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Bernardo Barreto fala de nova produção e importância do cinema brasileiro: ''Muito o que expandir''

Em bate-papo exclusivo, Bernardo Barreto reflete sobre a importância do cinema brasileiro, novas produções e evolução do streaming

André Luiz Freitas Publicado em 04/03/2021, às 12h00 - Atualizado em 05/03/2021, às 16h36

Bernardo Barreto investe em carreira nos Estados Unidos e fala sobre novos trabalhos! - Foto/Divulgação

Deixando o trabalho na televisão de lado e desbravando o mundo com o seu olhar cineasta, o ex-Malhação Bernardo Barreto investiu em um novo recomeço e iniciou uma nova fase da sua carreira nos Estados Unidos.

Somando uma carreira de sucesso, o artista brasileiro estreou o filme The Seeker (O Buscador), no Tallin Black Nights Film Festival, um dos 12 maiores festivais do mundo, levando para casa o prêmio do Júri de melhor filme. 

Durante uma conversa com a CARAS Digital, o ator debateu a importância do cinema brasileiro, a evolução das plataformas de streaming e como isso, de forma positiva, está abrindo o alcance de produções nacionais no mundo exterior. 

"O cinema nacional sempre foi dependente de incentivo fiscal", aponta dele. “Com os players de streaming investindo direto, ampliou o seu alcance. Ainda, temos muitas mentes criativas e histórias para contar. Faltava oportunidade e amadurecimento dessa indústria", continuou.

"De forma geral, acho que ainda tem muito o que expandir, técnicos, roteiristas e atores a amadurecerem. Existe muito espaço para o crescimento no Brasil. Há 10 anos, as faculdades de cinema eram as mais populares no Brasil, o que reflete em muitos cineastas no Brasil, principalmente agora. Eu que trabalhei dentro e fora do Brasil, posso dizer que temos profissionais de nível no país", argumentou em defesa do cinema nacional.

Através do ponto do seu ponto de vista como artista, Barreto avalia que o brasileiro vem consumindo cada vez mais produções nacionais. Devido ao aumento da qualidade e o aprofundamento em projetos cada vez mais originais, essa "reeducação" vem expandido horizontes.

"O brasileiro hoje é completamente diferente do brasileiro de 20 anos atrás. Já vemos pessoas com mais personalidade e liberdade na forma de se colocar e se expressar no mundo. Hoje conseguimos ter projetos focados para específicos públicos, seja feminino, masculino, um conteúdo para advogados, esportistas, gastrônomos, surfistas, LGBTQ+, entre outros", explicou ele.

"Em paralelo, o Brasil está crescendo muito na área, temos um público enorme. Filmes, séries e programas de TV sendo assistidos não só no Brasil como na América Latina e no resto do mundo. Isso foi uma possibilidade que o streaming apresentou. Não dá para nadar contra essa corrente, de uma forma geral, é o público que rege o mercado. Tento encontrar o meu lugar ao sol acompanhando as tendências de mercado".

Adicionando 20 filmes (entre curtas e longas) e participação em novelas e séries da TV Globo, Bernardo Barreto também conquistou espaço como cineasta através da Berny Filmes, sua própria produtora de cinema que opera tanto em Nova York, como no Brasil, onde o artista vive atualmente.  

Suas participações em novelas e séries foi o suficiente para expandir a sua mente como cineasta e se tornar uma referência altamente inspiradora em produções feitas durante a pandemia. "Toda a profundidade do meu olhar vem do meu ator. Das escolas por onde passei, da minha curiosidade, persistência e vontade de ir sempre além, ir mais fundo", explicou ele ao falar sobre seu olhar como artista.

"Todos meus projetos partem primeiro de uma necessidade pessoal de expressão e segundo, da minha relação com o mundo naquele momento político e social", adiantou. "Busco sempre um olhar mais humanizado, e todo filme que faço é também uma criação coletiva porque a soma com os profissionais envolvidos é o que vai dar o resultado final, uma ideia se inicia comigo se transforma no projeto de muitos", detalhou.

Após escrever, atuar e produzir o longa Epitaph com diretor Jorge Farjallagravado cerca de 30 dias em Bichinho, em Minas Gerais, e que ainda será lançado internacionalmente, o brasileiro aproveitou o desafio da restrição de uma ampla equipe para formar o enxuto elenco.

Com um dos personagens interpretado por ele próprio; pela atriz franco-americana Alli Willow, que mora no Brasil há 7 anos e fez sua estreia no cinema brasileiro com Bacurau; e pela atriz brasileira Juliana Schalch que foi protagonista da série O Negócio da HBO, além de filmes como Tropa de Elite 2, Os Penetras e Macabro.

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