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Wilson Simoninha: 'Lembrei do meu pai'

Redação Publicado em 26/06/2009, às 18h58 - Atualizado às 22h45

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Wilson Simoninha - Reprodução
Wilson Simoninha - Reprodução
Para o cantor Wilson Simoninha, foi impossível não lembrar do pai, o cantor Wilson Simonal, na noite de quinta-feira, 25, quando recebeu a notícia sobre a morte de Michael Jackson. Fã do astro pop desde os 4 anos de idade, quando ganhou de presente o disco Diana Ross Presents The Jackson Five, Simoninha estava em estúdio quando soube que Michael, por conta de uma parada cardíaca, havia sido encaminhado para o Ucla Medical Center, em Los Angeles. "Na hora, até pensei que fosse uma jogada de marketing. Como a notícia ainda não era confirmada pelos principais meios de comunicação do mundo, fiquei meio receoso em acreditar", contou ao Portal CARAS. "É claro que Michael Jackson foi um artista que atingiu outras dimensões, mas a trajetória dele, inevitavelmente, me faz lembrar do meu pai", afirmou, lembrando que, há exatos nove anos, no mesmo 25 de junho, ele perdia seu pai, morto aos 62 anos, vítima de disfunções hepáticas crônicas. "Os dois eram negros, atingiram o ápice do sucesso e, durante a vida, tiveram que enfrentar problemas que, em muitos momentos, ofuscaram seus trabalhos como artistas", comparou o cantor. Simonal foi um dos principais cantores dos anos 1960, quando o Brasil vivia em pleno regime militar. Filho de empregada doméstica, Simonal se aproximou da música e fez dela sua vida. Chegou a fazer mais de 300 shows em um único ano, e ficou consagrado quando embalou e regeu uma multidão de 30 mil pessoas no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, ao som de Meu Limão, Meu Limoeiro. No início da década de 1970, porém, caiu em um caminho que o levaria ao ostracismo. Acusado de ser informante dos militares e envolvido numa acusação de sequestro e tortura contra seu contador, Simonal deixou de brilhar. Mas, para Simoninha, assim como seu pai, Michael Jackson deixou muito mais do que um sentimento de tristeza. "Sou de uma geração que é muito influenciada por ele. Thriller é, para mim, um disco imprescindível. Michael foi um artista de uma genialidade incrível. Não é sempre que um cantor consegue misturar soul music com rock e contagiar pessoas de raças e lugares diferentes", afirmou. "Agora, é o momento de colocar um disco dele para tocar. Temos que comemorar esse legado que ele deixou."