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Ingra Liberato volta o olhar para as origens

Na Ilha de CARAS, ela fala da influência da Bahia em sua vida e festeja trabalhos atuais em cinema

Redação Publicado em 03/05/2010, às 20h20 - Atualizado em 06/05/2010, às 15h15

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Radicada em Porto Alegre há nove anos, ela lembra a infância no Nordeste e conta que vai atuar em filme de animação dos pais, o diretor Chico Liberato e a roteirista Alba Liberato. - RENATO VELASCO/RENATO M. VELASCO COM E FOTOG
Radicada em Porto Alegre há nove anos, ela lembra a infância no Nordeste e conta que vai atuar em filme de animação dos pais, o diretor Chico Liberato e a roteirista Alba Liberato. - RENATO VELASCO/RENATO M. VELASCO COM E FOTOG
Nascida em Salvador e radicada há nove anos em Porto Alegre, a atriz Ingra Liberato (43), intérprete da protagonista da novela A História de Ana Raio e Zé Trovão, em 1990, da extinta TV Manchete, preserva a cultura do lugar onde foi criada até os 21 anos, época em que decidiu deixar sua cidade natal para atuar no Rio de Janeiro. Essa influência nordestina é reforçada pelos pais dela, o cineasta Chico Liberato (74) e a roteirista Alba de Souza Liberato (63), dupla com a qual ela voltará a trabalhar no filme de animação Ritos de Passagem, com lançamento previsto para 2011, dublando a personagem Maria Bonita, lendária figura do cangaço. "Essa referência é muito forte para a minha família. Nos trabalhos, meu pai sempre se inspirou no sertão, na figura do vaqueiro e do peão. Como morei em diferentes cidades, acabei absorvendo outras influências também, mas a energia da Bahia é incrível e faço questão de voltar lá duas vezes por ano", refletiu, na Ilha de CARAS. Casada há nove anos com o músico Duca Leindecker (40), com quem teve Guilherme (6), seu único filho, Ingra não faz planos de encomendar novos herdeiros. Ela quer tempo para dedicar-se à boa fase profissional. "Aos 40 anos, senti vontade de ter outra criança, mas desisti, porque viajo muito. Hoje, consigo ir a outros estados filmar ou encenar uma peça, pois o Guilherme está mais independente. Antes, não dava, já que a criança não entende, quer a mãe ao lado", disse a atriz, que interrompeu suas atividades por dois anos para ficar com o clã. Longe da televisão desde o fim da novela da Record Os Mutantes - Caminhos do Coração, em 2009, Ingra investe no universo cinematográfico. Nas telonas, ela pode ser vista no recém-lançado A Casa Verde, com direção de Paulo Nascimento (45). A atriz também vai rodar este ano dois longametragens: O Carteiro, de Reginaldo Faria (72), e Amores Raros, da cineasta Tania Lamarca (51), que a fez resgatar o prazer da dança. - Como é trabalhar com os pais desde pequena? - É maravilhoso. Costumo dizer que já nasci atriz por causa deles. Desde os sete anos, eu participava dos documentários feitos pelo meu pai. Cresci em um ambiente de artes, mas isso nunca me impediu de também subir até o último galho das árvores no sítio onde morava. Essa é a lembrança mais forte que tenho da infância. - Mas você queria ser dançarina antes de atuar? - Minha formação vem da dança. Só parei quando fui morar no Rio, onde passei 10 anos. Não consigo ficar muito tempo sem me movimentar e voltei a fazer balé clássico para trabalhar em Amores Raros. A dança é importante para a autoestima, pois dá um ótimo resultado no corpo. - Teme o envelhecimento? - Eu me protejo do sol há mais de 20 anos. Antes, era angustiada com a aparência, mas hoje me sinto melhor. A ansiedade de estar bonita demais é sinônimo de insegurança. Olho para minhas rugas e não me condeno. - Como dá conta dos papéis de mãe, atriz e esposa? - Não é fácil. Como o Duca é músico, facilita, pois compreende melhor meu ritmo. Mas é complicado. Ele também está sempre na estrada e existe a saudade. Então, nós precisamos ter paciência. - Deixa de aceitar trabalhos para ficar com a família? - Se aparecer uma oportunidade boa, temos que agarrar. Se isso significa passarmos um mês longe do outro, aguentamos. Só que isso não acontece o tempo todo. Nos esforçamos para estarmos juntos. - Você acha que protelou a maternidade? - Tive o Guilherme aos 37 anos porque queria ter uma família completa. Então, esperei até encontrar uma pessoa com o mesmo objetivo. Esse assunto é muito sério para mim. Fui criada em um ambiente centrado, unido e queria seguir este exemplo. - Como evitar que a chegada de um filho afete o romance? - Nos primeiros anos de vida da criança, a mulher tem que se esforçar mesmo para dar mais atenção ao marido. Aprendi que o casamento é uma conquista diária, pois ninguém é dono do outro.