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Esporte / Olimpíada

Robson Caetano ao comparar diferentes desafios em Olimpíadas: ‘Correr era mais fácil que comentar’

Em entrevista exclusiva à ‘CARAS Online’, Robson Caetano, que irá comentar a Olimpíada de Londres pela Rede Record, falou da sua nova experiência em Jogos, além de revelar que se sente parceiro de todos os outros ex-atletas que integram elenco da emissora

Redação Publicado em 17/05/2012, às 15h56 - Atualizado às 16h27

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Robson Caetano - Reprodução/Rede Record
Robson Caetano - Reprodução/Rede Record

Robson Caetano (47), que chegou a conquistar duas medalhas olímpicas durante sua carreira no esporte, em Seul (1988) e Atlanta (1996), se prepara para viver desafio inédito durante a Olimpíada de Londres, entre 27 de julho e 12 de agosto deste ano. Com o microfone em mãos, ele comentará as provas de atletismo no maior evento esportivo do mundo das cabines de transmissão da Rede Record. Ao falar sobre o nervosismo que antecede a competição, tanto como atleta, quanto repórter esportivo, ele fez interessante comparação. “A gente não sente mais ansiedade do que na época em que competíamos porque estávamos treinando e sabíamos exatamente o que tínhamos que fazer. Mas claro que dá um friozinho danado quando abre o microfone para gente começar a comentar. E isso é muito normal”, disse ele em entrevista exclusiva à CARAS online.

“Eu adoro minha profissão. Procurei e procuro sempre melhorar e a Record está dando a todos a chance de melhorar. Isso me traz segurança para comentar, mas é muito mais difícil narrar, pois você não pode entrar na pista e resolver. Tem que ser imparcial, fazer uma avaliação técnica, mesmo que seja punitiva ao atleta. Temos que fazer. Correr era muito mais fácil. Agora, treinamos para estruturar a mensagem e passar com tranquilidade e didaticamente para os telespectadores. As gracinhas não têm mais vez e quando o momento pede, temos que ser muito diretos e dinâmicos para bom entendimento do público”, acrescentou.

Ele não é o único ex-atleta a integrar o elenco de comentaristas da emissora durante os Jogos. Fernando Scherer (37), Luisa Parente (39), Magic Paula (50), Maurício Lima (44), Oscar Schmidt (54), Rogério Sampaio (44) e Virna Dias (40) são outros “craques” que estarão ao lado de Robson durante a transmissão, e isso, parece animar o ex-velocista. “Eu me sinto um parceiro de equipe deles. É uma equipe na qual confio minha vida. Sem contar com os narradores, que são os amigos que a gente precisa na hora do aperto. Eles nos salvam e a gente a eles, é uma troca muito bacana. Quero acrescentar que os mais de 300 profissionais que estarão conosco em Londres e os que estarão aqui são peças fundamentais para o sucesso de nosso trabalho, pois seríamos cegos sem eles. Nos preparamos para levarmos ao público informação, qualidade e educação através do esporte, que é cheio de emoções fortes”, destacou.

Quando questionado sobre qual conselho pode dar aos competidores da delegação brasileira que irão estrear em Olimpíadas, ele recomendou. “Devem ter cuidado com as armadilhas. Procurar sempre estar perto de um companheiro que possa te salvar numa dificuldade. Isso para os atletas de esportes individuais. Os atletas das modalidades coletivas devem procurar sempre a harmonia de grupo e jogar sem vaidade”.

Ao falar do atual fenômeno do atletismo, o jamaicano Usain Bolt (25), Caetano mostrou ser fã do velocista, além de apostar em novas medalhas de ouro do competidor. “Eu acredito que ele dará outro espetáculo sim, mas não como em Pequim. Acho que será um pouco mais difícil ele bater três recordes mundiais nesta Olimpíada. Se fizer, será ainda nos 200 metros. Ele tem se preparado para defender os títulos com toda força que tiver”.

Sobre sua expectativa para a equipe de atletismo do Brasil, ele explicou. “Eu acredito muito na comissão técnica e na convocação, que será definitiva depois do Troféu Brasil. Porém, temos nomes que já figuram entre os cinco melhores do mundo em algumas provas e se eles não sentirem a pressão de uma Olimpíada, podem trazer medalhas de ouro, prata e bronze. Eu falo do Mauro (Vinícius da Silva, 25), Fabiana (Murer, 31) e da Maurren (Maggi, 35). Esses, por já terem participado de grandes eventos esportivos, como mundial e olimpíadas, podem trazer bons resultados. Os revezamentos masculino e feminino também podem dar boas surpresas. No salto triplo tem um nome que surgiu, o Jonathan Henrique, que já tem nome de recordista mundial, mas que por ser sua primeira competição grande, pode sentir um pouco, atrapalhando seu desempenho. Vamos ficar de olho. Temos um time que dá gosto de ver treinando e de saber que estará defendendo o Brasil”.