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Regina Casé leva filme a Paris: "Recepção calorosa"

Em Paris, ela lança filme e avalia a pluralidade que rege sua vida

CARAS Digital Publicado em 27/08/2015, às 16h59 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Regina Casé em Paris - ÁLVARO TEIXEIRA
Regina Casé em Paris - ÁLVARO TEIXEIRA

Ela conquistou o Brasil de norte a sul com sua naturalidade e irreverência e hoje, com 40 anos de sólida carreira, acaba de contabilizar mais um êxito profissional: levar seu talento aos quatro cantos do mundo. Na capital francesa, Paris, ReginaCasé (61), cuja arte não tem fronteiras territoriais e culturais, participou da première do filme Que Horas Ela Volta?, do qual é protagonista, e que será exibido em mais de 90 cidades da França. “Tivemos uma recepção calorosa. Foi surpreendente ver que o público estrangeiro gosta tanto das particularidades do Brasil”, disse ela, que no longa dá vida à pernambucana Val, que vai para São Paulo em busca de uma vida melhor. Distribuída em cerca de 20 países, entre eles Canadá, Itália e Portugal, a produção já rendeu à Regina o prêmio de Melhor Atriz no badalado Festival de Sundance, nos EUA. “Comecei no teatro e fui para o cinema, mas percebi que, se quisesse falar com todo mundo, tinha que ir para a TV. E assim fiz. Hoje, cada vez mais tenho vontade de equilibrar meu lado de apresentadora e criadora com o de atriz. Acho que este filme é um marco nesta minha busca”, destacou ela, que pilota o programa global Esquenta. Durante o tour, Regina se inspirou com a alma parisiense. “Aqui, cada um tem a liberdade de ser como é. Isso me encanta. Sem falar que amei me ver nos cartazes do filme espalhados pelo metrô, bancas de jornal e cinemas!”, divertiu-se. O único porém foi a saudade dos filhos, Benedita (26), da união com Luiz Zerbini (56), e Roque (2), que adotou com o eleito, o diretor Estevão Ciavatta (47). “Quando engravidei de Benedita, achei que pelo estilo de vida, pela profissão, não poderia ser tão boa mãe como gostaria. Hoje, a vejo criada, uma mulher linda! Acho que fiz um bom trabalho e o meu melhor papel é mesmo o de mãe”, diz ela, que vive a releitura deste ‘papel’ com o caçula. “Com Roque é mais simples. Com Benedita, costumava acreditar em tudo que me diziam. Hoje em dia, vejo que muitas dessas coisas eram bobagens.

– É multifacetada: atua, apresenta e dirige. O que gosta mais?
– Sinto que sou mais uma criadora, uma comunicadora, do que atriz ou apresentadora. Hoje percebo que não dá para privilegiar só um lado. A Regina atriz completa a Regina apresentadora.

– Qual o segredo para conversar com diferentes públicos?
– Tive uma educação diferente e é essa que considero boa. Meus pais sempre conviveram com pessoas com ou sem grana, que moravam perto ou longe de nós. Eles sempre estimularam minha curiosidade e os valores humanistas. Exemplo disso é letra de Esquenta que Arlindo Cruz e Gilberto Gil fizeram para mim: “Alô Regina! É tão gente fina que sabe chegar em qualquer esquina, lá na cobertura, na laje ela está. É quem domina, porque tem a sina de ser popular”.

– Há diferença entre a educação de Benedita e Roque?
– Continuo superprotetora, porém mais tranquila. Coitada da minha filha. Fui uma grande mãe, mas acho que ela teve que ter muita paciência comigo. (risos)

– São quase 20 anos juntos. Que lição aprendeu com Estevão?
– Todo dia aprendo um pouquinho com ele. Estevão é um cara que acorda todo dia cantando.

– O que a chegada de Roque à família significou para vocês?
– Uma revolução! Todos mudaram, não apenas Estevão e eu. Benedita e meu genro, João, estão apaixonados pelo Roque. Ele acendeu a luz do amor no coração de todos e me rejuvenesceu.

– Como é o Estevão pai?
– Talvez Estevão fique bravo ao ler isso, mas ele é tão apaixonado que acaba mimando demais. O papel da durona sobra para mim! São dois companheiros e amigos.

– Disse que Roque lhe rejuvenesceu. Qual segredo da jovialidade e como encara o tempo?
– Costumo brincar que sou uma raridade, pelo menos no Brasil. Cheguei aos 60 anos sem uma única gotinha de botox! Enquanto puder, vou adiar mexer no meu rosto. Acho que uma atriz tem que saber envelhecer. Já a apresentadora de TV... Não sei por quanto tempo vou resistir à pressão. (risos) Minha fonte da juventude é mesmo o Roque. Ele me transformou numa mãezinha jovem, que tem que correr atrás dele, subir a escada com ele no colo, entrar na cabaninha. Ele fez em mim um milagre. O milagre do amor.