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Revista / CARAS FLORIDA

Nos EUA, Nivea Stelmann abre o coração sobre chegada aos 50 e saudades da TV: 'Não corro atrás'

Nivea Stelmann festeja novo ritmo de vida após adotar os EUA como lar

por Tamara Gaspar

tgaspar@caras.com.br

Publicado em 01/02/2024, às 17h33 - Atualizado às 17h58

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Nivea Stelmann se mudou para os Orlando em 2017 - FOTOS: JOSI DI DOMENICO
Nivea Stelmann se mudou para os Orlando em 2017 - FOTOS: JOSI DI DOMENICO

Há quase sete anos, Nivea Stelmann (49) tomou uma decisão que mudaria por completo sua vida. Diante de expectativas, incertezas e muita coragem, a atriz se mudou com a família para Orlando, na Flórida, em busca de segurança e qualidade de vida. Hoje, apesar da saudade do Brasil e de seu ofício, ela sabe que fez a melhor escolha. “Amo a tranquilidade e, ao mesmo tempo, a agitação. Tem muitas opções de diversão, tudo que a gente precisa e ainda tem a calmaria do interior”, diz ela, casada com o empresário Marcus Rocha (49) e mãe de Miguel (19) e Bruna (9).

Adaptada à rotina norte-americana, Nivea não abandonou suas raízes. “Faço questão que meus filhos falem o bom português e comemos comida brasileira. Aqui tem missa em português e mantemos nossa religião. Nós vamos a restaurantes e mercados brasileiros. O pessoal brinca que Orlando é o Brasil que deu certo. Na verdade, a Flórida em geral”, fala ela, em ensaio para CARAS.

– Dizem que a Flórida é o estado mais brasileiro dos EUA!

– Exatamente! Tem uma quantidade tão grande de brasileiros que a gente se sente num pedacinho do Brasil com toda estrutura que os EUA tem para oferecer, como segurança e educação.

– O que mais pesou na hora de decidirem se mudar?

– A qualidade de vida, fugir da violência sem punição, dar um futuro melhor para meus filhos, pagar impostos e ver o dinheiro revertido para a população...

– Em meio às adaptações, qual o maior desafio?

– O que ainda é difícil é a saudade que sinto da minha família, dos amigos e da minha profissão. E, lógico, de coisas que só o País que a gente nasce pode oferecer. Por mais que eu tenha a cidadania norte-americana, eu sou brasileira e sinto muito que o Brasil não seja mais um País seguro para morar.

– Tem vontade de voltar à TV?

– Tenho muita vontade. Morro de saudade e, agora, que sou americana não tem problema nenhum ir para o Brasil, fazer uma novela e voltar para cá. Tudo é possível, mas fico na minha. Não corro atrás. Se um dia pintar, vou. Se não vou levando minha vida aqui com a minha família, fazendo meu trabalho nas redes sociais e investindo nas empresas que montamos aqui.

– Você é muito ativa nas redes sociais. As pessoas têm curiosidade de saber como se tornar uma cidadã norte-americana?

– Muita! Sobre como vir para cá, o que fazer, onde matricular os filhos na escola, saúde, como comprar uma casa, como trazer seu dinheiro, como aprender a língua.

– Quais dicas dá para quem quer se mudar?

– A primeira coisa é procurar um advogado de imigração para que venha com o visto certo. Ficar ilegal não vale a pena e planejamento é importante. Aqui, é um país de muitas possibilidades, mas também tem que se trabalhar muito. Não é fácil.

– Você está prestes a completar 50! Como encara esse novo ciclo de vida?

– É uma idade que pesa e me faz muito reflexiva. Tenho orgulho da minha história, de tudo que conquistei, da família que formei. Tento envelhecer saudável e dando valor para a idade a que cheguei e como cheguei. Me sinto bem, feliz e completa. Tenho orgulho de cada marca no meu corpo e envelhecer com acolhimento é uma sabedoria. Gosto da paz e da maturidade que a idade me trouxe.

– Prefere a Nivea de hoje ou a Nivea de 30 anos atrás?

– Eu admiro a Nivea de 30 anos atrás. Ela tinha uma garra e uma coragem que hoje eu já não tenho. Na verdade, amo as duas, são pessoas diferentes, que têm seu valor nas fases da minha vida. Uma só existe porque existiu a outra e, se Deus quiser, a Nivea dos 80 anos vai amar muito a Nivea dos 50. Gosto das fases e tento aproveitar todas elas, com erros e acertos. Tenho o dom de me abraçar e me  valorizar.

FOTOS: JOSI DI DOMENICO