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Letícia Colin acredita que deixou de curtir a infância por conta do trabalho

O lado bom e ruim de ter sido atriz precoce

Redação Publicado em 02/10/2012, às 16h31 - Atualizado em 24/03/2020, às 14h22

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Em New York, a atriz de 22 anos fala da carreira iniciada aos 8. Ela conta que, após passar por uma crise de estresse, deu uma guinada em sua trajetória pessoal e profissional. - Martin Gurfein
Em New York, a atriz de 22 anos fala da carreira iniciada aos 8. Ela conta que, após passar por uma crise de estresse, deu uma guinada em sua trajetória pessoal e profissional. - Martin Gurfein

Apesar da juventude e do rostinho de menina, Letícia Colin (22) já tem uma longa carreira. E convive tanto com as vantagens quanto com as desvantagens disso. Desde os 8 anos no meio artístico, ela confessa que, mesmo orgulhosa dos seus feitos, a maturidade precoce trouxe um peso. “Por causa dos testes para conquistar os personagens, desde criança pus na cabeça que deveria ser a melhor. Me tornei uma pessoa ansiosa, achava que minha intensidade profissional era meu diferencial e comecei a ficar exausta, mesmo não tendo uma carreira explosiva para a mídia”, desabafou ela, que, devido ao estresse, desenvolveu problemas de gastrite e refluxo. Incomodada com o mal-estar físico e psicológico, Letícia começou o processo de autoavaliação e vem tentando mudar seu jeito. “Não é um caminho fácil. A terapia me ajuda muito”, contou. Em meio à fase de transição, há quatro meses vive apaixonada relação com o economista Gustavo Dantas (38). “Só o encontrei porque procurava uma pessoa tranquila”, derreteu-se. Mais zen, Letícia se deu férias após dividir-se entre três produções – a novela Vidas em Jogo, o musical Hair e a série da HBO Mandrake – e curtiu a temporada do Castelo de CARAS, em New York. Só no fim do ano voltará aos palcos em Como Vencer na Vida sem Fazer Esforço, com Luiz Fernando Guimarães (62). “A minha personagem, Rosemary, já fez aflorar em mim o lado mulherzinha, algo que eu não dava espaço por ser focada na profissão”, justificou a bela e talentosa atriz.

– Você deixou de curtir a infância por causa do trabalho?

– Acho que sim. Não tinha muitos laços de amizade porque trabalhava muito e morava longe, no interior de São Paulo. Acabei me fechando na família.

– Como você entrou para o meio artístico?

– Minha mãe, Analdina, me levou por achar que eu era extrovertida. Mas gostava de ser testada. E ainda precisava ser atleta. (risos) Meus pais tinham vínculo com Educação Física.

– Mas tem arrependimento?

– Imagina... Minha carreira deu certo. Hoje, tento recuperar coisas que não vivi, como os laços de amizade, por exemplo.

– E a relação com a sua mãe?

– Está se reorganizando. Ela é responsável por todas as iniciativas na minha vida. Mas precisei me afastar porque os pais dominam e você não vai para o mundo. Saí de casa aos 19 anos.

– Apesar do estresse, dos trabalhos, sua carreira na TV não foi meteórica. Sente-se desvalorizada por causa disso?

– O ator sempre acha que pode pegar o melhor papel. Mas eu acho que o ideal seria subir um degrau a cada projeto. Só seria um pouco frustrada se não fizesse teatro... O que não é o caso.

–Vale tudo por um papel?

– Se isso for me exaurir emocionalmente, não.

– Conseguiu dar espaço para a sua vida pessoal...

– Exatamente. E tenho vivido uma relação muito bacana com o Gustavo, que mesmo morando no Recife, onde nos conhecemos quando fui fazer a peça O Menino Que Vendia Palavras, é disponível para viver essa história.

– Ele já era seu fã?

– Não. (risos) Gustavo nunca tinha me visto atuando! Minha mãe fez um vídeo com meus trabalhos. Hoje, curte me assistir.

Assista ao vídeo na TV CARAS: