CARAS Digital Publicado em 30/04/2015, às 08h51 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Maria Eduarda de Carvalho - FERNANDO LEMOS/LEMOS FOTO
Maria Eduarda de Carvalho - FERNANDO LEMOS/LEMOS FOTO

É com a frase “numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária”, do conto 'Tentação', de Clarice Lispector (1920–1977), queMaria Eduarda de Carvalho (33) tenta se definir, apesar de ter pintado de loiro platinado os cabelos naturalmente cor de fogo. A mudança de visual só aconteceu por causa da novela das 6, SeteVidas, em que ela faz a personagem Laila. “Mas minha alma continua ruiva”, decretou ela, na Ilha de CARAS. Maria Eduarda foge dos padrões. Em meio à atribulada rotina de gravações, os cuidados com a filha, Luiza (4), do casamento com o cineasta SnirWine (42), de quem está separada desde julho de 2014, e a administração da casa nova, a atriz surpreende ao dizer que tem prestado mais atenção a pequenos detalhes do cotidiano. “Gosto, por exemplo, de sentir o frescor das ondas do mar”, disse, poética, apontando a herdeira como sua inspiração para estar com a sensibilidade mais aflorada. “Luiza me ajuda muito nisso. Uma criança descobre um mundo de encantamento que para o adulto já não existe mais. Estou achando maravilhoso poder reviver isso ao lado da minha filha”, acrescentou, com voz doce e gestos pausados.


– Como definiria esse seu novo momento?
– Acho que a vida é uma eterna construção e desconstrução. Estou procurando ter um olhar mais calmo para o cotidiano.


– É sempre tão zen?
– Acho que nem sempre. Mas procuro fazer meu trabalho de uma forma bem serena e responsável. Não sei se a minha família tem essa mesma percepção.


– Como assim?
– Com a Luiza, sou bem firme. Tive pais que me educaram de uma forma carinhosa, mas muita firmeza também. E sou assim com ela. Nós brincamos bastante. Adoramos contar histórias, fazer palhaçada... Porém, o limite é claro lá em casa. Acho que dar limite é uma forma de passar amor. Agora, não me rendo à culpa. Para mim, por exemplo, é bem difícil ficar alguns momentos longe da Luiza. No entanto, sei que não seria tão feliz se não fosse trabalhar e fizesse o que eu faço.


– Com as mudanças na sua vida nos últimos meses, Luiza a socilita bastante?
– Ela quer atenção, como toda criança. Solicita, sim, mas é em um nível bem razoável. Como é filha única, eu e meu ex-marido procuramos convidar amigos dela para passar o dia lá em casa. Pelo menos uma vez na semana, isso acontece. Adoro esse tipo de programa infantil. Agora, minha casa está um pouco menor, não dá para chamar tanta criança, porém, outro dia fizemos a sua primeira festinha do pijama.


– Além de ser uma mãe atenciosa, também cuida da casa?
– Brinco que sou uma ótima chefe de excursão. Sei organizar e  administrar. A Graça e Eliana, que trabalham na minha casa, me ajudam bastante. Mas uma coisa que gosto de fazer é ir ao supermercado, por exemplo.


– É uma forma de escolher melhor o que vai comer...
– Acho que sim. Confesso que já fui mais obcecada pelas calorias. Mas cada vez mais preocupo em comer o que é saudável. Prefiro comprar um frango sem hormônio, ir à feirinha orgânica.


– Faz isso por causa da forma?
– Como falei, valorizo a saúde. E, automaticamente, o corpo fica mais em forma comendo melhor. Somos muito o reflexo do que consumimos, acredito nisso.


– Pelo trabalho, você mudou o visual. Quem estranhou mais o seu loiro platinado?
– Preparei muito a Luiza, por ser uma mudança radical. Desde que me entendo por gente, era ruiva. Luiza é muito inteligente, astuta. Quando cheguei em casa loira, olhou para mim e falou que iria me reconhecer de qualquer maneira. O estranhamento foi mais da minha parte mesmo.


– De quem partiu a ideia de se despedir da cor natural?
– A Lícia Manzo, autora da novela, e o Jayme Monjardim, diretor geral e de núcleo, acharam que todos os meus personagens até hoje foram ruivos, então estava na hora de partir para uma transformação mais radical. Juntos, nós procuramos esse tom certo para o papel, e como a personagem tem essa coisa de chegar chegando, este loirão tinha tudo a ver.


– Gostou do resultado?
– Fiquei muito contente. Minha personagem, a Laila, nasceu mais rápido quando mudei a cor e o corte. Acho interessante porque, se não fosse atriz, jamais pintaria o cabelo, exatamente por ter nascido com essa cor tão diferente. Mas é bom ter a oportunidade de me ver assim. Estou gostando dessa experiência.


– Além do cabelo, o que mais fez para compreender a Laila, que é fruto de uma inseminação artificial?
– Eu assisti a um documentário sobre essa questão dos filhos nascidos a partir de inseminação artificial, eram vários irmãos que se encontravam, tipo um reality show, que aconteceu nos Estados Unidos. A Lícia fez questão que nós víssemos, porque é bastante interessante. E ainda pesquisei e descobri um casal de mulheres, exatamente como as mães da minha personagem, que também teve filhos dessa maneira. Fui atrás delas para conseguir entender e poder me aproximar dessa realidade. Acho maravilhoso estar em uma novela que aborda um tema tão atual como esse e de um grande interesse para tanta gente.