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JEÍSA CHIMINAZZO: FORTES PRINCÍPIOS

Gaúcha defende que modelo não deve desfilar antes dos 16 anos

por Bianca Portugal Publicado em 23/10/2008, às 17h42

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Àprimeira vista, a top model Jeísa Chiminazzo (23) engana. O rosto de boneca e o corpo delicado - ela tem 46 quilos em 1m77 - escondem a mulher séria, com opiniões fortes, e uma jovem financeiramente independente. Com sólidos dez anos de carreira, Jeísa tem, por exemplo, visão bastante peculiar da sua profissão. "Deveria ser proibido por lei uma menina ser modelo com menos de 16 anos. Até mesmo por isso ter acontecido comigo, afirmo sem medo que é um absurdo. Ainda mais quando você mora fora do Brasil. Aqui, bem ou mal, é a sua casa. Lá fora é muito maior a pressão. Parece até uma fábrica de modelo", disse ela, que deixou a pequena Muçum, no Rio Grande do Sul, com apenas 6000 habitantes, para morar em São Paulo aos 13 anos. Aos 15, a top se mudou para Nova York, seu endereço até hoje, onde conta com a companhia de uma de suas irmãs, Greici (29). "Me sinto mais feliz com alguém da família por perto. Existe muita inveja e energia negativa nesse meio", concluiu ela, que já desfilou para grifes como Chanel, estampou embalagens de dois perfumes da Dior e foi capa de conceituadas revistas de moda, como a Vogue americana, Harper's Bazaar e Elle italiana. - Como começou a carreira? - Tinha 12 anos quando o Luciano Szafir fez um trabalho em Lajedo, no Sul. Eu estava lá, ele me viu e me indicou para uma agência. No ano seguinte já desembarquei em São Paulo fazendo 15 desfiles na semana de moda. - Você perdeu a infância? - Com a vida que levo, se voltasse atrás não seria modelo. Ia ser médica ou arquiteta. Você perde a infância mesmo, é uma loucura. Tenho até pena quando vejo as meninas começando nessa correria. Criança tem que ser criança. Para mim, só não foi pior porque sempre fui madura. Nunca brinquei de boneca, então perdi menos coisas que a maioria das meninas. - Mas não tem nenhuma vantagem em ser modelo? - Claro! Viajei o mundo, aprendi duas línguas (inglês e italiano) e conheci diversas culturas. Gosto de ter essa bagagem do mundo. - E financeiramente? - É outra grande vantagem. Sou independente há vários anos, o que é difícil em qualquer profissão. Um jovem raramente consegue ter casa própria e um bom salário, mas isso também só aconteceu por causa da minha responsabilidade. Sempre fui muito séria. - E quando você deixa de ser tão responsável? - Ah, quando compro roupas. É uma obsessão. Tenho mais de 200 pares de sapatos e uma vez já gastei 3000 dólares em uma bolsa Prada. Mas não é sempre. A maior parte do que tenho foi presente. - Você é conhecida por se vestir bem fora das passarelas. Qual o seu estilo? - Sou flexível, mas depende do meu humor diário. Busco montar visuais inéditos. Claro que com o bom gosto predominando.