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Atualidades / Mãe de 3

Claudia Raia relata maternidade real e revela como administra agenda: ‘Desafio’

Em entrevista à CARAS Brasil, Claudia Raia fala sobre os desafios da maternidade real e revela bastidor do espetáculo Tarsila, A Brasileira.

Claudia Raia estrela espetáculo Tarsila, A Brasileira - Foto: Pampers
Claudia Raia estrela espetáculo Tarsila, A Brasileira - Foto: Pampers

A maternidade é o acontecimento mais importante na vida de diversas mulheres. Apesar de lindo e natural, o laço de parentesco pode ser marcado por uma rotina de felicidade e cansaço físico e emocional. Claudia Raia (57), ícone da teledramaturgia brasileira, é mãe de 3: Enzo Celulari (26), Sophia Raia (21) e Luca (1). 

Em entrevista à CARAS Brasil, a atriz relata a realidade de ser uma matriarca e revela como administra a agenda profissional. Os temas ainda dividem opiniões na sociedade, o que geralmente termina em duras críticas para as genitoras. 

"[Divide opiniões] Porque ainda temos um ideal de maternidade que é: a mãe ama incondicionalmente seus filhos e o maternar. Mas apontar a exaustão da mãe não quer dizer não gostar do filho. As coisas não se relacionam dessa maneira. Acho muito cruel quando uma mãe fala sobre seu cansaço e questionam: se sabia que não ia querer, por que teve? Isso não é coisa que se diga. Não dá para julgar assim. E outra coisa: já passou da hora de realmente ser entendido que a mãe não é a única responsável pela criança. O pai é tão responsável quanto a mãe. Ela não tem que dar conta de tudo sozinha", afirma. 

Figuras públicas estão usando alcance nas redes sociais para falar sobre o tema e seus desafios. Raia estrela a campanhia da nova linha de cuidados de Pampers. Nos bastidores da produção, ela conversa com exclusividade com a reportagem e destaca a importância de usar seu espaço para dialogar a maternidade real. 

"[É importante] Total! Se a gente não fala, a gente se aprisiona no que acreditam que é a maternidade: essa coisa romantizada que falamos antes, de a mãe viver em função dos filhos. Isso faz a mãe adoecer, pode sufocar o filho também. É difícil de a gente entender, mas nossos filhos são pessoas que não estão agarrados em nós. A gente cria filho para o mundo – essa é uma grande verdade. E quando eles vão para o mundo, como ficamos nós? A gente não precisa esperar tudo isso para descobrir. É importante termos espaço para nossa individualidade mesmo sendo mães. Podemos dar nosso tempo aos nossos filhos, claro. Mas não temos que fazer o nosso tempo apenas deles. É preciso criar limites, inclusive nessa relação entre mães e filhos. Quanto mais falarmos sobre isso, mais a gente vai se ajudando, vai percebendo que essas não são questões individuais, são de muitas mulheres. E se não está bom para muitas pessoas, talvez o problema não esteja em mim, em você, nas outras mães... Talvez o problema seja a estrutura social em que vivemos. É isso que precisamos mudar", diz. 

Para a atriz, a maternidade não deve ser apenas uma responsabilidade feminina. A participação do pai em todos os momentos da criação dos filhos e fundamental. Casada com o ator e diretor Jarbas Homem de Mello(54), ela conta que tudo é compartilhado. 

"Claro que sim! Tem momento de Luca ficar com nós dois juntos, tem o momento dele com o Jarbas, dele comigo... Jarbas está vivendo a paternidade de uma maneira muito intensa, muito entregue e muito bonita. É lindo de ver a relação que ele e Luca estão construindo, de amor e muita confiança. Isso só é possível porque Jarbas é parte da rotina do Luca de maneira efetiva", revela. 

Raia deu à luz Luca, seu caçula, aos 56 anos. Em sua terceira maternidade, ela conta que tudo tem sido marcado por aprendizados. Questionada sobre crise maternal, ela afirma ter sido impactada com sua nova realidade. 

"Zero crise! O que eu tive foi um choque de realidade, desde a gravidez [risos]. Sempre brinco que me senti como uma mãe de primeira viagem. Tudo que eu achava que sabia já não estava mais valendo (risos). Foi um momento de reaprender. Ainda bem eu que adoro novidades, amor! Sou uma pessoa muito curiosa e muito aberta a coisas novas. E até hoje, mesmo depois de Luca ter nascido, ainda tem coisas que me surpreendem. Eu acho o máximo que agora a gente tem aplicativo para tudo (risos). Quando estava grávida, adorava acompanhar o crescimento do bebê pelos aplicativos. Eles comparavam o tamanho do bebê com frutas. Acho muito divertido! Outra coisa que eu amei foi como os produtos de cuidados infantis estão mais modernos"

Maternidade e vida profissional 

Atualmente em cartaz no Teatro Santander com o musical Tarsila, A Brasileira, Claudia Raia conta nunca ter perdido trabalhos por ser mãe. No entanto, ela precisou adiar o espetáculo em São Paulo por conta da terceira gravidez. 

"O espetáculo já estava atrasado por questões burocráticas de liberação. Demorou tanto que fiquei grávida e aí precisamos adiar mais. Acho que tudo acontece no tempo certo. Estamos em cartaz até 26 de maio, no Teatro Santander, em São Paulo, em uma temporada com casa cheia todos os dias. Isso é muito impressionante! Apresentamos pelo menos seis espetáculos por semana e ter a casa cheia em todos eles me dá uma alegria imensa. O retorno que tenho do público é tremendo. Muita gente me diz que fica com mais orgulho ainda de ser brasileiro depois de assistir ao musical", comemora. 

A atriz relembra que os filhos cresceram nos bastidores do teatro. Para aliar a maternidade e a vida profissional, ela opta pelo equilíbrio entre as duas áreas. "Sempre um desafio! Mas a gente vai aprendendo a equilibrar os pratinhos todos – e não são poucos. Enzo e Sophia cresceram na coxia, nos camarins. Com Luca, não é diferente. Enquanto ensaiávamos “Tarsila, A Brasileira”, ele ia nos visitar de tarde, ficava um pouco com a gente. Agora, ele vai nos visitar às vezes no final de semana, que é quando apresentamos dois espetáculos por dia. É sempre uma alegria tê-lo ali. O elenco também adora a presença do Luca, vira uma grande festa. Voltar a trabalhar não foi fácil, mas foi uma escolha consciente. Eu amo trabalhar, amo meu ofício. Sei que volto para casa uma mãe melhor, inclusive", conclui.