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Esporte / Olimpíada

Fabiana Murer quer o apoio do torcedor brasileiro na Olimpíada de Londres

Redação Publicado em 04/05/2012, às 11h41 - Atualizado em 08/05/2012, às 19h01

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Fabiana Murer levou o ouro no salto com vara do Campeonato Mundial disputado em Daegu, na Coréia do Sul - Reuters
Fabiana Murer levou o ouro no salto com vara do Campeonato Mundial disputado em Daegu, na Coréia do Sul - Reuters

Fabiana Murer (31), que se prepara para encarar sua segunda Olimpíada na carreira, mostra estar bem focada nos Jogos deste ano, em Londres, na Inglaterra, onde espera deparar com excelentes atuações de suas adversárias.  “Esse vem sendo um ano diferente, com muito tempo para os treinos – não fiz a temporada indoor e fiquei com mais tempo para me preparar. Começo a competir no dia 16 de maio, no GP Brasil, em São Paulo e ainda vou saltar no dia 20, mais uma etapa do GP, desta vez no Rio de Janeiro. Ainda terão mais três provas, em Eugene, Nova York e Mônaco. Vou ter tempo para adaptar minha técnica até Mônaco, a última competição antes da Olimpíada. Quero que tudo esteja certo até lá, para ter confiança e competir bem. Sei que conquistar uma medalha olímpica não é fácil, mas estou bem tranquila. Meu primeiro objetivo em Londres é a classificação, que é bem difícil. Primeiro tenho de estar entre as 12 que vão para a final. Vou enfrentar pelo menos mais seis, sete atletas com chance de pódio e sempre se espera um grande resultado da bicampeã olímpica Yelena Isinbayeva (29) (Rússia)”, afirma a atleta brasileira à CARAS online.

“Vou pensar passo a passo. Primeiro, em seguir melhorando minha técnica, depois, em fazer uma boa preparação nas provas que vou disputar antes da Olimpíada, ver que varas vou usar em Londres. Na Olimpíada, pensar primeiro em me classificar para a final e aí, sim, entrar na briga por medalha. Vou pensar na classificação, na medalha de bronze, na de prata e na de ouro”, acrescenta ela, que é treinada pelo marido, Elson Miranda (46), e pelo técnico ucraniano Vitaly Petrov, ex-técnico de Isinbayeva, um dos maiores especialistas no salto com vara e contratado nos últimos anos pela Confederação Brasileira de Atletismo. “Os dois estão conversando muito nessa temporada”, conta.

Quando questionada sobre o que pode ter melhorado desde sua primeira Olimpíada, em 2008, na cidade de Pequim, na China, para hoje, ela explica. “Em quatro anos mudou muita coisa. Eu estou mais experiente, ganhei uma Diamond League, dois Mundiais (em Doha, no Qatar, em 2010, e em Daegu, na Coreia do Sul, em 2011), passei a estar entre as primeiras do mundo no ranking. É mais pressão, mas estamos acostumadas com isso”.

Durante o Mundial de Daegu, Fabiana saltou 4,85m, derrotando Yelena e conquistando a primeira medalha de ouro do Brasil na competição. Ao falar da marca alcançada, ela declara que será importante atingir altura semelhante, ou superior, para brigar pelo pódio na Inglaterra. “Em Olimpíada, o que vale é a medalha. Mas claro que será preciso saltar alto para estar na zona de medalhas, acho que de 4,80m para cima, 4,90m, 4,9 m... É bem difícil. Chegar aos 5 metros é viável, mas meu objetivo na temporada é a medalha”.

No início da entrevista, Murer destaca a importância da escolha das varas. E isso nos faz lembrar do triste episódio em Pequim, em que uma de suas varas sumiu durante a competição. Recordando o momento, ela afirma que, agora, se sente mais preparada para enfrentar qualquer tipo de decepção. “Quando aconteceu fiquei muito aborrecida. Eu fui a décima colocada e sabia que poderia ter ido muito melhor. Um mês depois já estava pensando em melhorar minha técnica, no que eu poderia fazer para saltar mais alto. Passaram quatro anos, tive muitas outras dificuldades, várias experiências, com vitórias e derrotas. Me sinto mais preparada hoje para enfrentar problemas. Não fiquei neurótica, mas sempre verifico as varas e o colchão”.

Ao ser perguntada sobre qual recado pode mandar ao torcedor brasileiro, Fabiana Murer responde. “Para dar força aos atletas, acreditar e torcer. Saber que em alguns esportes como o salto com vara é muito difícil conseguir uma medalha olímpica. Atletas do Mundo todo querem uma e se preparam como nós. Quero dizer que estou me esforçando muito, estou me preparando, trabalhando duro pelo meu objetivo e quero fazer o meu máximo”.