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Na reestreia de ‘Bruxa Morgana’, acompanhe a caracterização de Rosi Campos

Em cartaz com ‘A Saga da Bruxa Morgana e a Família Real’, Rosi Campos abre seu camarim e mostra a caracterização de seu personagem mais célebre

Karen Lemos Publicado em 31/03/2012, às 08h25 - Atualizado em 07/06/2012, às 23h22

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Rosi Campos em cena de 'A Saga da Bruxa Morgana e a Família Real' - Vagner Campos
Rosi Campos em cena de 'A Saga da Bruxa Morgana e a Família Real' - Vagner Campos

Desde Castelo Rá-Tim-Bum, a simpática Bruxa Morgana acompanha sua intérprete Rosi Campos (58). Foram vinte anos convivendo com a personagem que, sem ter ficado ultrapassado, volta aos palcos do teatro atraindo um público de faixa etária diversificado. Neste sábado, 31, Rosi reestreia A Saga da Bruxa Morgana e a Família Real, no Teatro Anhembi Morumbi, em São Paulo. “A Morgana do teatro é a mesma Morgana da televisão e do filme [Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme, de 1999]. Não dá para mudar muito. Apenas fiz alguns ajustes na peruca - algo mais cênico mesmo - e na roupa, que é de época para caracterizar a história”, contou a atriz em entrevista exclusiva a CARAS Online.

Nessa nova aventura no teatro, Morgana recebe a corte da Família Real Portuguesa (que está foragida das tropas de Napoleão Bonaparte) em seus aposentos. Com muito bom humor, claro, confusões vão acontecer e cabe a bruxa resolver os percalços que aparecem pelo caminho. O trabalho é em família: na produção, seu marido Ary Brandi; no elenco, seu filho Pedro Brandi. “É a primeira vez que atuo com meu filho no palco. Fica tudo mais divertido”, garantiu a atriz.

A reportagem entrou no camarim de Rosi Campos e acompanhou toda sua caracterização para se transformar em Morgana. Tudo começa com a aplicação de uma base no rosto. O processo seguinte – e o mais demorado – é a pintura no olho. Primeiro, uma sombra preta para ressaltar o amarelo com glitter que vem por cima. A maquiagem ajuda a aumentar os olhos da atriz. O batom realça a boca. Todo o processo dura cerca de quarenta minutos e termina quando Rosi, finalmente, coloca a escultural peruca, especialmente preparada para a peça. Os figurinos, criações de José de Anchieta, são um capricho a parte. Consistem em paletós de alfaiataria, sapatos de época feitos sob medida, e vestidos luxuosos.

Os minutos na cadeira de maquiagem e a roupa pesada não tira o ânimo da intérprete que há anos dá vida ao mesmo personagem – e sempre com a mesma alegria. “Faço Morgana há 20 anos e adoro fazê-la. A Morgana me trouxe muita coisa boa. É um prazer poder representá-la, porque ela é um personagem muito forte e corajoso; sem contar que ela tem uma característica muito interessante que é ser uma bruxa boazinha”, explicou. “E quem nunca quis ser uma bruxa? Quem vem assistir à peça fica enlouquecido com a personagem e com esse ambiente de magia – porque eles fornecem um mundo de possibilidades”, completou a atriz.

Onde tudo começou

Rosi Campos lembra muito bem do dia em que seu caminho cruzou com o da Bruxa Morgana. “O Cao Hamburger [diretor de Castelo Rá-Tim-Bum] me chamou para fazer um teste para a Bruxa Morgana. Eu tinha até pensando em fazer uma voz grossa, algo bem performático. Cao, no entanto, me pediu que agisse naturalmente. Aí fui entendendo que a Morgana, na verdade, era uma bruxa legal; ela não tem nada de má. É uma contadora de histórias, uma personagem que é para ser divertida”, recordou.

A atriz lembra, também, do episódio mais marcante na longa trajetória da bruxa no programa da TV Cultura. “Um episódio que me marcou muito foi quando a Morgana recebeu a visita do Leonardo Da Vinci em seus aposentos. Os dois tiveram um romance. Chegamos a brincar que o Da Vinci pintou seu quadro ‘Monalisa’ inspirado na Morgana, porque ele se encantou com o sorriso dela (risos). A gente tinha uma liberdade muito bacana”, afirmou.

Ídolos da infância

Ídolo de muitas infâncias, A Bruxa Morgana até hoje é admirada. Não só por aqueles que acompanharam seu ‘nascimento’ (e que atualmente já estão com mais idade), mas também pelos mais novos, que sabem que não é tarde para conhecer essa personagem tão fantástica. “Eu recebo um público maravilhoso. Tem crianças, tem jovens, tem de tudo. Quem me assistia na época do 'Castelo Rá-Tim-Bum', hoje está com seus 15 a 20 anos e vem assistir à peça, levando crianças mais novas, de uns cinco anos, que também adoram a história e a personagem. Acho muito legal ter a oportunidade de atingir tanta gente”, confessou Rosi.

A atriz, por sua vez, também teve muitos ídolos quando criança. Personagens que ela enumera, tentando conter a nostalgia. “Eu adorava o Flash Gordon, o Nacional Kid, o Rim Tim Tim. Não tínhamos muitas opções naquela época. Quando saiu o desenho de ‘A Branca de Neve’ foi o evento do ano, porque era lançado somente um filme por ano dedicado ao público infantil. Hoje em dia existem muito mais opções para as crianças”, concluiu.