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Atualidades / Dia Mundial da Síndrome de Down

No Dia Mundial da Síndrome de Down, Jakelyne Oliveira fala sobre a irmã: 'Me tornou uma pessoa melhor'

Irmã de uma adolescente com Síndrome de Down, Jakelyne Oliveira fala sobre a inclusão e igualdade no ‘Minuto da Jake’ em suas redes sociais

Vitória Araújo

por Vitória Araújo

varaujo@editoracaras.com.br

Publicado em 21/03/2023, às 17h15

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Jakelyne Oliveira e a irmã, Geovanna - Foto: Arquivo pessoal
Jakelyne Oliveira e a irmã, Geovanna - Foto: Arquivo pessoal

Nesta terça-feira, 21, é celebrado o Dia Mundial da Síndrome de Down e, para ressaltar a importância da data, a Caras Digital bateu um papo exclusivo com a atriz e ex-Miss Brasil Jakelyne Oliveira, 30, que encontrou nas redes sociais uma forma combater o preconceito e acabar com os tabus a cerca da síndrome.

Para abordar o assunto de uma forma mais leve e descontraída, a artista, que tem uma irmã com Síndrome de Down, a Geovanna, de 14 anos, resolveu utilizar a visibilidade que possui na internet para dar voz a um assunto tão importante, que muitas vezes é deixado de lado por parte da sociedade.

Dessa forma, ela criou o ‘Minuto da Jake’ em sua conta no Instagram, para trazer informações claras sobre a Síndrome de Down e outras temáticas importantes. Ela sentiu a necessidade ter um espaço confiável para que as pessoas pudessem ser informadas, acolhidas e inspiradas da forma mais simples possível.

 “Eu comecei agora nas minhas redes sociais o Minuto da Jake, que é o modo que eu tenho que eu desenvolvido junto com a minha equipe para levarmos conhecimentos de um jeito rápido, objetivo e com mais leveza também, porque eu sempre quis que as pessoas tivessem o conhecimento principalmente sobre a Síndrome de Down, já que a minha irmã tem síndrome de Down e eu eu senti na pele como que a falta de conhecimento nos aproxima não só do preconceito, mas de querer estereotipar a pessoa”, comentou.

Jake ressalta que é fundamental promover a conscientização e conexão entre as pessoas através da disseminação de informações, e ainda afirma que a luta diária pela inclusão e valorização das diferenças é um assunto urgente e necessário.

“Nós estamos caminhando bem devagarzinho de cada vez, mas eu já fico feliz de estar vendo mais pessoas falando sobre.  Não importa se você tem uma deficiência intelectual ou não, nós temos que ser humanos e entender que não importa as características, ninguém deve ser tratado diferente por causa disso… A síndrome de Down é uma deficiência intelectual. Mas isso não impede que as pessoas com Down se desenvolvam, tenham a sua independência”, ressaltou.

Emocionada, a modelo relembrou que ainda estava na fase da adolescência quando a irmã nasceu e transformou completamente o seu modo de encarar a vida, e olhar mais para o próximo, com empatia e amor.

“A Geovanna entrou na minha vida quando eu tinha 15 anos. [...] Ela me tornou uma pessoa melhor, a Giovana me tornou essa pessoa que eu tanto ouço as outras pessoas elogiarem falando que eu sou uma pessoa de luz, uma pessoa amorosa, uma pessoa que escuta o outro, eu devo muito isso a ela, porque através da vida dela, ela transformou a minha. Eu tenho certeza absoluta que se hoje eu sou quem eu sou, com as qualidades que eu tenho, de humanidade mesmo, eu devo muito a ela. A Geovanna fez com que eu enxergasse o mundo com mais amor, com mais empatia, ela é meu tudo assim, eu sou muito grata pela vida dela”, declarou.

Na sequência, a artista comentou sobre a dificuldade que sua família enfrentou ao buscar um ambiente seguro que favorecesse a integração social de Govanna na vida escolar. “A primeira dificuldade que nós encontramos foi na questão da alfabetização, porque nas escolas eles falam que tem essa inclusão, mas na verdade não tem e ao invés de você conseguir com que ele se desenvolva acaba retraindo", contou. 

Mais importante do que falar é agir, a musa abraçou a causa e se tornou embaixadora do ‘Instituto Mano Down’, cujo objetivo é sair da bolha e inserir em diversas áreas da sociedade pessoas com deficiência.

“Quando os pais descobrem que o filho terá Down eles vão dar o suporte e explicar, entender… porque infelizmente muitas pessoas não têm o conhecimento do que é a síndrome de Down e quando você recebe essa notícia dá um impacto. Principalmente por você não conhecer e tudo que é novo, tudo que é desconhecido causa medo, né? [...] então acho extremamente importante o trabalho que eles fazem de acolhimento, de preparar os jovens para o mercado de trabalho, o Instituto Mano Down, eles acolhem, eles ajudam mais de 300 famílias, então eu me sinto muito honrada por ser embaixadora e poder dar a voz para eles através das minhas redes sociais”, completou.

Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal