NOSSO SONHO

'Claudinho e Buchecha ousaram sonhar em uma sociedade racista', declara Nando Cunha

Nando Cunha contou à CARAS Brasil os desafios do filme Nosso Sonho, cinebiografia de Claudinho e Buchecha

por Mariana Arrudas

marrudas_colab@caras.com.br

Publicado em 21/09/2023, às 06h30 - Atualizado em 22/09/2023, às 16h20

O ator Nando Cunha; artista interpreta Claudino Souza no filme Nosso Sonho, cinebiografia da dupla Claudinho e Buchecha - Foto: Thais Monteiro

Com 30 anos de carreira, o ator Nando Cunha (57) afirma ter encontrado o melhor trabalho de sua carreira. Na pele de Claudino de Souza, pai de Buchecha (48), ele estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 21, em Nosso Sonho, cinebiografia da dupla sucesso dos anos 90, Claudinho e Buchecha.

"Claudinho e Buchecha ousaram sonhar em uma sociedade racista que não permite a população preta sonhar", declara o ator, em entrevista à CARAS Brasil. "Eles transformaram o funk em música popular brasileira, fizeram a diferença na vida de muitas crianças pretas. Se os sonhos deles se tornaram realidade, então é possível."

Claudino foi uma peça importante para o sucesso da dupla. Segundo Cunha, ele ajudava os dois a idealizarem as dancinhas que marcaram época e conseguiu superar os problemas na relação com o filho, que tinham conflitos causados devido ao consumo de álcool.

Leia também: História de Claudinho e Buchecha vira filme chamado Nosso Sonho

O pai de Buchecha foi morto em 2010, aos 61 anos, com quatro tiros. Dois anos depois, em 2012, o assassino de Claudino, o pedreiro Flávio Figueiredo, foi condenado a 20 anos de prisão. Segundo o autor do crime, a briga teria acontecido por causa de um cigarro.

Cunha conta que decidiu não perguntar sobre a parte conflituosa da relação para Buchecha. Ele colheu depoimentos positivos dos familiares próximos ao cantor e juntou com o estudo e material fornecido pela direção do filme para interpretar Claudino.

"Seu Souza foi vítima dessa sociedade que não permite a população preta sonhar. Ele nasceu em um lugar de alta vulnerabilidade, que não teve acesso ao afeto, assim como os meus pais". O artista diz que, apesar dessa realidade, conseguiu mudar a relação em sua família e agora o afeto é presente.

O ator ainda se diz fã da dupla de funk e conta que precisou aprender a tocar violão para o longa-metragem. "É uma história de superação, persistência e muita resistência. Espero que as pessoas façam o mesmo movimento de Barbie, porque esses moleques merecem."

Para o futuro, Nando Cunha já acumula diversos projetos. Em 2 de novembro, ele poderá ser visto em Mussum, o Filmis como o personagem Grande Otelo, responsável pelo nome artístico de Mussum, e também espera o lançamento da novela Pedaço de Mim, da Netflix, em 2024. Além disso, ele começa a gravar uma nova série em outubro.

 

Mariana Arrudas é repórter de pautas especiais do Grupo Perfil. Formada em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP), já integrou a equipe de entretenimento da Folha de São Paulo. Apaixonada por música, filmes, viagens e cultura pop, escreve sobre o universo das celebridades. Instagram @marixf

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