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Revista / Entrevista

Maturidade da atriz Maria João Bastos: ‘Passagem do tempo tem trazido tanta coisa boa'

A mais carioca das portuguesas, Maria João Bastos se diz realizada no ofício e faz do tempo o seu aliado

Maria João Bastos - FOTOS: ANDRÉ WANDERLEY; STYLIST: GARANDRA STYLE
Maria João Bastos - FOTOS: ANDRÉ WANDERLEY; STYLIST: GARANDRA STYLE

Uma portuguesa brasileira com certeza! Há mais de 20 anos a atriz Maria João Bastos (48) veio ao Brasil fazer sua primeira novela e, desde então, nunca mais deixou o País. Vivendo na ponte aérea Rio de Janeiro-Lisboa, a artista esteve recentemente na Cidade Maravilhosa para rever os amigos e participar de reuniões de novos projetos. Com a agenda cheia na Europa — ela está envolvida com as gravações das séries Mar Branco, A Espiã e Cold Haven —, a atriz diz estar realizada com o trabalho. Solteira e sem filhos, não permite cobranças sobre suas decisões pessoais e se diz muito bem resolvida!

– Ainda se sente uma turista no Rio ou já é uma carioca?
– Há mais de 20 anos fiz a minha primeira novela, O Clone, e desde esse momento que me sinto parte do Rio, ou melhor, que o Rio faz parte de mim. Costumo dizer que foi amor à primeira vista e que durará para sempre. Desde o primeiro momento fui muito bem recebida e sempre me senti em casa. São muitos anos, vivências, memórias boas e experiências incríveis. É uma vida vivida no Rio e, sem dúvida, é a minha segunda casa. Não é por acaso que me chamam de: “a portuguesa mais carioca” (risos).

– Sua vinda para o Brasil, agora, é a passeio ou trabalho? Es teve nos Estúdios Globo...
– Desde a pandemia que tenho tido muitos projetos na Europa e, por isso, não tenho conseguido passar tanto tempo no Rio de Janeiro. Em Portugal, brincava que precisava vir para casa e é isso mesmo. Por isso, aproveitei esta pausa para vir ter umas reuniões e, claro, matar a saudade. Tenho uns projetos em vista no Brasil e espero voltar em breve para um trabalho. Tenho saudade de trabalhar aqui e ficar uma temporada maior.

– A ponte aérea Rio-Lisboa vai continuar então...
– Eu já vivo nessa ponte aérea há 20 anos. Tenho me dividido entre os dois países e são mercados de trabalho importantes para mim, por isso, o meu futuro passará sempre por ir gerindo o meu tempo entre os dois países. Tenho a minha casa no Rio e voltar é uma necessidade.

– Você não mudou nada desde O Clone, segue belíssima. Lida bem com o passar do tempo?
– Lido muito bem com o passar do tempo. Tem sido uma jornada feliz, com crescimento enquanto profissional, mas, sobretudo, me preocupando em evoluir enquanto pessoa, evoluir bem e de uma forma saudável. Aprendendo a dar importância ao que realmente importa na vida e buscando um conhecimento pessoal que me permite viver melhor. E a verdade é que a passagem do tempo tem trazido tanta coisa boa, tanto entendimento e aprendizagem que me permite viver com mais sabedoria e saborear mais a vida isso é maravilhoso! E, hoje, com tudo o que o tempo traz, a vida fica mais bonita.

– É vaidosa? Como se cuida?
– Gosto de me cuidar. Desde muito cedo que tenho essa preocupação, não apenas com a parte física, mas também com a parte espiritual e de cabeça mesmo. Sobretudo neste meio em que vivemos é muito importante nunca esquecermos o que realmente importa e quais são os valores que queremos
ter e alimentar. Para mim, o mais importante na vida é a forma como nos relacionamos com os outros. Eu respeito na medida que quero que me respeitem. Trato o próximo da forma que gostaria que me tratassem. Procuro trabalhar cada vez mais a empatia. O mundo precisa disso e eu procuro fazer a minha parte todos os dias. Se todos nós fizermos a nossa parte no dia a dia e dermos o nosso melhor ao mundo onde vivemos, vamos estar, sem dúvida, contribuindo para um mundo melhor.

– A sociedade costuma cobrar a mulher para casar, ser mãe. Sente-se cobrada por ser solteira e sem filhos?
– Não, não me sinto cobrada. Na verdade, nunca dei espaço para essas cobranças. São as minhas escolhas, conscientes e honestas. Eu me respeito muito e isso é o mais importante. Eu fiz as minhas escolhas e vivo com elas com muita tranquilidade, segurança e até orgulho pela coragem de, justamente, não ceder às cobranças ou aos conceitos.

– E você pensa em construir uma família ou se realiza de outras formas?
– Eu me realizo vivendo a minha vida com aquilo que me faz feliz e que me faz sentir viva e completa. Amo a minha família, amo tudo o que escolhi para fazer parte da minha vida, amo a minha profissão e tudo o que ela me permite viver. 

Maria João Bastos

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FOTOS: ANDRÉ WANDERLEY; STYLIST: GARANDRA STYLE