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Thereza Collor em paz no Castelo

Ela conta como encara o passar dos anos e cuida da beleza

Redação Publicado em 08/11/2010, às 15h00 - Atualizado em 07/06/2012, às 23h25

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Em New York, Thereza fala sobre seu atual momento de vida. Feliz, admite que o alto-astral e o espírito brincalhão ajudam a manter o corpo e a mente saudáveis. - MARTIN GURFEIN
Em New York, Thereza fala sobre seu atual momento de vida. Feliz, admite que o alto-astral e o espírito brincalhão ajudam a manter o corpo e a mente saudáveis. - MARTIN GURFEIN

A vida e o tempo vêm sendo generosos com Thereza Collor (46). O jeito de menina e a beleza deixam transparecer o frescor de uma vida e de suas entregas. E foi justamente isso que ela sublinhou no Castelo de CARAS, em Tarrytown, New York. Casada há 11 anos com o empresar i o Gustavo Halbreich (60), mãe de dois filhos, Fernando (26) e Victor (23), ela contou como vem enfrentando o passar dos anos. "Ninguém gosta disso, não é mesmo agradável. Mas é preciso saber respeitar o tempo e envelhecer com dignidade", assegura. Um dos segredos é a dedicação aos seus projetos. Apaixonada por viagens, Thereza planeja montar no ano que vem uma exposição com seu acervo de quatro mil joias étnicas de vários países asiáticos. "Gosto de conhecer o jeito e a forma de viver das minorias, de sentir o sabor das coisas locais. A essência das culturas", explica. - Como você mantém o espírito e a aparência tão joviais? - Tenho o jeito meio moleque. Não sou de formalidades, faço muitas presepadas, brincadeiras. E sinto a mesma disposição de antes. - Como encara sua beleza? - Nunca fiz botox. Sou toda original, de fábrica. Hoje vejo jovens transformados. Estão abusando da medicina cosmética. - E você é contra? - Hoje há uma cobrança muito grande por beleza. Antigamente, uma mulher de 50 anos era uma velha. Balzaquiana era uma de 30. Mudou muito. Não estou muito preocupada com o envelhecer. O tempo vai passando e vou deixando rolar. E, se precisar, sou a favor da tecnologia, da plástica. Se faz bem para a cabeça da pessoa, não sou contra, não. Só não aprovo o exagero. - E como você se cuida? - Acho que há o meu DNA. Não tenho muita frescura para me arrumar. Uso muito pouca maquiagem no dia a dia. Simplifico as coisas. Além disso, não fumo, não bebo, nem droga e nem rock'n'roll. E nunca fui de noitadas. Sinceramente, também é um pouco de sorte. - Mas as pessoas acreditam que existe um segredo... - Não tenho. Mesmo quando me maquio, para tirar à noite, não uso creme. Lavo o rosto com água, enxugo com a toalha e vou dormir. - E os seus filhos crescidos? - Acho bacana ver que tomaram seu rumo. A idade mais difícil foi quando tinham mais ou menos 18 anos e precisaram decidir o que iriam fazer na vida. E também porque se acham mais velhos do que são. É difícil de lidar. Querem ter a liberdade de fazer tudo, mas sem a responsabilidade para isso. - Qual o principal legado que vai deixar para eles? - Vários! Integridade, gratidão, simplicidade, humildade, o respeito e amor pelas origens. - E deseja ter uma neta? - Está louco? Não estou pensando nisso. É preciso muita responsabilidade para pôr um filho no mundo. É muito trabalho. - Como está o casamento? - Gustavo é um grande companheiro e uma pessoa muito correta. E tem um carinho muito grande pelos meninos. E esse é um sentimento recíproco. O nosso foi um encontro de verdade. - O que mais a motiva a visitar um lugar como turista? - Antes de embarcar a um destino, pesquiso tudo sobre ele. Estudo, tenho aulas. Gosto de ir além, ver o que existe e ainda não está globalizado. Adoro o inesperado. O mundo está ficando muito pasteurizado. Parece que as coisas têm o mesmo sabor. - Que recordações mais gosta de guardar das suas viagens? - Em geral, a doçura das pessoas. São amáveis quando não estão em uma vida globalizada. E há o gosto da aventura, e isso é maravilhoso. Aqui em New York é meio previsível, você sabe o que vai encontrar. Também gosto disso. Mas em um destino exótico, há um ponto de interrogação. Certa vez fui ao sul da China, a área mais pobre do país, e levei comida na mala. Li que se comia rato e insetos. Fiz a viagem com minha mãe, mas não disse essas coisas a ela. Só fui precavida. E olha que como de tudo e adoro experimentar. Mas há um limite para as coisas. Minha mãe depois pediu para nunca mais convidá-la para essas viagens. (risos) - E como é o projeto da exposição de joias étnicas? - Quero exibir as peças que coleciono para que as pessoas conheçam um pouco a cultura desses povos. Com esse hobby, aprendi a respeitar a identidade das pessoas, do próximo. Acho que a gente tem que ter tolerância, algo que está faltando muito no mundo de hoje.