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As preciosas criações de Yael Sonia

Designer de jóias americana declara amor ao Brasil e celebra o sucesso

Redação Publicado em 24/11/2010, às 18h49 - Atualizado em 26/11/2010, às 14h11

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No Castelo de CARAS, a 40 minutos de New York, Yael credita o deslanchar da carreira às temporadas no Brasil e exibe a linha Perpetual Motion. - FOTOS: VÍCTOR SOKOLOWICZ
No Castelo de CARAS, a 40 minutos de New York, Yael credita o deslanchar da carreira às temporadas no Brasil e exibe a linha Perpetual Motion. - FOTOS: VÍCTOR SOKOLOWICZ
Formada em Literatura Francesa pelo Barnard College, da prestigiada Columbia Uni versity, e em Design de Metais e Jóias pela Parsons The New School for Design, ambas em New York, Yael Sonia (38) transforma diamantes, pedras preciosas e ouro em poesia. Filha de franceses, nascida em Boston e radicada em Nova York, a joalheira adotou São Paulo como segundo lar há mais de uma década e credita o deslanchar de sua carreira às longas temporadas no Brasil. "Tenho muitos motivos para amar os Estados Unidos, mas parece que tive de sair do país para crescer como profi ssional", observa ela. Com clientela fidelíssima e críticos internacionais a seus pés, Yael conquistou significativo e prestigioso espaço entre os gigantes da indústria com criações de vanguarda, interativas e com estruturas engenhosas. "Gosto de abordar a joia como uma escultura, um objeto de arte. No meu processo de criação primeiro vem o conceito e depois a função", comenta ela, que tem uma peça sua no acervo permanente da Casa Branca, em Washington. Com recém-inaugurado showroom nos Jardins, em São Paulo, e loja própria há mais de dois anos na Madison Avenue, epicentro do consumo de luxo na Big Apple, Yael aproveitou a estada no Castelo de CARAS, a cerca de 40 minutos de Manhattan, para celebrar os promissores rumos profissionais. - Onde você busca inspiração? - A inspiração vem de coisas simples, às vezes é até meio inconsciente. Na coleção Perpetual Motion, por exemplo, parti de elementos concretos do universo lúdico. Brinquedos como a pipa e o peão me remetem a um sentimento positivo que tentei traduzir nas peças, seja de forma literal seguindo as mesmas linhas e movimentos, ou como um mero detalhe. Estou sempre atenta. Às vezes me pego prestando atenção em algo banal, como um assento de avião. - Você lembra qual foi a primeira joia que desenhou? - Foi na adolescência. Eu desenhava muito, cheguei a criar uma coleção completa, pena que não sei onde estão os esboços para dar continuidade a este trabalho. A primeira joia foi um anel quadrado, que mais parecia um cubo com um furo no meio, e uma pedra encravada no centro como uma pirâmide invertida. Era uma peça meio louca, lembro que foi super desafiador acertar as linhas e os ângulos, mas hoje, olhando para trás, vejo que o anel tem tudo a ver com meu trabalho. Curioso, não? - Existe alguma joia pela qual você tem um carinho especial? - Minha mãe mandou fazer um anel a partir de um desenho meu. Foi meu presente de 16 anos e, apesar de ser uma joia de verdade, não tirava do dedo por nada. Também tenho xodó por uma corrente que minha tia me deu, com um pingente em forma de bola com flores e pedras em toda a volta. É bijuteria, mas adoro o design. - Suas joias são tão contemporâneas, também podem ser passadas de mãe para filha? - Acho que a minha clientela tem uma ligação muito pessoal com as joias, justamente pelas peças não serem tradicionais. As pessoas compram minhas joias porque batem o olho e se identificam com o movimento, cores e misturas de materiais. Se essa identificação passar para a próxima geração, ficarei duplamente feliz.