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Pierre Cardin: 'Brasileira tem bom gosto'

Em São Paulo para a comemoração dos 60 anos de sua marca, o estilista Pierre Cardin falou sobre sua história, moda e Brasil

Redação Publicado em 26/04/2011, às 15h41 - Atualizado às 16h08

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O estilista Pierre Cardin - Divulgação
O estilista Pierre Cardin - Divulgação
A história do estilista Pierre Cardin, de 88 anos, é um prato cheio para quem gosta de moda. Em São Paulo para dar início às comemorações dos 60 anos da grife de seu nome, ele falou nesta terça-feira, dia 26, sobre momentos que marcaram sua trajetória, a marca e sobre a mulher brasileira, que ele acha elegante e moderna. "Na época em que eu trabalhava na Dior, no início da minha carreira, as brasileiras já eram conhecidas como elegantes e modernas. A mistura de várias etnias, criou uma raça muito bonita. Hoje em dia, as modelos mais bonitas são as brasileiras. Em geral, a mulher brasileira é considerada de bom gosto e feminina", disse Cardin, que abre no dia 29 a mostra Pierre Cardin - Criando Moda Revolucionando Costumes, no shopping Iguatemi de São Paulo, onde fica até 29 de maio. Além da mostra que retrata sua carreira, Pierre Cardin preparou um desfile de moda com 160 figurinos femininos e 40 masculinos, para esta própria terça, 26, e a palestra Cardin por Cardin, que ele ministrará na capital paulista no dia 29 de abril. Vestido com uma calça de alfaiataria branca, um blazer preto sobre uma camisa listrada e uma gravata estampada, o elegante designer revelou que adora viajar e que já esteve no Brasil cerca de 12 vezes. "Já viajei o mundo todo. É conhecendo os países que a gente aprende sobre a cultura de outros povos e a moda vem daí", afirmou o estilista nascido na Itália e que, aos 2 anos, mudou-se para a França com a família como refugiado. "Eu me sinto em casa em São Paulo, porque aqui tem muito italiano", brincou Cardin que, durante a entrevista, concedida a jornalistas, ora se comunicava em francês, ora em italiano. Popularização Cardin também falou sobre o fato de ter sido o primeiro estilista a deixar a alta costura e a levar sua marca para as lojas de departamento. "Sempre fui socialista e acreditei que todos pudessem comprar meus vestidos. Partir para o modelo prêt-à-porter foi o que me permitiu sobreviver no mundo da moda, mas eu nunca deixei de criar", explicou. Além de ser um dos nomes mais importantes na história mundial da moda, Pierre Cardin gere sua marca e expandiu seus negócios licenciando seu nome em produtos que vão desde acessórios, passando por alimentos e bebidas, até teatros, revistas e hotéis. "Eu queria ficar no mercado, então, expandi minha marca para muitos segmentos, como chocolate, perfume, sardinha. Passei por uma guerra (Segunda Guerra Mundial) e uma lata de sardinha vale mais para mim do que um perfume." Ainda empreendedor e inovador aos 88 anos, seu próximo projeto é um edifício desenhado por ele próprio que será erguido em Veneza e terá lançamento em 2015. "Tive uma vida extraordinária. Não estou me vendendo, só quero dizer que consegui tudo o que visualizei no início da minha carreira", resumiu Pierre, finalizando a coletiva com uma frase de efeito: "Minha vida não é virtual, é real". Além de empresário e estilista de sucesso, Pierre Cardin é ator (participou do filme Joana Francesa, de Cacá Diegues, cujas filmagens aconteceram no Brasil), dançarino, produtor cinematográfico, embaixador da Unesco e membro da Academia de Belas Artes francesa.