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Atualidades / ENTREVISTA

'Cobram mais da mulher no palco': Day Limns reflete sobre mercado musical

Em entrevista à CARAS Brasil, a cantora Day Limns avalia o cenário da música para mulheres e compartilha sua trajetória

Days Limns luta contra preconceito no cenário da música - Reprodução/Instagram
Days Limns luta contra preconceito no cenário da música - Reprodução/Instagram

A cantora Day Limns(28) conquistou milhões de fãs pelo país e inspira meninas e mulheres com seu espírito livre, cheia de vida, carisma e talento. Em entrevista à CARAS Brasil, ela compartilha sobre sua trajetória na carreira e analisa o mercado musical: "Cobram mais da mulher no palco".

Day iniciou seus trabalhos na música fazendo covers nas redes sociais. Ela ganhou repercussão nacional em 2017 após participar do The Voice Brasil. Durante a conversa, ela declara que sente diferença no tratamento do público com artistas femininas. 

"Cobram mais da mulher no palco. Enquanto o cara tá tocando um violão parado no palco da mulher esperam toda uma performance, falam: 'ela não tem carisma, personalidade' e um cara tocando com um violãozinho e tá tudo certo", analisa.

Day reforça que sente necessidade de mais diversidade no cenário da música: "Eu olho a falta de mulheres, a falta de pessoas pretas, a falta de mulheres pretas e tem muita dificuldade de encontrar porque não nos mostram, não dão espaços".

A cantora acredita que o mundo da música ainda é bastante preconceituoso com as mulheres, mas afirma que dentro do gênero musical do rock ele se apresenta mais aparente. Day também declara que sente falta de sororidade por falta do público: "Quero que você vença também, é interessante você ver que, infelizmente, muitas mulheres reproduzem essa parada de cobrar mais da mulher no palco".

"O mundo da música é muito misógino, mas o rock, meu Deus do céu, para encontrar mulheres que toquem baixo, guitarra, bateria, é díficil, e você indo ainda mais fundo nos recortes, tem sido um desafio muito grande. Existem algumas bandas com muita representatividade feminina, está acontecendo, mas a gente não está vendo tantas porque nosso olhar não está para isso", finaliza.