Malvino Salvador, que interpreta Bruno em 'Amor à Vida', fala sobre a carga emocional do seu personagem: “A tragédia é o buraco mais profundo, o sentimento mais dolorido"
Renan Botelho Publicado em 21/05/2013, às 15h09 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20
Malvino Salvador confessa ter sido afetado pela carga emocional da sua história em Amor à Vida. O ator, que interpreta Bruno, disse que, pela primeira vez na carreira, está tendo dificuldade para se desligar das emoções do personagem após as gravações.
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“De um modo geral, eu, quando faço cenas deste tipo, eu tenho a facilidade de me desligar depois. Eu consigo sair facilmente. Mas eu admito que nesse personagem teve um dia especificamente que eu fiquei o dia inteiro no estúdio, fazendo a maioria das cenas fortes, e fiquei remoendo aquela emoção. Mesmo chegando em casa, eu passei o resto do dia com vontade de chorar”, diz o ator. “Foi a primeira vez que aconteceu isso comigo. Mas faz parte do nosso trabalho, que é sensorial. Amo o que eu faço, então me dá prazer passar por isso”.
As cenas que mais afetaram Malvino começaram a ser exibidas no primeiro capítulo e terão continuidade nesta terça-feira, 21. Depois de perder a mulher e o filho no parto, o personagem dele encontrou uma menina abandonada na caçamba de um lixo. Bruno agora terá que convencer a médica que fez o parto da mulher a alterar a certidão de nascimento, dizendo que nasceram duas crianças, mas apenas uma sobreviveu.
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“É uma tragédia”, comenta Malvino. “E a tragédia é o buraco mais profundo, o sentimento mais dolorido. Eu só pensei que tinha que me jogar, viver e compartilhar dessa emoção que o cara estava sentindo. Tinha que me jogar nisso sem freio”, fala.
Na vida real, o ator é pai de Sofia, de três anos. Ele explica que, apesar de ter uma ligação muito forte com a menina, não utilizou isso para compor seu personagem. “Amo minha filha mais do que tudo. Mas montar essa relação na novela é completamente diferente. O personagem tem a história dele. É claro que a gente tem as nossas referências que nos dão base para compor, mas a gente cria em cima da história dele”, declara.
