Maria Grazia Chiuri, estilista italiana de alta-costura, pontua nuances de força com paleta mais adulta e faz alusão à Christian Dior
A sobriedade destacada por toda a técnica irrepreensível se tornou um símbolo da alta-costura praticada pela renomada estilista italiana Maria Grazia Chiuri (59). Simples, mas jamais com o predicado de simplória, a coleção foca em uma estética mais voltada para a feminilidade com uma referência cinquentista – marcada pelos vestidos de comprimento médio, cortes mais acinturados e com saias de uma modelagem levemente aberta, quase conservadora, mas pontuada por nuances de força encontrada especialmente na paleta mais adulta, nos toques discretos de utilitarismo e na clássica alfaiataria contemporânea que traz o toque de sofisticação atualizada e muito potente ao universo delicado e discreto montado pela estilista.
Jaquetas acinturadas e estruturadas que fazem alusão à famosa Bar Jacket, um dos primeiros modelos desenhados pelo consagrado estilista francês Christian Dior (1905-1957) e que revolucionou a estética pós-Segunda Guerra, vêm com a região do busto marcada, o que denota a intenção de adicionar sensualidade à coleção, percebida também pelas blusas e vestidos transparentes e pelos decotes acentuados. A densidade necessária para o romantismo predominante da coleção é encontrada nos materiais com aspectos mais robustos, nos tons profundos, na rica texturização delicadamente ondular de plissados e nervuras e nos bordados tão precisos como arrebatadores aplicados em vestidos imponentes, saias de shape aberto e blusas de manga longa.
“O feminismo é algo que ninguém deve esquecer, é um momento inclusivo, no qual a vontade é de se tornar verdadeiramente participativa. E nisso nós, mulheres, juntas, devemos desenvolver nosso próprio ponto de vista seguindo os modelos que aceitamos e que são os mais corretos”, já disse a estilista, sobre a força feminina.
FOTOS: GETTY IMAGES
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