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Atualidades / Comovente

Ícaro Silva relembra história traumatizante da infância: ''Achava que essa era uma história de terror''

Ator Ícaro Silva conta sobre episódio traumatizante da infância há exatos 28 anos quando morava em centro comunitário ao lado da mãe e da irmã

Andrea Paiva

por Andrea Paiva

andrea.paiva_colab@caras.com.br

Publicado em 17/04/2023, às 09h07

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Ícaro Silva emociona os seguidores com história comovente da família - Reprodução/Instagram
Ícaro Silva emociona os seguidores com história comovente da família - Reprodução/Instagram

O ator Ícaro Silva (36) usou as redes sociais no domingo, 16, para recordar uma história emocionante que aconteceu com sua família há exatos 28 anos.

Em seu perfil no Instagram, o artista compartilhou um episódio traumatizante que passou com sua mãe, Dona Jô, e a irmã. "16 de abril é uma data bastante intensa pra minha família. Nunca quis compartilhar porque achava que essa era uma história de terror, mas é, na realidade, uma história de Poder. Mamãe, Dani, amo vocês", disse na legenda do post.

Na publicação, ele fez um longo relato sobre o que aconteceu no dia 16 de abril de 1995, quanto tinha apenas 8 anos de idade. "Hoje acordei lembrando de uma história apavorante que aconteceu com minha família há 28 anos. Em 16 de abril de 1995, minha mãe, minha irmã e eu dormíamos na mesma cama, em uma das salas improvisadas de um centro comunitário. A favela onde morávamos em Diadema corria risco de deslizar em uma encosta, por isso domos transferidos para esse lugar onde cada s família foi abrigada temporariamente em uma sala. Eu tinha 8 anos de idade, mas é uma memória bastante vívida. Acordei no meio da madrugada com o coração acelerado e um grito ecoando na minha cabeça. Alguma coisa molhada escorria pelo meu rosto e encharcava minha camiseta. Eu ainda não tinha entendido, mas estava coberto do sangue da minha mãe", começou.

"'Um tiro! Dani, eu levei um tiro!!' Minha mãe já estava de pé, a camisa branca tingida de sangue. Ela segurava o próprio rosto e olhava incrédula para minha irmã, que só agora eu via ao meu lado, ajoelhada na cama, o rosto de 12 anos respingado de sangue, os olhos aterrorizados. Essas palavras da minha mãe ainda reverberam em mim, não somente pelo horror que é ouvir sua mãe dizendo isso, mas pela firmeza que prenunciava as próximas ações dela.Aqui minha memória se reparte em flashes, certamente porque eu era uma criança tomada de adrenalina e pânico, mas a voz da minha mãe é uma memória bem viva. 'Dani, pega meus documentos naquela gaveta!' 'Ícaro! Pega a bolsa da mamãe na cadeira!'", continuou.

"Mamãe nos dava ordens diretas e sem hesitação, com a pressa de quem se agarra à vida e a paciência de quem está falando com crianças em pânico. Intuitivamente ela tinha achado uma toalha limpa e colocara no buraco de bala em seu rosto, ao lado do ouvido. 'Vão chamar o Chapéu!' Não me lembro da gente indo até o Chapéu, mas lembro de como ele chegou rápido ao orelhão (telefone público) do centro comunitário, a cara amassada de sono, os olhos arregalados".

"Na minha cabeça de criança, Chapéu era "o bêbado" da favela. Um homem muito querido, mas domado pelo álcool. Estava sempre doidão, mas nos tratava com muito respeito, porque minha mãe era a única por ali que o tratava como uma pessoa. Estranhei a falta do cheiro de cachaça. Foi a primeira vez que viro Chapéu sóbrio. Em poucos instantes ele havia ligado para o pronto-socorro, os bombeiros e a polícia e foi pra rua esperar socorro enquanto a gente voltou pra mamãe que já estava vestida e catando o que faltava pra sair. Aqui a gente chorava muito. A toalha clara no rosto da minha mãe já era metade sangue, mas ela ainda conseguia ler nossos pensamentos. Não precisa chorar, mamãe não vai morrer! Eu não vou morrer, tá tudo bem!"

"Hoje, aos 36, eu olho pra essa mulher de 33 baleada no rosto e acalmando seus filhos tão amorosamente e eu nem tenho palavras. 'Eu não vou morrer! Eu prometo! Mamãe não vai morrer! Se ajoelhem e falem com Nossa Senhora'. Acho que essa parte aqui é a mais vívida pra mim. Uma memória física. As mãos da minha irmã agarradas às minhas, o choro dela junto ao meu, os corpos magrelos tremendo, os dois pedindo "salva nossa mãe, Nossa Senhora Aparecida, não deixa ela morrer" e fazendo centenas de promessas de criança ao mesmo tempo (...)"

"Jô é das mulheres mais lindas que eu conheço. E a risada mais divertida! Chorando aqui", disse Taís Araujo nos comentários. "Querido Ícaro. Quanta tristeza e quanta vida existe nessa história compartilhada. Amor, saúde e vida longa pra essa família", desejou Paolla Oliveira. "Meu deus, Ícaro, que história! E que mãe. Tão lindo você falando dos seus sonhos e agora podendo realizar tantos. Quanta inspiração! Obrigada por compartilhar", agradeceu Tainá Muller. "Você é tão brilhante e tem tanto talento que vem de Deus mesmo e dessa sua mãe forte que te deu tanto amor. Chorei aqui agora com essa história e de assistir o seu vídeo criança iluminada. Um abraço apertado na sua irmã e mãe. Viva você e sua família linda", comentou Sabrina Sato, entre outros famosos.

Confira a história de Ícaro Silva na íntegra:

Amigo de Aline Wirley, Ícaro Silva protagoniza barraco na web

O ator Ícaro Silva se irritou ao sair em defesa da amiga Aline Wirley recentemente. É que a estrela está sofrendo críticas por sua participação no BBB23, sobretudo pelos acontecimentos da última noite quando ela partiu para cima de Cezar Black.

Tudo começou quando um seguidor criticou a postura da Rouge na briga que rolou nesta madrugada. “Isso me doeu aqui velho. Aline querendo insinuar uma possível agressividade no Black. Você é mãe de um menino negro. A gente é associado a isso o tempo inteiro, isso foi muito perverso", escreveu o internauta.

Foi então que Ícaro Silva apareceu. “Desci sua timeline toda Ismael. Não achei nenhuma publicação como essa pra falar da insuportável Bruna; a mina preta segue sendo o alvo mais fácil né? Vou lembrar disso", disse ele sem o menor pudor.