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Revista / Entrevista

Protagonistas de Elas Por Elas falam sobre sororidade e empoderamento

Atrizes da novela Elas Por Elas debatem sororidade: ‘Não cabe só à TV, mas à sociedade não incentivar a rivalidade’

Isabel Teixeira, Karine Teles, Thalita Carauta, Deborah Secco, Mariana Santos, Késia e Maria Clara Spinelli - FOTOS: ESTEVAM AVELLAR/JOÃO COTTA/FÁBIO ROCHA/LÉO ROSÁRIO
Isabel Teixeira, Karine Teles, Thalita Carauta, Deborah Secco, Mariana Santos, Késia e Maria Clara Spinelli - FOTOS: ESTEVAM AVELLAR/JOÃO COTTA/FÁBIO ROCHA/LÉO ROSÁRIO

Existe uma frase que diz ‘as mulheres são como água, crescem quando se juntam’. E um desses encontros das águas acontece de segunda a sábado, na tela da TV Globo. No remake da novela Elas por Elas, a amizade entre as personagens de Deborah Secco (43), Késia (38), Isabel Teixeira (49), Thalita Carauta (40), Maria Clara Spinelli (48), Mariana Santos (47) e Karine Teles (45) é o ponto central da trama. “É muito emocionante ter esse múltiplo protagonismo feminino, porque na vida foi ensinado que mulher era competitiva, invejosa, que o homem não, o homem é mais prático, é chapa um do outro”, observa Mariana.

Para Karine, dividir o protagonismo com elas é uma grande alegria. “Além de colocar sete mulheres mais maduras como figuras de interesse, estamos mostrando que, quando a gente se une, é muito mais forte do que quando disputa. São séculos de ensinamento de que a gente deveria disputar uma com a outra e acho que isso é justamente para enfraquecer as feminilidades de todas. Estou com muita esperança de que as pessoas que estão assistindo em casa se toquem por essa amizade entre elas, dentro da diversidade. Elas são muito diferentes, mas se amam”, torce a atriz. Maria Clara também acredita que a trama pode passar essa mensagem, mas reforça: “Acho que cabe não só à TV, e sim a nós, como sociedade, não incentivarmos essa rivalidade”, observa.

Como a vida não é feita apenas de bons exemplos, além dessa união, o folhetim falará de rivalidade, desafeto, decepção. Isabel acha que os erros da sua personagem podem ensinar o público também. “A Helena é movida à rivalidade feminina e a gente vai ver o quão nocivo isso pode ser para ela mesma e para quem está em volta. Ela precisa reaprender a escutar e a se ver, porque isso faz mal para ela. É essa visão de mundo em que eu tenho que destruir uma pessoa para ocupar um lugar. Isso eu estou falando da trama, mas, como atriz, na convivência com elas, o que sinto é que tem espaço para todas nós”, explica a artista. Otimista, ela acredita que as pessoas estão abrindo o olhar para coisas que antes eram normalizadas e que, hoje, não são mais. “Temos uma sociedade mais diversa, com mais escuta, mais olhar para o outro. Estou aprendendo muito e tomando consciência dessa escuta mais ampla do mundo feminino”, completa Isabel.

O termo sororidade passou a ser mais usado nos últimos anos, mas essa atitude sempre esteve presente na vida de Thalita. “O que amadureceu foi a discussão sobre o tema; nas articulações sociais e culturais. Juntas somos mais fortes, sempre. Mas, hoje, as pautas estão mais elaboradas e as ferramentas para o entendimento estão mais disponíveis”, afirma. Mais do que desejar que o público se inspire, Deborah também procura colocar essas reflexões em prática. “Eu crio uma filha mulher, então, crio sublinhando isso, a importância da união feminina, o quanto nós somos prejudicadas por uma sociedade completamente patriarcal e o quanto a gente precisa estar junto, uma apoiando a outra, fortalecendo e não julgando, respeitando as diferenças”, diz.

Já Késia destaca a importância do momento. “Isso vem de uma luta de mulheres, de alguém que veio antes, que correu para a gente andar. Estamos falando de um lugar de destaque com sete mulheres, incluindo uma mulher trans, duas negras, uma retinta, então, é especial. São sete heroínas.” A estreante em novelas ainda acrescenta que, apesar da história, também falam da força feminina: “Ninguém quer ser guerreira não, tá? A gente também quer um carinho, quer um colinho, quer se divertir, beber com as amigas. Sim, somos fortes, mas é um saco esse negócio de a mulher ser forte o tempo todo”, desabafa. Mariana concorda e não se cobra. “Hoje não estou a fim de vencer, hoje quero ficar no ócio e está tudo bem. Eu me respeito nesse lugar de lutar e de não lutar também”, diz a artista.

Isabel Teixeira, Karine Teles, Thalita Carauta, Deborah Secco, Mariana Santos, Késia e Maria Clara Spinelli

Isabel Teixeira, Karine Teles, Thalita Carauta, Deborah Secco, Mariana Santos, Késia e Maria Clara Spinelli

Isabel Teixeira, Karine Teles, Thalita Carauta, Deborah Secco, Mariana Santos, Késia e Maria Clara Spinelli

Isabel Teixeira, Karine Teles, Thalita Carauta, Deborah Secco, Mariana Santos, Késia e Maria Clara Spinelli

Isabel Teixeira, Karine Teles, Thalita Carauta, Deborah Secco, Mariana Santos, Késia e Maria Clara Spinelli

Isabel Teixeira, Karine Teles, Thalita Carauta, Deborah Secco, Mariana Santos, Késia e Maria Clara Spinelli

Isabel Teixeira, Karine Teles, Thalita Carauta, Deborah Secco, Mariana Santos, Késia e Maria Clara Spinelli

FOTOS: ESTEVAM AVELLAR/JOÃO COTTA/FÁBIO ROCHA/LÉO ROSÁRIO