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CIBELE DORSA FALA PELA PRIMEIRA VEZ DO TRÁGICO ACIDENTE

DE LUTO PELO AMIGO E EM RECUPERAÇÃO, ELA EXIBE FOTOS DA VIAGEM À ARGENTINA QUE FEZ DIAS ANTES DE QUASE MORRER

Redação Publicado em 11/08/2008, às 16h22 - Atualizado em 29/03/2011, às 07h02

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Em Buenos Aires dias antes da batida de carro que vitimou o amigo Thiago Barbarisi, Cibele Dorsa visitou o planetário. - Martin Gurfein
Em Buenos Aires dias antes da batida de carro que vitimou o amigo Thiago Barbarisi, Cibele Dorsa visitou o planetário. - Martin Gurfein
por Adriana Trujillo Ela nasceu de novo. O que era para ser uma noite alegre na companhia de amigos, infelizmente terminou em tragédia. No dia 7 de junho, Cibele Dorsa (33) e o amigo Thiago Barbarisi, com quem ensaiava um affaire, saíram de uma festa, em São Paulo. Cibele entregou seu carro novo, que recebera no dia anterior, para o rapaz dirigir. Na madrugada, eles bateram bruscamente contra uma árvore. Thiago, de apenas 22 anos, morreu na hora. Para Cibele, foi o início do processo mais doloroso de toda sua vida. "Não sei como sobrevivi. Me vi ali toda ensangüentada e só pensava nos meus filhos", conta, emocionada, a mãe de Viviane (7), e Fernando (11), do casamento com o empresário Fernando Oliva (51). Sem poder andar por conta da fratura na bacia, a atriz permanece o dia todo deitada em uma cama hospitalar instalada na sala do apartamento em que vive, na capital paulista. Ainda se restabelecendo do trauma, ela recebeu CARAS para uma conversa reveladora sobre o milagre de seu renascimento. Sob cuidados médicos 24 horas por dia, Cibele revela que as altas despesas vêm sendo pagas com o cachê pelo ensaio sensual que fez para a Playboy, em abril. Dias antes do trágico acidente, Cibele viajou a Buenos Aires, na Argentina, para abrilhantar a entrega do Prêmio Perfil. Linda e feliz, como mostram as fotos, a atriz e escritora não imaginava o que estava por vir. - O que ocorreu naquela noite? - Voltávamos para casa numa boa, dando risada. Lembro que o carro deu uma 'decolada' e batemos numa árvore. Com o impacto, fui parar no assoalho do carro. A primeira coisa que passou pela minha cabeça foi que eu ia morrer. Depois, percebi que estava viva, olhei ao redor e o Thiago havia falecido. Não era acostumada a usar cinto de segurança. No dia, nenhum de nós usava. Se estivéssemos de cinto o estrago não seria tão grande. Lembro de tudo, pois não dormi e nem perdi os sentidos. Isso foi essencial para que eu sobrevivesse. - Vocês haviam bebido? - Sim, mas não estávamos bêbados. Nunca bati o carro. Acredito em destino. O que me conforta é que era para ser dessa maneira. Fico imaginando a dor se eu estivesse ao volante e ele tivesse morrido. Teria uma sensação de culpa por toda vida. - Qual foi o pior momento? - A dúvida se eu ia sobreviver ou não. Os médicos não mentiram e disseram que o estado era grave. Milhões de lembranças passaram pela minha cabeça em segundos. - Teve medo de morrer? - Muito medo. Pensava nos meus filhos, no nascimento deles. (Cibele começa a chorar) Eu não queria morrer. Na primeira semana ainda tinha risco de morte. Foi uma fase difícil. - Como está sua recuperação? - Perdi quatro litros de sangue. Tive cortes no supercílio esquerdo, na cabeça, fraturas na bacia, no maxilar, nas pernas, no tornozelo direito e cotovelo esquerdo, que foi reconstruído. Tive de pôr pinos em várias partes. Faço fisioterapia duas vezes por semana para voltar a andar, tomo injeções de morfina porque ainda sinto muitas dores. Era uma pessoa independente e agora tenho que pedir ajuda para tudo. Mas em uma semana, dormirei na minha cama. E até outubro estarei de salto. - E como seus filhos reagiram? - Eles foram o grande motivo da minha luta pela vida. Não queria que crescessem sem mãe. (ela volta a chorar). O Fernando mora comigo e ficou o tempo todo ao meu lado. (...) A Vivi para me ver. Ela me deu um anel que muda de cor dependendo do humor, e pediu que eu usasse. Todos os dias ela me liga e pergunta que cor está, só para saber se eu estou bem. - Dizem que o sofrimento sempre traz alguma lição. O que aprendeu? - Que o segredo da vida é o equilíbrio. Estou feliz por não ficar com seqüelas. Hoje enxergo a vida com mais clareza. A Cibele de antes do acidente não existe mais. Continuo com minha essência, mas sou uma nova pessoa. - E os projetos profissionais? - Estou escrevendo um livro sobre minha vida desde o acidente. Tenho projetos de cinema e livro sobre a vida carcerária feminina. Logo voltarei ao meu programa, Homens no Bolso, na rádio Transamérica e quero comandar um programa de TV para os jovens. Também li todas as obras que tinha vontade e antes não tinha tempo.